Destruição Final 2 | Continuação de sucesso apocalíptico ganha data de estreia e promete nova jornada intensa da família Garrity

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“O mundo acabou. Mas a história continua.” Essa frase poderia facilmente servir de slogan para Destruição Final 2, a aguardada sequência do thriller apocalíptico Destruição Final: O Último Refúgio (2020). Com estreia mundial marcada para o dia 9 de janeiro de 2026, o novo capítulo promete não apenas retomar os eventos do primeiro filme, mas expandir sua carga dramática, emocional e humana. É uma continuação que fala menos sobre o impacto de um cometa e mais sobre o impacto de continuar vivo. As informações são do Variety.

Dirigido novamente por Ric Roman Waugh e estrelado por Gerard Butler, Morena Baccarin e Roman Griffith Davis, o filme mostra a família Garrity após sair do abrigo que os protegeu da destruição provocada pelo cometa Clarke. Agora, o desafio é outro: atravessar um mundo em ruínas em busca de um novo lar — e, talvez, de um novo sentido para a existência.

O mundo pós-Clarke: Um planeta que sobreviveu… parcialmente

O novo filme parte do ponto onde Destruição Final terminou: a Terra foi devastada, mas nem tudo foi perdido. A raça humana sobreviveu — ou pelo menos, parte dela. A Groenlândia, usada como refúgio durante a colisão, foi uma das poucas regiões onde a vida pôde ser preservada, ainda que sob condições extremas.

Quando a família Garrity decide deixar o bunker, o que encontram do lado de fora não é esperança imediata, mas um planeta irreconhecível: cidades apagadas, florestas reduzidas a cinzas, oceanos agitados, climas imprevisíveis. Uma Terra que respira com dificuldade e parece cobrar um preço por cada passo em falso.

É nesse cenário que John (Gerard Butler), Allison (Morena Baccarin) e o jovem Nathan (Roman Griffith Davis) tentam cruzar o que restou do continente em busca de abrigo e conexão com outros sobreviventes. O problema é que nem todos os que ficaram vivos querem cooperar.

Uma família em migração: das ruínas ao recomeço

Em vez de repetir a estrutura frenética do primeiro longa — em que o tempo era um inimigo visível —, a continuação aposta em uma narrativa mais compassada e introspectiva. A tensão continua presente, mas o foco está nas consequências de sobreviver, no peso que isso carrega para quem ficou.

John, que no primeiro filme foi um engenheiro tentando proteger sua família a qualquer custo, agora lida com a culpa e o trauma. Allison, antes apenas reativa aos acontecimentos, assume um papel mais ativo e estratégico. E Nathan, já um pouco mais velho, representa a incerteza da nova geração, crescendo em um mundo onde nenhuma regra se aplica.

A jornada é marcada por encontros com outros sobreviventes — vividos por Amber Rose Revah, Sophie Thompson, Trond Fausa Aurvåg e William Abadie —, cada um carregando seus próprios passados, escolhas e cicatrizes. São personagens que expandem o universo da franquia e trazem dilemas morais complexos: até onde você vai para proteger os seus? Ainda existe certo e errado quando tudo ao redor desabou?

O sucesso improvável de um filme catástrofe “sem super-heróis”

O primeiro filme estreou em 2020 sob um contexto bastante peculiar: o auge da pandemia da COVID-19. Com salas de cinema fechadas em várias partes do mundo, o longa encontrou um público fiel no streaming e VOD (vídeo sob demanda). Lançado pela STX Films e posteriormente licenciado pela Lionsgate, arrecadou mais de US$ 52 milhões, superando expectativas para um projeto de médio orçamento.

A crítica, que costuma ser dura com filmes-catástrofe, foi surpreendentemente favorável. Com 73% de aprovação no Rotten Tomatoes, o longa foi elogiado por evitar exageros, apostar em tensão realista e retratar uma família comum enfrentando o fim do mundo com coragem — e vulnerabilidade.

Essa fórmula de sucesso — misto de ação com drama humano — pavimentou o caminho para a sequência. Mas o time criativo não quis apenas repetir a fórmula. Querem aprofundá-la.

Um olhar mais maduro e sombrio

De acordo com entrevistas recentes dos produtores, Destruição Final 2 é menos sobre desastres naturais e mais sobre as escolhas humanas num mundo sem estrutura. Um tipo de western apocalíptico, com a estrada como cenário principal e o imprevisível como ameaça constante.

O diretor Ric Roman Waugh — que também dirigiu Invasão ao Serviço Secreto (2019) — traz sua marca: personagens durões, mas com camadas emocionais profundas. Já o roteiro, coassinado por Chris Sparling (que escreveu o primeiro filme) e Mitchell LaFortune (especialista em roteiros com tensão geopolítica e militar), sugere que elementos de sobrevivência, estratégia e liderança estarão ainda mais presentes.

Trauma, humanidade e resiliência

Um dos temas mais delicados abordados no novo filme é o trauma coletivo. Em um mundo onde bilhões morreram e quase tudo foi perdido, o que sobra da saúde mental das pessoas? Como manter relações, ensinar valores a uma criança, ou sequer confiar em alguém? A personagem de Allison, por exemplo, deve ganhar um arco emocional mais elaborado. Morena Baccarin revelou em entrevistas que sua personagem “será o coração da história” e terá de tomar decisões difíceis para manter a família unida. Nathan, vivido por Roman Griffith Davis (do premiado Jojo Rabbit), também passa por uma transição: de criança frágil a pré-adolescente em formação, aprendendo a sobreviver num planeta sem escolas, amigos ou promessas.

Uma aposta da Lionsgate no realismo emocional

Diferente de outras franquias apocalípticas — como Guerra Mundial Z ou 2012 —, a saga Destruição Final nunca se apoiou em soluções tecnológicas mirabolantes ou em protagonistas infalíveis. Ao contrário: tudo é mais lento, mais humano, mais crível. E isso se mantém em Migration. A Lionsgate, que assumiu a distribuição global, investiu pesado no realismo do projeto. As filmagens ocorreram em locações naturais na Europa, com pouca dependência de CGI, priorizando cenários reais que pudessem transmitir desolação e urgência. A trilha sonora, ainda sem compositor oficial confirmado, provavelmente manterá o tom melancólico e atmosférico da primeira, assinada por David Buckley.

E depois da migração?

Uma dúvida paira sobre fãs e críticos: este será o capítulo final? Ou apenas o começo de uma trilogia? Fontes próximas à produção indicam que tudo depende da recepção de Destruição Final 2 . Caso o filme repita o sucesso do original, um terceiro longa pode explorar a reconstrução da sociedade, talvez com foco nas primeiras tentativas de reerguer a civilização — e, com isso, novos conflitos surgirão. Além disso, há espaço para spin-offs com outros sobreviventes ou até mesmo uma minissérie, considerando o apelo emocional e a atual demanda por narrativas pós-apocalípticas mais realistas.

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