“O Jogo de uma Vida” inspira a Sessão da Tarde da próxima segunda (21/07) com história real de superação no esporte

Globo exibe na próxima segunda-feira, 21 de julho de 2025, emocionante drama baseado na trajetória de Bob Ladouceur, o treinador que fez história no futebol americano e na vida de seus atletas.

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Foto: Reprodução/ Internet

Na próxima segunda-feira, 21 de julho de 2025, a Sessão da Tarde, da Globo, apresenta um filme que vai muito além do esporte. “O Jogo de uma Vida”, dirigido por Thomas Carter, é uma daquelas histórias que tocam fundo e lembram o espectador do verdadeiro significado da palavra “vitória”. Baseado em uma história real, o longa acompanha a jornada de Bob Ladouceur, treinador de um time colegial que conquistou o impossível: 151 vitórias consecutivas no futebol americano estudantil — um feito que ainda hoje é lembrado como um dos maiores da história esportiva dos Estados Unidos.

Mas se engana quem pensa que o filme se resume a números e troféus. “O Jogo de uma Vida” é, acima de tudo, uma narrativa sobre fé, caráter, empatia e liderança. É sobre como um professor – antes de ser técnico – inspirou jovens a se tornarem mais do que atletas: cidadãos conscientes, resilientes e preparados para os desafios da vida.

Muito além do placar

Interpretado com profundidade por Jim Caviezel (conhecido por seu papel como Jesus em “A Paixão de Cristo”), Bob Ladouceur não é o típico herói hollywoodiano. Ele não grita, não impõe pelo medo, nem transforma seus jogadores com discursos inflamados. Pelo contrário. Sua liderança se manifesta em gestos contidos, na escuta paciente, nas perguntas feitas na hora certa. Ele guia pelo exemplo — e é isso que torna sua história tão poderosa.

Quando assumiu o modesto time dos Spartans de De La Salle High School, na Califórnia, Bob encontrou um grupo de garotos sem perspectiva, desacreditados até por eles mesmos. Em vez de buscar vitórias imediatas, ele plantou valores: humildade, disciplina, espírito coletivo. Os resultados, ironicamente, vieram como consequência — e não como obsessão.

E vieram em grande estilo: mais de uma década sem perder uma única partida. Mas o roteiro do filme, assim como a vida real, é cheio de reveses. Crises familiares, tragédias pessoais, problemas de saúde e pressões externas colocam à prova a fibra moral da equipe e a serenidade do treinador.

Elenco em sintonia revela emoção sem exageros

O elenco é um dos pontos altos do filme. Jim Caviezel constrói um Bob Ladouceur introspectivo, mas com firmeza espiritual impressionante, revelando o tipo de força silenciosa que transforma realidades. Ao seu lado, Laura Dern entrega uma atuação comovente como Bev Ladouceur, a esposa que acompanha de perto os altos e baixos do marido, equilibrando lucidez, amor e preocupação.

Michael Chiklis, no papel do assistente técnico Terry Eidson, funciona como a alma prática da equipe — mais direto, mais duro, mas igualmente apaixonado. Ele é o tipo de aliado que empurra para frente quando o caminho começa a parecer pesado demais.

Já os jovens atores — como Alexander Ludwig (da série “Vikings”) e Stephan James (“Selma”, “Se a Rua Beale Falasse”) — carregam nas costas o peso de representar uma geração pressionada por expectativas e carente de referenciais reais. Com honestidade, eles mostram que nem sempre é fácil ser jovem em um mundo que cobra vitórias, mas não ensina a lidar com derrotas.

Uma direção segura que entende o que realmente importa

A condução do diretor Thomas Carter, que já havia trabalhado no universo esportivo com “Coach Carter”, é sensível e eficiente. Carter não se prende ao clichê do “jogo do século” — embora as cenas de campo sejam empolgantes —, e prefere mergulhar nos bastidores das decisões, nos silêncios entre as jogadas, nos dilemas que se escondem no vestiário ou no jantar em família.

A fotografia é intimista quando precisa ser e enérgica nos momentos certos. A trilha sonora, discreta, colabora para uma narrativa que emociona sem manipular. O resultado é um filme que funciona tanto como entretenimento quanto como reflexão.

Lições para muito além do esporte

A exibição do filme em pleno 2025, na tradicional Sessão da Tarde, é mais do que uma escolha de grade. É um lembrete necessário em tempos de imediatismo e cultura da performance. Num mundo onde a vitória se tornou quase uma obsessão e o fracasso virou sinônimo de fraqueza, o filme vem com a força de uma parábola moderna: o que realmente significa vencer?

Bob Ladouceur ensina, com simplicidade, que a verdadeira vitória não está no placar, mas no crescimento pessoal, na integridade e na coragem de ser fiel aos próprios valores mesmo sob pressão. Não há prêmios para isso. Mas há transformação — e ela é profunda.

O legado que continua vivo

Na vida real, Bob Ladouceur se aposentou do cargo de técnico em 2013, após 34 anos dedicados ao ensino e ao esporte. Seu legado, no entanto, segue vivo. Mais do que títulos, ele deixou uma comunidade marcada por seus ensinamentos. Pais, professores e ex-alunos o reverenciam como um exemplo de ética, humanidade e compromisso com a juventude.

Sua filosofia — baseada na formação de caráter — hoje é estudada em universidades, clínicas esportivas e fóruns de liderança. Ele mostrou que um bom treinador não forma apenas jogadores: forma cidadãos. E que o impacto de um educador vai muito além dos muros da escola.

Um convite para ver (ou rever) com o coração aberto

“O Jogo de uma Vida” é um filme ideal para assistir em família, sozinho ou com amigos, especialmente em momentos em que precisamos reencontrar sentido em meio à correria do dia a dia. Ele emociona sem ser piegas, inspira sem precisar levantar bandeiras, e nos faz lembrar que cada escolha, por menor que pareça, pode transformar vidas.

E para quem perder a exibição na televisão, há uma boa notícia: o longa também está disponível para aluguel no Prime Video, com valores a partir de R$ 6,90. Uma ótima oportunidade para conhecer — ou revisitar — essa obra que emociona por dentro, nos lembrando que os melhores jogos da vida são aqueles em que se joga com o coração.

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