Entre Nós, o Amor: drama francês estreia dia 17 de julho com olhar sensível sobre maternidade e recomeços

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Foto: Reprodução/ Internet

Na próxima quinta-feira, 17 de julho, chega aos cinemas brasileiros o emocionante drama francês Entre Nós, o Amor (Une Vie Rêvée), dirigido por Morgan Simon e distribuído pela Imovision. Com 97 minutos de duração, o longa mergulha na vida de uma mulher à margem da sociedade que, apesar de tudo, ainda busca algum sentido no afeto — e talvez, quem sabe, no milagre do Natal.

Nicole: entre dívidas, frustrações e silêncios

Aos 52 anos, Nicole vive um cotidiano que passa longe das idealizações românticas da meia-idade. Moradora de um conjunto habitacional nos subúrbios franceses, ela enfrenta o peso de estar desempregada, endividada e emocionalmente exausta. A relação com o filho adolescente, Serge, de 19 anos, está por um fio. E, como se não bastasse, ela ainda perde o talão de cheques e o cartão de crédito — mais uma rachadura num cotidiano que já vinha se despedaçando.

Entre as rugas que se aprofundam e os silêncios que se acumulam, Nicole tenta manter a dignidade e encontrar um motivo para levantar da cama todos os dias. E é nesse cenário cru e realista que o filme começa a desenhar um fio de esperança.

Quando o Natal chega e o inesperado acontece

O pano de fundo natalino não traz glamour nem luzes piscando em excesso. Em vez disso, Entre Nós, o Amor aposta num retrato sóbrio e íntimo da solidão, dos laços quebrados e da resistência emocional. Mas é justamente nesse clima gelado — típico do inverno francês — que o calor humano se insinua: a possibilidade de um reencontro, de uma reconciliação ou de um gesto inesperado pode mudar o destino dessa mulher invisível para o mundo, mas intensamente viva por dentro.

Um filme sobre invisibilidade social — e amor que persiste

Com uma direção delicada e um olhar afiado para as dores silenciosas do cotidiano, Morgan Simon constrói um drama que fala sobre o que muitas vezes não se vê: o amor entre mãe e filho, o peso do envelhecimento feminino, a violência da pobreza — e a força discreta de quem continua tentando, mesmo sem ter mais forças.

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