Geraldo Luís faz desabafo impactante no “The Noite” desta quinta (31/07) e revisita trajetória marcada por emoção e jornalismo popular

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta quinta, 31 de julho, Geraldo Luís será o convidado especial no The Noite com Danilo Gentili, que será exibido no SBT logo após a meia-noite. Conhecido por seu jeito direto e coração à flor da pele, o jornalista revisitará momentos marcantes de sua carreira, falará sobre o afastamento da televisão aberta do público e não poupará críticas ao modelo atual de programação. “A TV aberta está na UTI”, ele declarará com sinceridade. As informações são do SBT.

O encontro promete momentos de risadas, emoção e até espaço para o amor — ou pelo menos uma tentativa da produção do programa de apresentar uma nova companhia para o apresentador. No palco, o apresentador mostrará toda sua autenticidade, relembrando o jornalismo que sempre defendeu: feito com alma, nas ruas, olhando nos olhos de quem sofre.

A origem de um contador de histórias

Nascido em Limeira (SP), Geraldo iniciou sua carreira no jornalismo ainda jovem, como repórter policial no rádio. Serão cerca de duas décadas cobrindo tragédias, emergências e os bastidores das delegacias do interior paulista. O que o destacou será sua sensibilidade: ele não contará apenas os fatos, mas a dor por trás deles.

Em 2007, ele chegará à Record TV como uma aposta e, em pouco tempo, se tornará fenômeno comandando o Balanço Geral, com seu famoso bordão “Balança!”, histórias populares e uma conexão genuína com o público. No programa, Geraldo se emocionará ao relembrar esse período: “Era o programa de quem acreditava que a notícia também tinha coração. Que não era só estúdio e teleprompter.”

Saída da TV aberta e críticas à programação atual

Mais recentemente, o jornalista esteve à frente de dois projetos na RedeTV! — o dominical Geral do Povo e o noturno Ultra Show. Apesar de ter deixado a emissora em 2024, ele guardará boas lembranças dessa fase. “Chegamos a bater picos de audiência. A matéria sobre o irmão da Suzane von Richthofen, por exemplo, explodiu. O produtor me ligou dizendo que ele estava vivendo isolado num sítio abandonado da família. Era uma história real, forte, que ninguém tinha contado ainda.”

Porém, o foco da conversa será sua visão crítica sobre a crise de identidade da TV aberta. Para ele, os canais perderam o pulso do que o público realmente deseja assistir. “A televisão insiste em inventar o que não precisa. Perdeu a simplicidade. Hoje, está distante do telespectador. A pessoa passa horas no celular atrás do que realmente quer ver. Me pergunte: fora o futebol, que programa ainda prende alguém no sofá por duas horas?”, questionará.

Com quase seis milhões de seguidores no Instagram, o comunicador não esconderá a frustração, mas também não se entregará ao conformismo. “A TV aberta ainda será necessária. Mas está doente. E ninguém vai querer admitir isso.”

Marcelo Rezende, mentoria e saudade

Entre os momentos mais emocionantes da entrevista, o convidado abrirá o coração ao falar sobre Marcelo Rezende, a quem chama de “seu grande mestre”. A voz embargará quando ele disser: “O Marcelo foi o cara que brigou por mim dentro da Record. Ele acreditava no jornalismo popular feito com alma, com o pé na lama. Ele colocou muita gente no ar e nunca teve medo de dar chance para quem estava de fora do eixo.”

A amizade dos dois foi construída na base da confiança mútua e da afinidade editorial. Para Geraldo, essa escola — a do jornalismo com verdade e empatia — ainda pulsará, mesmo com as mudanças de formato e plataforma.

Do necrotério à bancada: causos e confissões

Nem só de seriedade viverá o bate-papo. Com a naturalidade de quem já viveu mil vidas em uma, Geraldo contará histórias de quando foi agente funerário. “Eu trocava cadáver. Literalmente. Aprendi a lidar com a morte muito cedo. Isso me ensinou a respeitar a vida como poucos.”

E entre uma lembrança e outra, a produção resolverá brincar com o lado romântico (e solteiro) do apresentador: o desafiará a participar do quadro “The Noite L’Amour”, onde terá que “buscar uma nova namorada” no programa. Renderá risadas, improvisos e um Geraldo desarmado, que aceitará a brincadeira com bom humor: “Tô precisando mesmo. Se for pra dar risada e sair da solidão, tô dentro!”.

Novos rumos, mesma essência

Mesmo longe das grandes emissoras, Geraldo Luís não abandonará o público. Muito pelo contrário. Ele criará o canal “Geraldo Luís TV” no YouTube, onde continuará contando histórias de gente invisibilizada. Além disso, comandará o podcast “Vozes Invisíveis”, projeto que dará espaço a moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Essas pessoas existem. Elas têm nome, têm história. E a televisão esqueceu delas”, afirmará. Para ele, a missão de comunicar vai além de contrato ou audiência. “Eu me vejo como um mensageiro da dor. Não quero só noticiar tragédia. Quero mostrar humanidade, onde ninguém quer olhar.”

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