Na próxima terça-feira, 22 de julho de 2025, o “Provoca”, apresentado por Marcelo Tas na TV Cultura, recebe Flavio de Souza, um dos grandes nomes por trás da magia que encantou crianças e adultos com programas como Castelo Rá-Tim-Bum, Mundo da Lua e Rá Tim Bum. Em uma conversa que mistura memórias, curiosidades e reflexões, Flavio revela os ingredientes que fizeram desses programas eternos na memória do público, além de debater a importância da arte como experiência coletiva e transformadora.

Quando questionado sobre por que os programas da TV Cultura resistem ao tempo e continuam queridos, Flavio é direto: o sucesso veio do esforço apaixonado de equipes cheias de talento e entusiasmo. “Não foi sorte. Foi uma soma de pessoas dedicadas que queriam fazer o melhor, cada uma no seu papel”, explica. Essa combinação, segundo ele, resultou em um conteúdo que ultrapassou gerações e segue vivo graças à autenticidade e ao cuidado.

Flavio resgata uma história pouco conhecida: a criação do Castelo Rá-Tim-Bum surgiu a partir de uma dificuldade técnica enfrentada no Rá Tim Bum. Após o programa ganhar um prêmio internacional em Nova York e atrair olhares do mundo, a impossibilidade de dublar a atração — devido à mistura inseparável entre música e diálogo — levou Flavio e Cao Hamburger a criar algo novo. “Essa limitação virou oportunidade”, conta ele, “e assim nasceu o Castelo, com sua identidade própria, que encanta até hoje.”

Versatilidade em cena: do universo infantil ao humor da TV Globo

Poucos sabem que Flavio também atuou nos bastidores de um dos maiores sucessos do humor brasileiro: Sai de Baixo. Ele lembra o desafio de escrever para um gênero tão diferente do seu universo original. “Tive que aprender a fazer piada do zero, foi uma aventura louca”, admite. O resultado, surpreendentemente, foi um sucesso que o fez descobrir novas facetas como roteirista.

A arte além da função: alimento para o espírito coletivo

No diálogo final com Marcelo Tas, Flavio reflete sobre a arte como fenômeno que, mesmo sem função clara, tem um poder único de transformação. “Às vezes, parece um gasto inútil, algo que não serve para nada prático. Mas, quando é boa, ela nos alimenta de uma forma que não dá para medir”, diz. Para ele, a arte cria laços invisíveis entre pessoas desconhecidas, formando uma comunidade efêmera que enriquece a existência.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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