
Quando o domingo amanhece com viola, saudade e novas vozes, a TV Aparecida cumpre seu papel: unir tradição e renovação em um só palco. No próximo dia 13 de julho, às 9h da manhã, o Terra da Padroeira transforma-se, mais uma vez, num santuário musical, comandado por Kleber Oliveira, Tonho Prado e Menino da Porteira, trio que entende que sertanejo de verdade não é só estilo — é cultura, chão, herança e emoção.
Mogiano e Mogianinho: a estrada continua
Se Tonico e Tinoco foram os pilares da música caipira, Mogiano e Mogianinho são os guardiões de sua memória viva. A dupla, que começou como “Irmãos Moreno” em 1957, carrega no nome a origem de Mogi-Mirim e, no peito, o compromisso de manter acesa a chama da canção rural. Com um repertório que inclui “Dois Morenos”, “Minha Terra” e o emblemático álbum Tributo a Tonico e Tinoco, os dois não cantam apenas: eles continuam uma história que o Brasil nunca deve esquecer.
Convidados do quadro “Na Estrada”, eles revivem no palco o espírito de uma música que nasceu da simplicidade e cresceu no coração do povo. Uma oportunidade rara de ouvir, com voz e sentimento, a história cantada por quem ainda trilha seus caminhos.
Tostão: quando a sanfona vira espetáculo
Há quem toque. E há quem transforme o instrumento em extensão da alma. É o caso de Tostão, músico autodidata, que reinventou o jeito de tocar acordeón e fez do chamamé uma bandeira pessoal. Começou sua história em 1978, passou por gigantes como Lourenço & Lourival, e seguiu mundo afora colecionando prêmios e aplausos — sem nunca perder a irreverência, o brilho no olhar e a coragem de tocar até de cabeça para baixo, se for preciso.
No palco do Terra da Padroeira, ele não apenas toca: ele performa, provoca, encanta. É música em estado de invenção. É espetáculo com alma de festa de interior.
Rafaela e Arthur: a nova safra da emoção
Toda tradição precisa de herdeiros à altura. E Rafaela e Arthur chegam para lembrar que o futuro do sertanejo também tem raiz. Rafaela, descoberta ainda criança pelo pai, percorreu uma bela trajetória ao lado da irmã Lorena, emocionando plateias e dividindo palco com nomes como Milionário e José Rico. Agora, em nova fase, divide microfone com Arthur, unindo maturidade precoce e frescor em cada acorde.
É no entrelaçar de suas vozes que o sertanejo renasce, sem perder o cheiro de terra, sem se desconectar da origem.
















