A Graça de Sorrentino chega a Veneza com estreia mundial — e distribuição global pela MUBI

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Foto: Reprodução/ Internet

A elegância cinematográfica de Paolo Sorrentino está de volta às telonas — e ao coração da crítica internacional. Seu mais novo trabalho, La Grazia, foi anunciado como filme de abertura da Competição Oficial do prestigiado 82º Festival Internacional de Cinema de Veneza, um feito que já o coloca sob os holofotes antes mesmo do primeiro aplauso.

Mas as boas novas não param por aí: a MUBI, que tem se consolidado como mais do que um serviço de streaming — atuando também como distribuidora e produtora — adquiriu os direitos globais de distribuição (exceto na Itália), reforçando seu compromisso em levar cinema de autor ao público mundial. A plataforma ficou responsável pelos territórios da América Latina, América do Norte, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Áustria, Benelux, Espanha, Turquia, Índia, Austrália e Nova Zelândia. Já os direitos da Itália permanecem com a PiperFilm, enquanto a The Match Factory cuidará da venda para os demais mercados.

La Grazia — título que, como já se especula, pode dialogar tanto com o sagrado quanto com o profano — marca mais uma colaboração entre Sorrentino e o ator Toni Servillo, dupla responsável por obras aclamadas como A Grande Beleza (vencedora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro) e A Mão de Deus. A atriz Anna Ferzetti também integra o elenco principal, prometendo ampliar as camadas sensoriais e emocionais que Sorrentino tão bem sabe explorar.

O longa foi escrito e dirigido pelo próprio Sorrentino e nasce de uma co-produção entre The Apartment Pictures (empresa da Fremantle), Numero 10 e a já citada PiperFilm. A Fremantle, aliás, assina a produção como um todo, dando um selo de sofisticação e consistência internacional ao projeto.

Pouco foi revelado sobre o enredo — como é de costume nos projetos do cineasta napolitano — mas, se o título serve de pista, podemos esperar um mergulho existencial sobre a beleza (ou talvez a angústia) da redenção, da fé ou da própria arte. Com Sorrentino, sabemos: a estética é sempre um caminho para algo mais profundo.

A escolha de Veneza como palco de estreia mundial é simbólica. Além da tradicional relação entre o festival e os grandes nomes do cinema europeu, a cidade flutuante oferece a moldura ideal para o estilo visual barroco.

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