A Baleia marca o retorno brilhante de Brendan Fraser aos cinemas

O filme A Baleia retrata a vida de um homem em 1 semana, que ao mesmo tempo lida com a sua obesidade tenta se reconciliar com sua filha totalmente problemática e ainda assim acreditar que realmente pessoas são incríveis.

Aronofsky sustenta essa narrativa na obesidade do Charlie, além de explorar todos os problemas que uma pessoa em sua situação possa ter. Indo da compulsão alimentar a seu problema de saúde, a reconciliação com sua filha além de uma discussão espiritual sobre significado de ajuda ao próximo.

Foi pensado que houve uma falta de exploração de outros assuntos, tendo o foco apenas na obesidade. Todavia, o início do filme é traçado por um homem que dá aulas de ensaio online com a câmera desligada por total vergonha do que as pessoas iriam achar caso o visse. Comprovando que a obesidade é um grande fator na vida do personagem que não sai de casa por vergonha do que as pessoas irão achar.

A volta triunfal do Brendan colocando-o como um dos mais cogitados a levar a estatueta de Melhor Ator no Oscar após todos esses anos fazendo papéis secundários, nos leva a um grande barco de sentimentalismo em grande tom de melancolia e solidariedade por tudo que seu personagem passa. Aqui não temos aquele protagonista em “A Múmia” e o Charlie enfrentando os problemas que o cercam com grande otimismo de que as pessoas são seres incríveis e seu desejo de fazer parte da vida da sua filha após 8 anos.

Na porção coadjuvante, temos a Hong Chau que participou recentemente do humor ácido “O Menu” fazendo-o papel de uma grande amiga enfermeira que com o tempo somos levado a perceber que é algo muito além disso e Sadie Sink que faz a Max na série da Netflix “Stranger Things”, carregando seus papéis com uma mestria nos inserindo em seus mundos.

Diferente de seus filmes anteriores “A Baleia” é um adaptação da história do dramaturgo Samuel D. Hunter, mas ainda sim é perceptível aquela forma de fazer filme que só o Aronofsky tem. Explorando tudo que é sentimento do personagem, seja ele felicidade ou tristeza é perceptível sua forma de fazer arte. Todavia, diferente dos outros temos aqui algo mais real.

Algo que nos aproxima da realidade do dia a dia, onde temos pessoas combatendo suas cicatrizes para continuar com um otimismo de que tudo vai ficar bem. Ainda segue aquela forma que apenas o Darren Aronofsky tem, quabdk achamos que tudo vai se ajeitar é ali que ele termina e o público fica travado e se perguntando “Logo agora?”.