Foto: Reprodução/ Internet

Na edição desta terça-feira, 5 de agosto de 2025, o Conversa com Bial mergulha no universo vibrante do axé para celebrar os 40 anos de um dos movimentos musicais mais marcantes da cultura brasileira. O programa reúne dois representantes de gerações distintas da Banda Eva — Felipe Pezzoni e Emanuelle Araújo — para uma homenagem carregada de história, ritmo e pertencimento. O especial vai além da memória afetiva: é um convite para refletir sobre o legado de um gênero que nasceu das ruas de Salvador e ganhou as rádios do país, levando consigo a identidade baiana, a alegria do Carnaval e o pulsar de uma cultura que nunca deixou de se reinventar.

Da rua ao palco: o axé como símbolo cultural

O axé não nasceu de fórmulas de estúdio. Ele brotou do asfalto quente, do batuque dos blocos, da energia que corre pelas avenidas de Salvador nos dias de Carnaval. Mais do que um ritmo, é uma vivência coletiva — uma expressão musical e corporal que desafia a lógica de mercado e se sustenta na potência popular. Ao longo de quatro décadas, o axé transformou artistas anônimos em estrelas e colocou a Bahia no centro do mapa da música brasileira. A força desse movimento está na sua capacidade de se conectar com o povo, atravessando gerações e se renovando sem perder a alma.

A Banda Eva e o papel de protagonismo no axé

Dentro dessa trajetória, poucas bandas foram tão emblemáticas quanto a Banda Eva. Surgida nos anos 1980 como bloco de Carnaval, o grupo se tornou sinônimo de sucesso ao longo dos anos 1990, especialmente após a chegada de Ivete Sangalo, que ajudou a projetar o axé para todo o Brasil. Mas a história da banda vai muito além de um nome. Cada vocalista que passou pelo Eva trouxe uma nova leitura do gênero, mantendo viva a chama de um projeto que carrega a missão de unir tradição e renovação. De Emanuelle Araújo a Felipe Pezzoni, o Eva atravessou diferentes fases, cada uma marcada por desafios, recomeços e canções que marcaram época.

Um encontro que conecta passado, presente e futuro

O Conversa com Bial cria o cenário ideal para esse encontro simbólico. Sem pressa, com a sensibilidade que já é marca do programa, o episódio constrói uma narrativa que valoriza o percurso artístico de seus convidados, mas também o impacto coletivo da música baiana na formação cultural do país. Ao resgatar momentos históricos da Banda Eva e refletir sobre o espaço do axé na contemporaneidade, o programa costura um painel sensível de tudo o que esse gênero representa: resistência, alegria, transformação e pertencimento. Não se trata apenas de comemorar 40 anos de estrada — mas de reconhecer a importância de manter vivo um som que pulsa na alma do Brasil.

Com imagens de arquivo, trechos musicais e um olhar documental, o programa desta terça (05) presta uma homenagem não só aos artistas, mas a todos que constroem o axé diariamente: compositores, músicos, foliões, produtores e fãs que carregam o ritmo como uma extensão de sua própria identidade.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui