
Enquanto os motores do novo Universo DC começam a esquentar sob a liderança criativa de James Gunn, a curiosidade dos fãs sobre como tudo se conectará ganha cada vez mais força. Mas se você esperava que cada novo lançamento fosse uma peça indispensável no grande quebra-cabeça da DC, talvez seja hora de ajustar as expectativas — e celebrar a liberdade narrativa que vem aí.
Em entrevista ao Entertainment Weekly, Gunn falou com franqueza sobre o que realmente importa nesta primeira fase do novo DCU. E, para surpresa de muitos, deixou claro que nem todo projeto será essencial na construção da narrativa principal — pelo menos não de imediato.
“Superman é um pilar. Ele é fundamental para o que estamos construindo. O Pacificador também tem um papel importante nesse contexto maior. Já Comando das Criaturas… é divertido, tem seu valor, mas não é essencial para o arco central da história”, afirmou o diretor, sem rodeios.
A fala deixa evidente que, embora esteja construindo uma narrativa interconectada, Gunn está longe de adotar o modelo rígido que marcou a Fase 3 da Marvel. Em vez disso, seu plano é permitir que cada obra respire por si — com começo, meio e fim próprios — ao mesmo tempo em que algumas delas se entrelaçam sutilmente para quem estiver atento aos detalhes.
“Quero que qualquer pessoa possa chegar e assistir ao próximo capítulo sem sentir que precisa fazer uma maratona antes. Claro, se você viu tudo, ganha uma camada a mais de significado. Mas a ideia é que nenhuma história dependa completamente da outra. Pelo menos por enquanto”, explicou Gunn.
Ele ainda revelou que essa abordagem poderá mudar à medida que o universo crescer e se tornar mais complexo. E, como todo bom contador de histórias, usou uma analogia direta com o cinema de super-heróis que moldou a última década:
“Pode ser que no futuro tenhamos algo como Guerra Infinita e Ultimato, onde você realmente precisa ter visto o primeiro para entender o segundo. Mas neste momento, estamos priorizando acessibilidade. Você não precisa ver Superman para curtir Supergirl, por exemplo.”
Essa filosofia reflete um cuidado não apenas com a narrativa, mas também com o público. Ao invés de criar uma teia de interdependência sufocante, Gunn está oferecendo uma nova chance para os fãs — veteranos ou novatos — de entrarem nesse universo sem medo de se perder.
E falando em Superman, o novo filme protagonizado por David Corenswet (Pearl) promete ser mais do que apenas mais uma origem do herói: ele será o coração emocional e moral do novo DCU. O elenco já chama atenção: Rachel Brosnahan (A Maravilhosa Sra. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Nosferatu) como o carismático e ameaçador Lex Luthor, Skyler Gisondo (Licorice Pizza) como o fiel Jimmy Olsen e Wendell Pierce como o lendário editor Perry White, do Planeta Diário.
Ao lado dele, o Pacificador de John Cena segue firme como uma das figuras mais importantes dessa nova fase — trazendo não só o humor e a ação, mas também a complexidade moral que Gunn tanto gosta de explorar.
E o que dizer de Comando das Criaturas? Segundo Gunn, o projeto funciona como uma janela criativa, quase como um experimento paralelo — onde novos personagens e tons podem ser testados, sem a pressão de mover a narrativa principal adiante. Pense nele como um livro de contos dentro de um universo em construção.
O recado está dado: o novo DCU será uma mistura de liberdade criativa com planejamento estratégico. E se James Gunn cumprir o que promete, teremos um universo rico, acessível, surpreendente — onde cada história pode ser aproveitada individualmente, mas que, vistas em conjunto, revelarão algo muito maior.
















