
Há encontros que o tempo não apaga. E, nesta segunda, 11 de agosto, milhões de brasileiros terão a chance de reencontrar dois velhos conhecidos que marcaram época no cinema: Mike Lowrey e Marcus Burnett, a dupla de detetives mais carismática e improvável que Hollywood já viu. A Tela Quente exibe Bad Boys para Sempre, o terceiro capítulo da franquia que mistura ação, humor e amizade verdadeira.
O filme, lançado em 2020, não é apenas mais uma sequência. Ele carrega o peso de quase duas décadas de espera desde o último “Bad Boys II” (2003) e o desafio de provar que, mesmo com o tempo passando, o espírito rebelde e a química entre Will Smith e Martin Lawrence continuam intactos.
De volta à ação
Em Bad Boys para Sempre, Mike e Marcus já não são os mesmos garotos imprudentes de 1995. A idade trouxe dores no corpo, responsabilidades familiares e reflexões sobre o futuro. Marcus pensa seriamente em pendurar o distintivo. Mike, por outro lado, ainda vive para a adrenalina — até que um atentado quase lhe tira a vida e traz à tona um inimigo ligado ao seu passado.
A partir daí, os dois são arrastados para uma caçada perigosa, enfrentando criminosos que não medem esforços para acabar com suas vidas. No meio do fogo cruzado, velhas piadas se misturam a novas feridas, e a parceria é posta à prova como nunca antes.
A química que atravessa décadas
O grande trunfo da franquia sempre foi a interação entre Smith e Lawrence. No primeiro filme, essa combinação foi novidade. No segundo, ela se consolidou. No terceiro, é pura nostalgia somada à maturidade.
Assistir aos dois juntos hoje é perceber que a amizade que vemos na tela também existe fora dela. Eles brincam, se provocam e, ao mesmo tempo, se cuidam — como irmãos que já passaram por tudo. Isso cria uma conexão com o público difícil de reproduzir.

Entre atrasos e incertezas
O caminho para “Bad Boys para Sempre” chegar às telas foi quase tão cheio de obstáculos quanto uma perseguição pelas ruas de Miami. Planos para um terceiro filme começaram logo após o sucesso do segundo, mas esbarraram em questões orçamentárias, agendas conflitantes e mudanças na direção.
Durante anos, boatos iam e vinham. Datas de estreia eram anunciadas e canceladas. Chegou um momento em que até Martin Lawrence declarou, em entrevistas, que já não acreditava que o projeto veria a luz do dia.
A reviravolta aconteceu quando os diretores belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah assumiram o projeto, trazendo um olhar mais contemporâneo, mas sem apagar a essência que os fãs amavam. As filmagens começaram em 2018 e terminaram no início de 2019, gravadas entre Miami e Atlanta.
O sucesso inesperado
Lançado em janeiro de 2020, o filme tinha tudo para ser apenas um reencontro divertido para os fãs. Mas foi muito além: tornou-se o maior sucesso de bilheteria da franquia, arrecadando mais de 426 milhões de dólares no mundo todo e batendo o recorde de maior estreia de janeiro na história dos cinemas.
Parte desse êxito se deve ao equilíbrio entre ação eletrizante, humor afiado e momentos de emoção genuína — uma fórmula que conquistou tanto o público antigo quanto novos espectadores.
Personagens que marcam
Além da dupla principal, o filme apresenta novos rostos que trazem frescor à franquia. Paola Núñez vive Rita, chefe da equipe de elite AMMO e ex-namorada de Mike, enquanto Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig e Charles Melton interpretam jovens agentes que desafiam os métodos tradicionais dos protagonistas.
No lado oposto, Kate del Castillo dá vida à vilã Isabel Aretas, uma mulher determinada a destruir tudo e todos que cruzaram seu caminho. Seu filho, Armando (Jacob Scipio), se revela um antagonista com motivações pessoais que adicionam peso à trama.
Curiosidades de bastidores
- O diretor original da franquia, Michael Bay, faz uma participação especial como mestre de cerimônias em uma das cenas.
- Muitas cenas de perseguição foram feitas em locações reais de Miami, mantendo a autenticidade visual que se tornou marca registrada dos filmes.
- DJ Khaled, famoso no mundo da música, aparece como Manny, o Açougueiro, em um papel que mistura comédia e tensão.
Mais que tiros e explosões
O filme não é só ação e piadas. Ele também fala sobre envelhecer, encarar o passado e aceitar mudanças. Mike precisa lidar com segredos que guardou por anos. Marcus enfrenta o dilema entre proteger a própria vida e cumprir seu dever como policial.
Essa camada emocional dá profundidade ao filme e mostra que, mesmo dentro de um blockbuster de ação, é possível tratar de temas humanos.
Por que assistir hoje?
Na exibição desta segunda na Tela Quente, o filme ganha um sabor especial. É chance de rever — ou conhecer — uma das duplas mais icônicas do cinema, em uma história que combina adrenalina, humor e emoção na medida certa.
Para quem acompanhou a franquia desde os anos 90, é como reencontrar velhos amigos que, apesar das rugas, continuam com a mesma disposição para aprontar. Para quem nunca viu, é um convite para mergulhar em um universo onde a lealdade vale tanto quanto a mira certeira.
E o futuro?
O sucesso foi tão grande que a Sony já confirmou um quarto filme, com Will Smith e Martin Lawrence de volta. Isso mostra que, mesmo depois de tanto tempo, a fórmula “Bad Boys” continua viva e pronta para novas histórias.
















