
Em 10 de julho, as salas de cinema brasileiras receberam uma nova encarnação do Homem de Aço, que não só revive a lenda de Clark Kent, mas inaugura uma nova era para o Universo DC — o tão aguardado DCU idealizado por James Gunn e Peter Safran. Este reboot não se limita a recontar uma história já conhecida; ele reimagina o herói, colocando-o em um contexto fresco, com personagens renovados e uma atmosfera que mescla drama, ação e até humor.
Mas, afinal, será que o novo “Superman” reserva surpresas para os fãs que ficam até o final dos créditos? A resposta é sim — e não são cenas quaisquer. O filme traz duas cenas pós-créditos que, embora não revelem grandes spoilers ou futuros eventos grandiosos do DCU, funcionam como pequenos acenos para o público, oferecendo momentos que equilibram poesia, leveza e até um toque de humor.
A primeira cena pós-créditos
Logo após a última cena, quando a maioria já começa a se levantar, a tela volta a se iluminar com uma sequência que captura o silêncio e a imensidão do espaço. O homem de aço surge, não em plena ação, mas ao lado de seu inseparável amigo e aliado canino: Krypto. Os dois estão na superfície da Lua — um lugar que, apesar de sua aridez e distância, simboliza o refúgio e a reflexão.
Eles olham juntos para a Terra, pequena e vibrante à distância, um lembrete da responsabilidade que o herói carrega e do amor pelo planeta que defende. Não há diálogos, apenas a contemplação do universo. Essa imagem fala de algo muito maior que batalhas e vilões: fala da solidão e do peso de ser um símbolo de esperança, da necessidade de reencontrar força nas pequenas coisas e nas conexões profundas.

A segunda cena pós-créditos
Logo após esse instante mais introspectivo, a segunda cena pinta um quadro completamente diferente. Aqui, o tom é leve, quase descontraído — uma pausa para o riso depois da tensão da luta final.
Superman está ao lado do Sr. Incrível — personagem interpretado por Edi Gathegi que, embora possa parecer uma referência a outros universos, neste novo DCU adiciona um toque de humor e humanidade à mitologia dos heróis. Eles observam, lado a lado, uma gigantesca rachadura que corta um prédio — uma cicatriz deixada pela batalha.
Com um olhar crítico, o Homem de Aço comenta: “Tá torto.” O Sr. Incrível, meticuloso e perfeccionista, reage com irritação e um pouco de humor seco. Essa troca revela que, mesmo entre seres poderosos, há espaço para pequenas frustrações cotidianas, lembrando o público que heróis também lidam com imperfeições — sejam elas físicas ou emocionais.
Por que essas cenas importam?
Embora nenhum dos dois momentos entregue pistas claras sobre futuros filmes, equipes ou vilões, eles funcionam como janelas para o mundo que James está construindo. A primeira nos convida a sentir a profundidade do personagem, sua vulnerabilidade e vínculo com o planeta Terra; a segunda, a enxergar os heróis como indivíduos capazes de rir e interagir de forma leve, quebrando a seriedade típica dos blockbusters.
Além disso, ao incluir Krypto e o Sr. Incrível, o filme amplia o universo de personagens que poderão ganhar mais destaque, preparando o terreno para futuras histórias que misturam ação, drama e humor — uma combinação que pode renovar o gênero.
Vale a pena esperar?
Sem dúvida. Se você gosta de cinema de super-herói que mistura emoção, diversão e pequenos detalhes que enriquecem a experiência, ficar até o final vale cada minuto. É como se, depois de horas imerso no mundo intenso do Superman, o espectador ganhasse dois presentes: um instante de silêncio para refletir e um momento para sorrir.





