Super Tela deste sábado (26/07): Record TV exibe o intrigante thriller “Nefarious”

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Foto: Reprodução/ Internet

No meio de tantos blockbusters que apostam em efeitos especiais e grandes franquias, às vezes o cinema independente traz algo diferente — um filme que vai além do entretenimento para fazer a gente pensar. Nefarious, que vai passar na Super Tela da Record TV neste sábado, 26 de julho de 2025, é exatamente isso. Um thriller de terror com uma pegada espiritual, que mexe com a nossa cabeça e desafia as certezas.

Dirigido por Chuck Konzelman e Cary Solomon, o longa é baseado no livro A Nefarious Plot, de Steve Deace, e conta uma história que, apesar de simples, tem camadas profundas. É um filme que não foge de temas polêmicos e que pode dividir opiniões — mas que, com certeza, vai deixar marca.

Um enredo que mistura dúvida, fé e medo

A história gira em torno do psiquiatra Dr. James Martin (interpretado por Jordan Belfi), que é chamado para avaliar um preso no corredor da morte, Edward Wayne Brady (Sean Patrick Flanery). Edward foi condenado por uma série de assassinatos, mas ele diz que não é ele mesmo — na verdade, é um demônio chamado Nefarious que tomou seu corpo.

A missão de Martin é descobrir se Edward está realmente louco ou só tentando enganar o sistema para escapar da execução. Só que essa avaliação acaba mexendo com muito mais do que a vida do condenado: desafia as próprias crenças do psiquiatra e joga o espectador num jogo de sombras entre ciência, religião e psicologia.

Nefarious não tenta dar respostas fáceis, pelo contrário. Ele faz a gente questionar o que é real e o que não é, o que é maldade humana e o que pode ser algo maior — e deixa a dúvida pairando durante todo o filme.

Personagens vivos e intensos

Um dos pontos fortes do filme é o elenco, que dá vida a essa trama pesada de um jeito muito natural e convincente. Sean Patrick Flanery, que já fez vários papéis marcantes, está simplesmente brilhante como Edward/Nefarious. Ele consegue ser assustador, sedutor e cheio de nuances, o tipo de vilão que a gente não esquece fácil.

Jordan Belfi, no papel do psiquiatra Martin, segura muito bem o filme, mostrando um homem que tenta ser racional e firme, mas que vai se desmoronando à medida que o confronto com Edward avança. Ele traz humanidade para um personagem que poderia facilmente virar apenas um clichê do médico cético. O restante do elenco também dá um suporte sólido, ajudando a construir aquela atmosfera de tensão e confinamento que permeia toda a história.

Um filme que fala sobre fé e dúvida

O que mais chama atenção em Nefarious é a forma direta como ele aborda a fé, o sobrenatural e o mal. Não é só mais um filme de terror com fantasmas e monstros — aqui, o mal tem voz, opinião, e até crítica social.

Em vários momentos, o tal “Nefarious” fala sobre como o mundo está pior do que nunca, citando problemas reais como o aumento da escravidão moderna e o aborto, temas que aparecem no filme e mexem com o espectador de forma bastante direta.

Isso pode incomodar quem prefere um filme mais neutro ou que não toque nesses assuntos. Por outro lado, traz uma autenticidade que é rara, especialmente no gênero terror, e mostra um lado pouco explorado: o confronto entre crença e ceticismo.

Foto: Reprodução/ Internet

Uma produção modesta, mas eficiente

Gravado em Oklahoma City, o filme usa um cenário simples — quase todo dentro da prisão — para criar um clima claustrofóbico que ajuda a aumentar o suspense. Não tem efeitos especiais mirabolantes, mas a fotografia, os sons e a direção de arte funcionam juntos para deixar tudo tenso e envolvente.

Essa simplicidade acaba favorecendo a história, que não perde o foco nos personagens e na luta psicológica que está no centro do filme.

Como o público e a crítica reagiram

O longa-metragem não fez muito barulho nas bilheterias — arrecadou cerca de US$ 1,3 milhão, número modesto perto dos grandes lançamentos. A crítica especializada foi dividida, com alguns apontando que o filme exagera na mensagem religiosa e que falha em algumas partes do roteiro. Já o público, especialmente aqueles que gostam de histórias que mexem com a mente e o espírito, deu uma resposta bem mais positiva, com nota B+ no CinemaScore e 97% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes.

Por que vale a pena assistir

Se você está cansado de filmes de terror que se resumem a sustos fáceis e efeitos visuais, o longa pode ser uma surpresa. Ele desafia o espectador a pensar sobre o que é maldade, sobre o que acreditamos e como lidamos com o desconhecido. Além disso, é uma história que toca no humano, nos medos que todo mundo tem, mesmo quando tenta esconder. E isso faz toda a diferença.

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