
Neste sábado, 9 de agosto de 2025, o Cine Aventura da Record TV leva ao ar um dos thrillers de ficção científica mais comentados dos últimos anos: 57 Segundos, longa norte-americano de 2023 que combina ação, suspense e questionamentos éticos profundos sobre até onde o ser humano pode — ou deve — ir para alterar seu próprio destino.
Dirigido por Rusty Cundieff e baseado no conto Fallen Angel, do escritor britânico E.C. Tubb, o filme é estrelado por Josh Hutcherson (Jogos Vorazes, O Círculo) e pelo lendário Morgan Freeman (Um Sonho de Liberdade, Invictus). Com uma narrativa que une alta tecnologia, vingança pessoal e dilemas morais, a produção se destaca não apenas pelo ritmo acelerado, mas também pela reflexão que provoca no público.
Uma história que começa com perda e vingança
A trama acompanha Franklin Fausti (Hutcherson), um blogueiro de tecnologia movido por uma dor pessoal. Sua irmã gêmea, Natalie, morreu após desenvolver dependência de um poderoso analgésico chamado Zonastin, fabricado por uma das maiores farmacêuticas do mundo. O responsável por esse império é o inescrupuloso Sig Thorensen (Greg Germann), homem de negócios que não mede esforços para proteger seus lucros — mesmo que isso signifique esconder os efeitos devastadores de seus produtos.
Determinando a expor a verdade, Franklin investe seu tempo em investigar os bastidores da indústria farmacêutica, publicando matérias afiadas em seu blog. Sua chance de ouro surge quando consegue uma entrevista exclusiva com o magnata da tecnologia Anton Burrell (Morgan Freeman), conhecido por suas invenções revolucionárias e seu carisma no mundo corporativo.
O encontro que muda tudo
Durante a entrevista, Burrell se prepara para apresentar ao mundo sua mais nova criação: o Tri-Band 5, um dispositivo de saúde vestível capaz de ajudar no tratamento de doenças como diabetes, hipertensão e vícios sem o uso de medicamentos tradicionais. É um salto tecnológico que poderia transformar milhões de vidas.
Mas antes que a revelação seja concluída, um homem armado invade o evento. Franklin, agindo por instinto, intervém e salva Burrell. Na confusão, ele encontra um anel misterioso deixado para trás — aparentemente sem valor, mas que guarda um segredo impressionante: quem o usa pode voltar exatamente 57 segundos no tempo.
O poder e a tentação
No início, Franklin vê no anel uma oportunidade de resolver pequenos problemas: corrigir erros triviais, ganhar dinheiro em jogos de azar, conquistar a atenção de Jala (Lovie Simone), colega por quem sente atração. Mas a euforia inicial logo dá lugar a uma ambição maior: usar o poder para derrubar Thorensen e expor seus crimes.
O protagonista mergulha então em um jogo perigoso. Ele se infiltra na empresa de Thorensen, coletando provas de que o executivo sabia dos efeitos letais do Zonastin e tentou acobertar a morte de uma funcionária, Susan Miller, que denunciava as práticas ilegais.
Com a ajuda de seu amigo Andy, Franklin divulga as informações para a imprensa, provocando um terremoto no mundo corporativo.
A escalada da tensão
A vitória de Franklin, no entanto, é breve. Ciente de que está encurralado, Thorensen parte para o contra-ataque. Ele sequestra Franklin e tenta fugir de avião, mas a intervenção da polícia provoca uma pane na aeronave. O acidente é inevitável. Franklin sobrevive, mas o vilão encontra seu fim.
No desfecho, Burrell oferece a Franklin um lugar em sua equipe de pesquisa para desenvolver a tecnologia do anel. É uma proposta tentadora, mas ele recusa. O peso ético e o risco de abuso são grandes demais. Em um gesto definitivo, Franklin destrói o anel, convencido de que poder manipular o tempo é algo que ninguém deveria ter.
Entretenimento com reflexão
Embora o longa tenha todas as marcas de um blockbuster — perseguições, ação, efeitos visuais e reviravoltas —, ele também funciona como uma parábola sobre ambição, responsabilidade e limites morais. A premissa da viagem no tempo não é usada apenas como um recurso narrativo, mas como uma metáfora sobre segundas chances e sobre a tendência humana de querer controlar o destino.
A performance de Hutcherson é intensa, transmitindo bem o conflito entre desejo e prudência. Já Morgan Freeman, com seu carisma habitual, entrega um Burrell enigmático: não se sabe ao certo se ele é um benfeitor ou alguém que tem seus próprios interesses ocultos.
Os bastidores da produção
As filmagens do filme começaram em abril de 2022, em Lafayette, Louisiana. Antes disso, Freeman foi visto na cidade explorando locações e, segundo reportagens locais, chegou a contribuir com ideias para partes do roteiro.
Dirigido por Rusty Cundieff — conhecido por trabalhos que mesclam crítica social e entretenimento —, o longa também tem no roteiro Macon Blair, que ajuda a equilibrar a tensão com momentos de humor e humanidade.
O lançamento e a recepção
O filme estreou nos cinemas e no formato digital em 29 de setembro de 2023, distribuído pela The Avenue. A crítica especializada se dividiu: alguns elogiaram o ritmo e a originalidade da premissa, enquanto outros acharam que o roteiro poderia explorar mais as implicações filosóficas da viagem no tempo.
Ainda assim, o público que gosta de thrillers com toques de ficção científica encontrou em 57 Segundos uma opção vibrante e instigante.
Onde assistir além da TV
SeAlém da exibição na Record TV, o filme também pode ser encontrado em diferentes plataformas para quem prefere escolher o melhor horário para assistir. O filme está disponível no Telecine e no Adrenalina Pura, acessível para assinantes, garantindo qualidade de imagem e som de cinema. Já no Prime Video, é possível adquirir a produção em HD, com compra a partir de R$ 29,90, ideal para quem deseja ter o título sempre à disposição na biblioteca digital.
A ética da viagem no tempo: e se fosse você?
Um dos elementos mais interessantes da produção é a provocação que ele lança ao público: o que você faria se pudesse voltar menos de um minuto no tempo?.
Poderia parecer pouco, mas imagine as possibilidades: evitar um acidente, mudar uma frase mal colocada, impedir uma perda financeira. Por outro lado, como mostra o filme, cada interferência abre espaço para manipulação, abuso de poder e até vício.
Esse debate sobre o uso responsável da tecnologia ecoa temas atuais, como inteligência artificial e manipulação genética: até onde devemos ir? E quem decide quando é “longe demais”?
As atuações que sustentam o filme
Além da dupla protagonista, o elenco conta com Greg Germann no papel de um vilão calculista e frio, Lovie Simone como Jala, o interesse amoroso que representa para Franklin uma espécie de âncora emocional, e Bevin Bru e Sammi Rotibi em papéis de apoio que ajudam a construir a rede de aliados e adversários do protagonista.
Morgan Freeman, com sua presença inconfundível, dá peso à narrativa, criando um Burrell que transita entre a figura de mentor e a de enigma moral. Já Hutcherson prova que consegue carregar um papel principal com energia e vulnerabilidade.
Um thriller que conversa com o presente
Embora seja ambientado em um cenário fictício, 57 Segundos dialoga com preocupações muito reais: a ganância corporativa, a manipulação de informações e a relação entre tecnologia e saúde.
A escolha de colocar como antagonista uma indústria farmacêutica não é aleatória. O filme ressoa com debates contemporâneos sobre transparência, ética médica e o impacto de medicamentos no bem-estar da população.
















