
Depois de tudo o que viveram — mortes, perdas, jogos cruéis, dor e superação —, parecia que Arisu e Usagi finalmente tinham alcançado aquilo que qualquer sobrevivente deseja: um pouco de paz. Mas se Alice in Borderland nos ensinou algo ao longo de suas duas temporadas, é que a tranquilidade sempre vem com prazo de validade.
A Netflix acaba de anunciar a estreia da 3ª temporada da série japonesa para o dia 25 de setembro, e trouxe também uma prévia que deixou os fãs em alerta: Usagi desapareceu. E o passado que eles acreditavam ter deixado para trás pode não ter acabado.
Amor, trauma e uma nova travessia
Diferente das temporadas anteriores, a nova fase de Alice in Borderland começa com Arisu e Usagi vivendo juntos, agora como casal. Eles construíram uma vida, mas ainda carregam consigo os traumas do que enfrentaram na Terra da Fronteira — aquele universo entre o sonho e o pesadelo, onde a sobrevivência dependia de lógica, coragem e, muitas vezes, sacrifícios impossíveis.
Mas tudo muda quando Usagi desaparece, supostamente guiada por Ryuji (Kento Kaku), um enigmático estudioso da vida após a morte. Abalado, Arisu se vê forçado a voltar ao lugar que quase o destruiu. E é justamente lá que ele reencontra Banda, um rosto conhecido — e perigoso — que traz revelações sobre o paradeiro de Usagi. Para salvá-la, Arisu terá que se reconectar com uma parte dele que tentou enterrar: o jogador, o estrategista, o sobrevivente.
A Terra da Fronteira muda, mas continua viva
Os jogos podem ter acabado, mas a Terra da Fronteira continua existindo. E talvez ela nunca tenha sido apenas um lugar — mas um estado de alma. A nova temporada promete mergulhar em questões mais densas: o que significa realmente voltar à vida depois de um trauma? O que acontece quando sobrevivemos ao impossível, mas seguimos presos ao que perdemos?
Mais do que novas provas físicas, a temporada deve explorar o jogo interno — aquele que se trava dentro dos personagens. A série, que sempre flertou com elementos psicológicos e existenciais, agora parece disposta a encarar de frente o que ficou mal resolvido. E, se conhecemos bem esse universo, sabemos que nada volta igual.
Um fenômeno global com alma japonesa
Lançada em 2020 e baseada no mangá de Haro Aso, Alice in Borderland começou como uma surpresa e se consolidou como um fenômeno de alcance mundial. Misturando ficção científica, ação, filosofia e emoção crua, a série conquistou não apenas pelo espetáculo visual, mas pela profundidade de seus personagens.
No centro da história, Arisu e Usagi formaram um elo raro: duas pessoas marcadas pela dor que encontraram uma espécie de redenção mútua. Agora, com o novo arco dramático, o público poderá vê-los enfrentando uma travessia ainda mais íntima — onde não há cartas na mesa, apenas o coração exposto.
















