“Domingo Maior” (03/08): TV Globo exibe “Maze Runner: A Cura Mortal”, estrelado por Dylan O’Brien

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Foto: Reprodução/ Internet

Na noite do próximo domingo, 3 de agosto de 2025, logo depois do Capital Moto Week – Melhores Momentos, a TV Globo exibe no Domingo Maior o filme “Maze Runner: A Cura Mortal”, encerrando uma das trilogias mais queridas da juventude nos anos 2010. O longa, dirigido por Wes Ball e estrelado por Dylan O’Brien, é o terceiro e último capítulo da saga iniciada em 2014, baseada nos livros de James Dashner. Nesta etapa final, os personagens encaram seus maiores desafios — físicos, emocionais e morais — em uma trama que coloca em jogo a própria humanidade.

Lançado em 2018 e agora exibido em TV aberta, o filme retoma a história do jovem Thomas, líder relutante de um grupo que resistiu a testes cruéis, traições e perdas profundas. Agora, ele parte em busca de um último resquício de esperança: a cura para o vírus que está devastando a Terra. Mas, como quase tudo nesse universo distópico, o que parece uma solução pode ser, na verdade, o início de uma nova catástrofe.

Um futuro desfeito

Se no início da franquia os personagens estavam presos em um labirinto sem saber quem eram, onde estavam e por que precisavam correr para sobreviver, agora eles têm algumas respostas — mas a realidade é muito mais cruel do que podiam imaginar. O vírus conhecido como Fulgor transformou grande parte da população em criaturas violentas e desumanas. Os que restaram vivem em cidades muradas, controladas por organizações autoritárias, como a C.R.U.E.L., responsável pelos testes e experimentos que marcaram os filmes anteriores.

Thomas, interpretado com intensidade por Dylan O’Brien, está cansado de promessas. Cansado de manipulações. E principalmente, cansado de perder pessoas. Quando descobre que seu amigo Minho (Ki Hong Lee) está vivo, preso nos laboratórios da C.R.U.E.L., ele decide ir até o fim para resgatá-lo, mesmo que isso signifique arriscar a própria vida — e trair os planos de quem ainda acredita em um futuro coletivo, mesmo que distante e difícil.

Laços, perdas e escolhas

Um dos grandes méritos do filme está nas relações entre os personagens. Thomas já não é o mesmo garoto confuso que surgiu no primeiro filme. Carrega o peso das perdas, da culpa e das dúvidas sobre quem ele é — e sobre quem merece confiança.

Teresa (Kaya Scodelario), que no segundo filme tomou decisões controversas em nome da ciência, reaparece com um papel ambíguo. Ela acredita na possibilidade de cura e insiste que a C.R.U.E.L. pode salvar o mundo, mesmo com métodos extremos. O reencontro com Thomas é carregado de ressentimento, mas também de lembranças de um afeto que, por um breve momento, foi verdadeiro.

Newt (Thomas Brodie-Sangster) continua sendo o coração do grupo. Sua presença traz equilíbrio e humanidade em meio ao caos, e é comovente ver sua jornada ganhar espaço aqui. Já personagens como Brenda (Rosa Salazar), Jorge (Giancarlo Esposito), Caçarola (Dexter Darden) e Gally (Will Poulter) ampliam a narrativa com ações decisivas e atuações sólidas.

Foto: Reprodução/ Internet

Uma produção marcada por superação fora das telas

O que muitos talvez não saibam é que A Cura Mortal quase não chegou aos cinemas. Durante as filmagens, em março de 2016, Dylan O’Brien sofreu um acidente gravíssimo no set, em uma cena de ação. Ele teve múltiplas fraturas e precisou se afastar por tempo indeterminado. A produção foi interrompida e a estreia adiada.

Esse episódio, que poderia ter encerrado prematuramente a trilogia, acabou moldando também o tom do filme. O diretor Wes Ball chegou a considerar abandonar o projeto, mas o próprio Dylan insistiu em retornar, mesmo após meses de recuperação. O impacto emocional do acidente está, de certa forma, presente em cada cena. O cansaço, a dor e a persistência do personagem ecoam algo real.

Entre a esperança e o fim

Visualmente, o filme impressiona. A ambientação das cidades muradas, os detalhes da decadência urbana e as cenas de ação bem coreografadas contribuem para criar uma atmosfera tensa, porém crível. Ao contrário de outras franquias que abusam de efeitos digitais, A Cura Mortal aposta em cenas práticas e um ritmo mais seco, quase cru, que reforça o realismo daquele mundo em colapso.

Mas o que sustenta o filme de verdade são os dilemas. Até que ponto vale a pena insistir em uma cura que custou tantas vidas? É possível salvar o mundo sacrificando os últimos laços humanos que ainda existem? Essas perguntas atravessam os personagens e chegam até o espectador.

Recepção e legado

Quando estreou nos cinemas, em janeiro de 2018, o filme dividiu opiniões. Parte da crítica considerou o enredo irregular, com momentos apressados e algumas escolhas previsíveis. No entanto, o público em geral recebeu o desfecho com carinho, reconhecendo o amadurecimento dos personagens e o esforço de fechar a história com emoção.

Com uma bilheteria mundial superior a US$ 284 milhões, A Cura Mortal foi o capítulo menos rentável da trilogia, mas isso não diminuiu seu impacto. A série Maze Runner conquistou uma geração que cresceu entre distopias, sagas literárias e filmes que questionavam o futuro. O legado está menos no espetáculo e mais naquilo que a história desperta: o desejo de resistir, mesmo quando tudo parece perdido.

Disponível também no streaming

Para quem quiser rever a trilogia inteira ou assistir com calma depois da exibição na Globo, o filme está disponível no catálogo do Disney+, por assinatura. É uma boa oportunidade de mergulhar novamente nesse universo e relembrar como tudo começou — com um grupo de garotos correndo em um labirinto, sem memórias, mas com uma vontade imensa de viver.

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