
Depois de mais de uma década, a história do Facebook está pronta para ganhar um novo capítulo nas telas. Aaron Sorkin, roteirista brilhante responsável pelo primeiro filme, está de volta — mas agora também na direção. E o que chama atenção é a escolha provável do ator Jeremy Strong para interpretar Mark Zuckerberg, o homem que transformou uma ideia de dormitório em um império global, com todos os seus acertos e sombras. As informações são do The Hollywood Reporter.
Jeremy Strong, conhecido por sua atuação intensa como Kendall Roy em “Succession”, parece ter o perfil ideal para encarnar o Zuckerberg de hoje: alguém que não é apenas um gênio da tecnologia, mas um executivo às voltas com uma série de desafios éticos, políticas controversas e crises públicas.
Uma nova história para um novo momento
Se o primeiro longa-metragem, lançado em 2010, contava a fundação do Facebook com sua dose de traições, ambição juvenil e disputas judiciais, a continuação parece querer ir além da origem. Desta vez, o foco será o momento em que o Facebook, já gigante, passa por sua maior crise de imagem — quando surgem os chamados “Facebook Files”. Esse é o terreno fértil onde o novo filme deve se situar — um retrato contemporâneo do que significa administrar uma das maiores empresas do mundo digital e encarar as consequências disso.
O novo Zuckerberg
Jeremy não é uma escolha qualquer para interpretar Mark. A complexidade do personagem exige alguém capaz de mostrar tanto a frieza calculista quanto os conflitos internos, as dúvidas e o peso da responsabilidade. Em “Succession”, Strong entregou uma performance cheia de nuances, retratando um herdeiro empresarial marcado por crises pessoais e familiares. Essa experiência deve agregar muito à interpretação do bilionário que, embora poderoso, vive sob constante pressão de defender um império controverso.
Sorkin assume as rédeas
Aaron Sorkin, que escreveu o roteiro do primeiro filme, agora também dirige a sequência. Isso pode ser uma grande vantagem para o projeto. Sorkin é especialista em criar diálogos vivos, personagens intensos e histórias que exploram temas contemporâneos com inteligência e emoção. O diretor mostrou em trabalhos anteriores, como “Os 7 de Chicago”, que sabe conduzir narrativas políticas e dramas corporativos sem perder a humanidade dos personagens. É exatamente isso que o filme precisa para contar uma história tão delicada e atual.
Do campus de Harvard ao Congresso dos EUA
Se no filme original o cenário principal era a universidade, as festas estudantis e os escritórios improvisados, desta vez a narrativa provavelmente vai transitar por salas de audiências no Congresso, escritórios luxuosos da Meta e até reuniões de crise que definem o futuro das redes sociais. É um salto de escala e também de tom — da história pessoal para o impacto global. A Meta não é só uma empresa de tecnologia, mas uma força que influencia vidas, opiniões e decisões em todo o mundo.
Um desafio narrativo
Produzir um filme baseado em eventos recentes e ainda em andamento não é tarefa simples. É preciso equilibrar fatos, narrativas múltiplas e personagens reais, alguns dos quais ainda estão ativos e acompanhando os desdobramentos. Mas o fato de Sorkin assumir o roteiro e a direção sugere que o projeto vai buscar esse equilíbrio com responsabilidade. Afinal, o tema é urgente: as redes sociais já fazem parte do cotidiano e entender seus bastidores é essencial para a nossa era.
Expectativas do público
Muitos espectadores que assistiram ao primeiro filme cresceram e hoje lidam diretamente com os efeitos da cultura digital, do vício em redes sociais e da polarização nas redes. Por isso, “A Rede Social – Parte II” pode ressoar ainda mais forte, oferecendo não só um entretenimento, mas um convite à reflexão.
O que está em jogo é grande: o filme pode ajudar a entender melhor o poder e os limites das plataformas que dominam nossas vidas, além de mostrar os dilemas éticos de quem as controla.
E o que vem pela frente?
Por enquanto, pouco se sabe sobre a data de estreia ou se veremos algum retorno do elenco original. O que está claro é que “A Rede Social – Parte II” vai se diferenciar da produção de 2010, trazendo uma narrativa mais madura, crítica e alinhada com os debates atuais.
















