
Neste sábado, 9 de agosto, a partir da madrugada para domingo, às 0h30, o programa Companhia Certa, apresentado por Ronnie Von na RedeTV!, exibe uma entrevista exclusiva com o ator e cantor Cláudio Lins. Em meio à temporada do espetáculo teatral “Chatô e os Diários Associados – 100 anos de uma Paixão”, em cartaz em São Paulo, o artista conversa abertamente sobre sua trajetória, os desafios de forjar sua própria identidade artística e as nuances de crescer dentro de uma família marcada por grandes nomes da música e da dramaturgia brasileiras.
Filho do renomado cantor Ivan Lins e da talentosa atriz Lucinha Lins, Cláudio Werner Vianna Lins nasceu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1972. Desde a infância, a arte esteve presente de forma intensa em sua vida, influenciando e moldando seu universo. O ambiente familiar, permeado por música e teatro, o inspirou a seguir seus próprios passos nesse caminho.
Com apenas 11 anos, Cláudio já subia aos palcos no musical infantil “Sapatinho de Cristal”, dirigido por Cláudio Tovar, referência na área. No ano seguinte, protagonizou a montagem de “Verde que te quero ver”, mostrando cedo o seu talento e comprometimento com a arte. Paralelamente, desenvolveu uma sólida formação musical, estudando piano e teoria musical durante a infância e adolescência, o que fortaleceu sua versatilidade.
Na juventude, ele formou várias bandas, destacando-se “Pacatatucotianão”, grupo que representou sua busca por uma voz própria, distante das sombras do prestígio familiar. Ao longo dos anos, Cláudio percebeu que seu maior desafio não seria a falta de talento, mas justamente a necessidade de se desvencilhar das comparações com seus pais para se afirmar como um artista singular.
Uma carreira multifacetada entre teatro, música e televisão
A trajetória artística de Cláudio Lins é marcada pela diversidade e pela qualidade de seus trabalhos. Com uma base sólida adquirida no tradicional teatro O Tablado, no Rio de Janeiro, ele participou de montagens de grande importância, trabalhando com diretores consagrados, entre eles Bernardo Jablonski, Aderbal Freire Filho, Cláudio Tovar, Diogo Vilela e Cláudio Botelho.
Sua bagagem no teatro é vasta e inclui produções que marcaram o cenário cultural brasileiro. Entre as peças mais emblemáticas estão “Ópera do Malandro”, onde pôde explorar seu lado mais dramático e musical; “Elis, A Musical”, homenagem à inesquecível Elis Regina; “Rock in Rio – O Musical”, que celebrou um dos maiores festivais de música do país; e “Garota de Ipanema: O Amor é Bossa”, que dialoga com a identidade cultural do Brasil através da bossa nova.
Além do palco, Cláudio também conquistou espaço na televisão. Participou de novelas e minisséries de grande repercussão, como “História de Amor” (1995), “Chiquinha Gonzaga” (1999), “Sabor da Paixão” (2002/03) e “Babilônia” (2015). Destacou-se ainda em produções do SBT, onde protagonizou novelas populares, como “Esmeralda” e “Amor e Revolução”, ampliando sua visibilidade nacional.
No universo musical, Cláudio lançou dois CDs solo: “Um” (1999), que recebeu críticas positivas pela originalidade e qualidade das composições, e “Cara” (2009), um álbum que reuniu músicas autorais e colaborações importantes. Além disso, compôs trilhas sonoras para peças teatrais e teve suas canções gravadas por intérpretes renomadas, como sua mãe Lucinha Lins e a cantora Maria Rita.
Enfrentando os desafios da herança e do reconhecimento pessoal
Apesar da sólida bagagem artística e do prestígio que acompanha seu sobrenome, Cláudio Lins é enfático ao destacar a importância de construir uma carreira independente. Na entrevista para o Companhia Certa, ele reflete com sinceridade sobre as dificuldades que enfrentou para se afirmar e se libertar das inevitáveis comparações com seus pais.
Ele relata que, desde o início, sentiu a necessidade de conquistar seu espaço por mérito próprio, buscando desenvolver uma voz e um estilo próprios, tanto na atuação quanto na música. Segundo Cláudio, essa caminhada exige resiliência e coragem, pois as expectativas do público e da crítica muitas vezes criam um peso a mais para filhos de artistas famosos.
Ainda assim, ele valoriza a herança artística, que o enriqueceu culturalmente e o inspirou a buscar excelência em tudo o que faz. Para Cláudio, o equilíbrio entre respeitar as raízes e traçar o próprio caminho é o segredo para uma trajetória sólida e satisfatória.
Vida pessoal: família como alicerce e inspiração
Além da intensa vida artística, Lins valoriza profundamente a família. Casado com a empresária Alexandra di Calafiori desde 2005, ele é pai de Mariano, nascido em 2012. Em suas palavras, a família é seu porto seguro e uma fonte constante de inspiração e equilíbrio.
Cláudio acredita que, para manter uma carreira de décadas e superar os desafios do meio artístico, é fundamental ter uma base sólida e momentos de desconexão para recarregar as energias. A presença da esposa e do filho é, para ele, o que lhe proporciona essa estabilidade emocional.
“Chatô e os Diários Associados – 100 anos de uma Paixão”: um projeto que celebra a história do Brasil
No momento, Cláudio está focado no espetáculo “Chatô e os Diários Associados – 100 anos de uma Paixão”, que está em cartaz em São Paulo. O musical celebra a vida e a trajetória de Assis Chateaubriand, um dos maiores e mais controversos nomes da imprensa brasileira, fundador dos Diários Associados, um dos maiores conglomerados de comunicação do país.
A peça é um espetáculo que reúne música, drama e história, explorando a influência de Chateaubriand na cultura, na política e na mídia nacional. O trabalho tem sido elogiado pela crítica especializada e tem conquistado o público pela qualidade artística e pelo enredo envolvente. Para Cláudio, fazer parte deste projeto é uma oportunidade única de dialogar com a história do Brasil e de contribuir para a valorização da memória cultural e jornalística do país.
















