Super Tela exibe Sicário: Dia do Soldado neste sábado (12) com drama, tensão e dilemas morais na fronteira

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Foto: Reprodução/ Internet

Às vezes, a guerra mais brutal não é aquela feita com tanques ou exércitos — mas sim aquela que acontece nos bastidores, em silêncio, com ordens que jamais serão assumidas publicamente. É nesse território sombrio que Sicário: Dia do Soldado mergulha. O filme será exibido pela Super Tela neste sábado, 12 de julho, às 22h30, na Record TV, e promete uma noite de tirar o fôlego.

A produção é a continuação do aclamado Sicário (2015), mas aqui a história caminha por conta própria — com personagens que já perderam quase tudo, tentando manter o pouco de humanidade que ainda lhes resta.

Um plano secreto, uma escolha impossível

Na trama, Matt Graver, um agente da CIA vivido por Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita, Deadpool 2), recebe uma missão delicada do alto escalão do governo americano: criar um conflito interno entre cartéis mexicanos. A justificativa? Após um atentado nos EUA, os cartéis agora são vistos como terroristas — e isso abre margem para operações clandestinas sem limites éticos ou legais.

Para executar a missão, ele convoca um rosto conhecido: Alejandro Gillick, interpretado de forma intensa por Benicio Del Toro (Traffic, Os Suspeitos). Sicário, ex-advogado, homem de poucas palavras e muitos fantasmas, Alejandro aceita a tarefa. Mas o plano é mais cruel do que parece: sequestrar a filha de um chefão do tráfico para provocar o caos entre os rivais.

Entre a missão e a consciência

A jovem sequestrada, Isabel Reyes, é interpretada por Isabela Merced (Dora e a Cidade Perdida, Sweet Girl). Aos poucos, o filme revela que ela não é apenas um alvo estratégico — é uma adolescente com medos, sonhos e humanidade, exposta ao pior da guerra adulta. Quando tudo sai do controle e a operação é abandonada pelo próprio governo, Alejandro se vê sozinho, com a menina ao seu lado, tendo que decidir se ainda consegue salvar algo — ou alguém — do desastre que ajudou a criar.

Entre explosões, perseguições no deserto e alianças frágeis, o que mais pesa é o silêncio entre os dois: um homem forjado na dor e uma garota arrancada de sua vida por uma lógica que ela nem compreende. O vínculo improvável que se constrói entre eles é o verdadeiro centro emocional do filme.

Tensão, crítica e cinema de verdade

Com direção do italiano Stefano Sollima (Suburra, Gomorra) e roteiro do consagrado Taylor Sheridan (A Qualquer Custo, Yellowstone), o longa vai além do gênero. Ele expõe, com brutalidade e sobriedade, os efeitos colaterais das decisões tomadas em gabinetes distantes. A fotografia árida e realista, a trilha sonora que pulsa como um batimento de ansiedade, e os silêncios que dizem mais do que os diálogos fazem de Sicário: Dia do Soldado um filme que faz pensar — e sentir.

Por que vale assistir?

Porque nem todo filme de ação precisa ser só explosão. Sicário: Dia do Soldado é sobre escolhas difíceis, fronteiras borradas entre certo e errado, e pessoas que carregam o peso de decisões que jamais serão aplaudidas.

7 curiosidades que você (provavelmente) não sabia

Josh Brolin de chinelo — e por um bom motivo

Quem prestar atenção vai perceber um detalhe inusitado: o agente da CIA Matt Graver, vivido por Josh Brolin, passa boa parte do filme usando… chinelos. A escolha não foi acidental. O diretor Stefano Sollima queria que Graver parecesse um homem acostumado com o poder informal e letal — alguém que resolve conflitos internacionais como se estivesse em casa. Os chinelos viraram um símbolo silencioso da frieza do personagem.

Benicio Del Toro recusou dublês nas cenas com arma

O icônico “gun twirl” — quando Alejandro gira a pistola de forma quase coreografada — não foi feito por dublês nem reforçado com efeitos visuais. Foi o próprio Benicio Del Toro quem aprendeu e executou os movimentos no set. A ideia era manter a autenticidade do personagem, mostrando um homem que domina suas ferramentas de forma silenciosa, quase ritualística.

Isabela Merced enfrentou o calor, a areia — e muitas lágrimas

A jovem atriz Isabela Merced, que interpreta Isabel Reyes, fez grande parte das cenas de ação por conta própria. Durante uma sequência intensa em que sua personagem se esconde debaixo de um carro, a atriz revelou que ficou tão abalada emocionalmente que passou horas chorando mesmo depois do “corta”. Segundo ela, o set exigia entrega total — física e psicológica.

A abertura quase foi censurada

A cena de abertura, que mostra um atentado a bomba em um supermercado, gerou debate nos bastidores. Alguns executivos temiam que o início fosse “forte demais” para o público. O diretor, no entanto, defendeu a sequência até o fim, afirmando que era essencial para estabelecer o tom sombrio e geopolítico da história. E estava certo: a introdução virou uma das cenas mais lembradas do longa.

Realismo tático como prioridade

Para garantir que as cenas de combate e operação tática soassem reais, a produção contratou consultores militares que orientaram os atores em cada detalhe: desde como carregar uma arma até como se mover em formações defensivas. O resultado é um filme em que cada movimento parece pensado — porque foi.

Pesquisa de campo na fronteira

Antes de filmar, a equipe fez uma longa imersão nas cidades de El Paso (EUA) e Ciudad Juárez (México), onde observaram o funcionamento real do tráfico humano e de drogas na fronteira. A pesquisa foi crucial para compor as cenas com base em práticas reais dos “coyotes” — atravessadores que levam imigrantes por rotas clandestinas.

Mais de 11 meses só para uma sequência

A sequência de ataque no supermercado — com explosões, fumaça, pessoas correndo e efeitos sonoros impactantes — levou quase um ano de trabalho em pós-produção. Foram mais de 350 dias apenas para finalizar a cena com os efeitos visuais, que misturam ação real, CGI e elementos digitais invisíveis aos olhos, mas essenciais para criar o caos perfeito.

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