Crítica – Longlegs – Vínculo Mortal é um terror que prende, mas deixa sabor amargo no final

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“Longlegs – Vínculo Mortal” se destaca como uma das principais apostas do gênero terror deste ano, e, embora o marketing tenha promovido o filme como um thriller de horror, ele realmente entrega momentos genuínos de arrepio. Dirigido por Oz Perkins, filho do icônico Anthony Perkins, que interpretou o infame Norman Bates em Psicose, o filme consegue criar uma atmosfera perturbadora e intensa, característica marcante de sua obra.

Desde o início, o filme estabelece um tom inquietante com uma cena inicial marcante: a combinação de uma câmera inquietante e a voz sombria de um homem acompanhando uma criança gera uma sensação imediata de apreensão. Este início é eficaz ao capturar a atenção do público, embora possa causar hesitação em alguns espectadores sobre continuar a assistir. A criação de uma atmosfera opressiva é uma das marcas registradas de Perkins, que demonstra um talento notável para construir uma narrativa angustiante com uma atenção meticulosa aos detalhes.

A história segue uma agente do FBI que é chamada para investigar uma série de crimes envolvendo um serial killer que tem como alvo famílias pacatas. Os crimes seguem um padrão repetitivo há 30 anos, terminando com o assassinato da família pelo pai e o subsequente suicídio deste. A descoberta de códigos e a palavra “LONGLEGS” nos locais dos crimes intensifica a busca do FBI pelo criminoso, adicionando uma camada de mistério e tensão ao enredo. A influência de filmes como O Silêncio dos Inocentes e Seven é clara, com Perkins incorporando elementos clássicos do suspense e do terror para criar uma experiência cinematográfica envolvente e imersiva.

A atuação do elenco é um dos pontos altos do filme. Maika Monroe, conhecida por seu estilo de atuação neutro e introspectivo, mergulha os espectadores em um universo sombrio e emocionalmente carregado. Nicolas Cage, apesar de sua participação breve, entrega uma performance impressionante e perturbadora, evocando a intensidade de Anthony Hopkins em O Silêncio dos Inocentes. Sua interpretação bizarra e inquietante adiciona profundidade ao filme e contribui significativamente para o impacto geral.

No entanto, o filme parece perder o ritmo no clímax. Após uma construção tensa e meticulosa ao longo de aproximadamente 80 minutos, o desfecho parece apressado e inconclusivo. Oz Perkins, embora tenha estabelecido uma narrativa envolvente e inquietante, não consegue manter a coerência e o impacto emocional até o final. A conclusão deixa muitas perguntas sem resposta, e a sensação de que o filme foi encerrado de forma precipitada pode frustrar alguns espectadores.

Vínculo Mortal é um filme de terror que proporciona momentos intensos e perturbadores, com uma construção atmosférica habilidosa e atuações notáveis. No entanto, o desfecho apressado e a falta de resolução coerente podem diminuir o impacto geral da obra, deixando uma sensação de frustração para aqueles que esperavam uma conclusão mais satisfatória.

Avaliação geral
AVALIAÇÃO GERAL
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Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.
critica-longlegs-vinculo-mortal-e-um-terror-que-prende-mas-deixa-sabor-amargo-no-final"Longlegs – Vínculo Mortal" é uma aposta audaciosa no terror, dirigida por Oz Perkins, filho do icônico Anthony Perkins. O filme começa com uma atmosfera perturbadora e entrega momentos genuínos de arrepio, apoiado por atuações marcantes de Maika Monroe e Nicolas Cage. Apesar de sua construção tensa e envolvente, o clímax apressado e inconclusivo pode deixar os espectadores frustrados. Em suma, é uma experiência intensa que acaba deixando um gosto amargo devido à falta de uma resolução satisfatória.

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