
Na próxima sexta-feira, 8 de agosto de 2025, o telespectador do Globo Repórter será convidado a viver uma experiência que vai além do turismo tradicional. Durante quinze dias, a equipe da jornalista Dulcineia Novaes atravessou a República Dominicana para mostrar um país que encanta não só pela beleza, mas também pela diversidade, pela história e, principalmente, pelas pessoas.
É fácil se apaixonar pela paisagem: praias de areia branca, mar azul-turquesa, coqueiros recortando o céu, sol dourado. Mas essa edição do programa, produzida em parceria com a RPC, afiliada da Globo no Paraná, mergulha mais fundo. Ao longo da viagem, o que se revela é uma República Dominicana plural, marcada por contrastes geográficos, culturais e humanos.
Um paraíso que respira história e natureza
O episódio começa como se fosse um sonho: sobrevoando o mar do Caribe, a câmera se aproxima de uma mancha de areia perdida no meio das águas cristalinas. É Cayo Arena, também chamada de Cayo Paraíso. Pequena, rústica, cercada por um recife de coral impressionante, a ilha é ponto de encontro para quem busca mergulhar com snorkel e ver a vida marinha em seu estado mais puro.
Ali, entre peixes coloridos e o silêncio do oceano, começa a narrativa de um país que não pode ser resumido apenas a cartões-postais.
Logo a seguir, a equipe segue para a Baía de Samaná, onde um espetáculo da natureza acontece anualmente: as baleias-jubarte que migram do norte para acasalar e dar à luz em águas quentes e calmas. É um dos mais importantes berçários desses gigantes do mar no hemisfério norte.
Ao lado de biólogos e barqueiros locais, Dulcineia embarca em uma expedição para observá-las. Entre um salto e outro, o som emitido pelas jubartes — como se fosse uma canção ancestral — toma conta do ambiente. “É um momento em que o tempo para. Você esquece que está ali como jornalista e apenas observa, respira, sente”, descreve a repórter, emocionada.
Por trás do turismo de luxo, um povo de histórias e trabalho
Apesar da fama internacional de destinos como Punta Cana, com seus resorts luxuosos, campos de golfe e festas à beira-mar, a equipe do Globo Repórter decidiu seguir por outras rotas.
A proposta não era apenas mostrar o que já está no imaginário coletivo, mas abrir espaço para que outras vozes, outras realidades, também ganhassem protagonismo.
E é nesse caminho que o programa encontra o que realmente sustenta o país: o povo dominicano. Gente simples, trabalhadora, acolhedora, que transforma desafios em festa, e rotina em poesia. Em pequenos vilarejos litorâneos, Dulcineia conversa com pescadores, artesãos, agricultores. Ouve histórias de resistência, fé e criatividade.
O carisma e a leveza com que os dominicanos recebem os brasileiros é evidente. Mesmo com sotaques diferentes, há uma familiaridade no riso, no gesto, no jeito de acolher.
Um lago salgado no meio do nada: o mistério de Enriquillo
Seguindo por uma estrada que cruza terras áridas e paisagens quase lunares, o programa chega ao Lago Enriquillo. Quase do tamanho da Baía de Guanabara, ele é o maior lago do Caribe e também um dos mais curiosos: por estar em uma depressão geológica, suas águas são extremamente salinas e abrigam uma população considerável de crocodilos-americanos — algo raro em todo o continente.
O contraste é fascinante. Em volta do lago, o cenário é seco, com cactos gigantes e muito calor. Mas dentro dele, uma vida selvagem pulsa de forma inesperada. Ao lado de ambientalistas locais, Dulcineia acompanha o comportamento desses animais e aprende como a comunidade da região convive com essa natureza tão peculiar.
Santo Domingo: onde tudo começou
Para entender a alma da República Dominicana, é necessário voltar no tempo. E é na capital, Santo Domingo, que o passado ressurge em cada esquina. Fundada ainda no século XV, a cidade foi a primeira capital europeia nas Américas e abriga a primeira catedral do continente.
As ruas de pedra, os casarões coloniais e as fortalezas ainda de pé contam histórias de conquistas, conflitos e transformações.
Caminhando pela Zona Colonial, Dulcineia reencontra o peso e a beleza de uma herança que ainda molda a identidade dominicana. Conversa com historiadores, visita museus e ouve músicos que, entre uma canção e outra, falam de um país que nunca deixou de se reinventar.
As montanhas que lembram os Alpes
Quando o programa sobe pelas estradas que serpenteiam a Cordilheira Central, é difícil acreditar que ainda estamos na mesma ilha de praias tropicais. As cidades de Constanza e Jarabacoa, apelidadas de “Suíça do Caribe”, surpreendem com seus vales, montanhas verdes e clima ameno. É comum ver neblina ao amanhecer, plantações de morango, e até cachoeiras escondidas no meio das florestas.
Nessa região, a agricultura floresce com força. O solo fértil e a altitude permitem o cultivo de hortaliças, frutas, flores. A repórter visita estufas e sítios, onde produtores orgulhosos mostram seus morangos gigantes, suas cenouras crocantes, seus sonhos de exportar o sabor do Caribe para o mundo.
É também nessa parte do país que aventureiros se encontram: o turismo de montanha, com trilhas, rafting e rapel, tem crescido e atraído visitantes em busca de adrenalina e conexão com a natureza.
O âmbar que guarda segredos do tempo
Em outra etapa da viagem, o Globo Repórter visita minas e ateliês de âmbar, resina fóssil que se formou há milhões de anos e que, na República Dominicana, aparece em tonalidades raras, como o azul.
É nesse âmbar que cientistas encontram vestígios do passado: insetos, folhas, flores e até pequenos vertebrados, perfeitamente preservados. É como se o tempo tivesse congelado essas cenas para contar uma história que só agora conseguimos ver.
Além da ciência, há a arte: artesãos locais transformam essas preciosidades em joias e esculturas que carregam não apenas valor material, mas também simbólico.
Charutos, música e identidade
A República Dominicana é, ainda, uma potência cultural. Com uma das maiores produções de charutos artesanais do mundo, o país mantém viva uma tradição que passa de geração em geração.
Nas fábricas, Dulcineia conversa com mulheres e homens que dedicam a vida a enrolar folhas de tabaco com uma precisão quase coreográfica. É um trabalho delicado, exigente, e que resulta em produtos reconhecidos internacionalmente.
E enquanto as mãos moldam o tabaco, os sons da bachata e do merengue embalam o cotidiano. A música está por toda parte: nas praças, nas casas, nos fones de ouvido dos jovens, nas rádios dos táxis. O ritmo é identidade, resistência e celebração.
Um país que merece ser descoberto de verdade
No fim da jornada, depois de navegar mares, escalar montanhas, cruzar desertos e caminhar por cidades históricas, Dulcineia Novaes resume a experiência com uma frase simples: “A República Dominicana me surpreendeu”.
E é exatamente essa a sensação que o telespectador leva após assistir ao programa: surpresa. Porque, além das praias e dos resorts, há um país inteiro para ser descoberto — feito de histórias, gente, sabores e paisagens que não cabem em um só olhar.
















