

Na próxima segunda-feira, 18 de agosto de 2025, os telespectadores da TV Globo terão a chance de rever um dos maiores clássicos da comédia romântica dos anos 1990. A partir da tarde, a emissora exibe o longa Noiva em Fuga (Runaway Bride), estrelado por Julia Roberts e Richard Gere, na tradicional Sessão da Tarde.
Dirigido por Garry Marshall, o mesmo cineasta responsável pelo icônico Uma Linda Mulher (1990), o filme chegou aos cinemas em 1999 e conquistou plateias ao redor do mundo. Mesmo com críticas nem sempre favoráveis, a produção tornou-se um sucesso estrondoso, arrecadando mais de US$ 309 milhões e consolidando a dupla Roberts e Gere como um dos casais mais carismáticos da história do cinema.
A exibição promete relembrar uma época em que as comédias românticas dominavam a programação da TV e enchiam as salas de cinema, conquistando fãs que buscavam histórias leves, divertidas e cheias de reviravoltas amorosas.
A história: quando o altar vira palco de fuga
O enredo acompanha Maggie Carpenter (Julia Roberts), uma jovem carismática e querida em sua cidade natal, mas que carrega uma fama incomum: a de abandonar os noivos no altar. Foram três casamentos interrompidos no último instante, o que lhe rendeu o apelido de “Noiva em Fuga”.
Enquanto isso, em Nova York, o colunista Ike Graham (Richard Gere) escreve um artigo sobre Maggie sem checar os fatos corretamente. O texto gera polêmica, custando a ele o emprego. Para tentar recuperar a reputação, Ike viaja até a cidade de Maggie e decide investigá-la de perto.
O que começa como uma missão jornalística logo se transforma em uma jornada pessoal: Ike descobre que Maggie, na verdade, tem dificuldade em se conhecer e acaba moldando sua identidade aos gostos de cada noivo. Aos poucos, os dois se aproximam e vivem momentos de afeto, confronto e reflexão.
A comédia romântica atinge o clímax quando Maggie, mais uma vez, foge no dia do casamento — desta vez com o próprio Ike. Só que, diferente das vezes anteriores, a fuga não simboliza o desprezo pelo parceiro, mas sim a necessidade de se encontrar. O desfecho reserva um casamento discreto, longe das pressões sociais, mostrando que o amor verdadeiro só floresce quando há espaço para a autenticidade.
Elenco de peso
Além de Julia Roberts e Richard Gere, o filme conta com um elenco de apoio que dá ainda mais charme à história: Christopher Meloni como Bob Kelly, o treinador de futebol e quarto noivo de Maggie. Joan Cusack no papel de Peggy, a melhor amiga e confidente da protagonista. Héctor Elizondo como Fisher, o chefe de Ike. Rita Wilson interpretando Ellie, editora e ex-esposa de Ike.
Bastidores e curiosidades
O caminho até que o filme saísse do papel foi longo: o projeto ficou em desenvolvimento por mais de uma década, com diferentes nomes cogitados para os papéis principais. Atrizes como Sandra Bullock e Demi Moore chegaram a ser cotadas para viver Maggie, enquanto Harrison Ford e Mel Gibson foram considerados para interpretar Ike.
As filmagens ocorreram em Berlim, Maryland, cidade que foi transformada em Hale, o cenário fictício da história. O charme do local ajudou a criar a atmosfera acolhedora e típica de uma pequena comunidade americana.
A trilha sonora também é memorável, reunindo nomes como U2, Dixie Chicks, Hall & Oates, Shawn Colvin e Eric Clapton. A canção “Before I Fall in Love”, de CoCo Lee, tornou-se um dos hinos do longa.
Sucesso de público, críticas divididas
No lançamento, em julho de 1999, o longa estreou no topo das bilheteiras, arrecadando mais de US$ 35 milhões apenas no primeiro fim de semana nos Estados Unidos. No total, somou US$ 309,5 milhões em todo o mundo, provando que o público estava sedento por uma nova comédia estrelada pela dupla Roberts e Gere.
A crítica, porém, foi menos entusiasmada. No site Rotten Tomatoes, o filme soma 46% de aprovação, sendo apontado como previsível e recheado de clichês. Ainda assim, mesmo os críticos mais duros reconheceram o carisma de Julia Roberts, que mais uma vez roubou a cena.
Uma comédia romântica que atravessa gerações
Mais de duas décadas após a estreia, o filme ainda figura entre os títulos mais lembrados do gênero. Sua exibição constante na TV aberta, em especial na Sessão da Tarde, reforça o carinho do público brasileiro pelo longa.
Para além da leveza e do humor, a história toca em um tema universal: a importância do autoconhecimento antes de assumir compromissos sérios. Maggie só encontra a felicidade quando aprende a ser fiel a si mesma — uma lição simples, mas atemporal.

Na terça-feira, 19 de agosto de 2025, um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro recente: “Até que a Sorte Nos Separe”, será exibido na TV Globo. Lançado em 2012, o longa dirigido por Roberto Santucci conquistou o público com uma história bem-humorada, próxima da realidade de muitos casais brasileiros, e que mistura comédia, críticas sociais e reflexões sobre o consumo exagerado, seráexibido
O filme, inspirado no livro de finanças pessoais “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, do consultor Gustavo Cerbasi, apresenta uma narrativa leve e acessível, mas que, por trás das gargalhadas, provoca questionamentos importantes: até que ponto o dinheiro é capaz de transformar relacionamentos e mudar a vida de uma família?
O enredo que conquistou o público
A trama acompanha Tino (Leandro Hassum), um personal trainer carismático, casado com Jane (Danielle Winits). O casal tem a vida completamente transformada após ganhar 100 milhões de reais na Mega-Sena. A fortuna repentina os coloca em um novo patamar social, cheio de luxos, viagens e excessos.
Porém, o tempo passa — e, 16 anos depois, eles descobrem que a má administração financeira os deixou sem nada. Endividados, com três filhos e sem reservas financeiras, precisam lidar com uma nova realidade. Para complicar ainda mais a situação, Jane está grávida novamente, e o médico alerta Tino que a esposa não pode receber notícias ruins para não comprometer a saúde da gestação.
Desesperado, Tino conta com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas), um consultor financeiro metódico e autor do livro “5 Regras da Riqueza”. Entre trapalhadas, mal-entendidos e planos mirabolantes, o protagonista tenta esconder a falência da família enquanto busca soluções para sair do buraco. Essa combinação de situações inusitadas, dramas familiares e humor popular foi essencial para atrair milhões de espectadores aos cinemas.
Além de Leandro Hassum e Danielle Winits, que dão vida ao casal protagonista, o filme conta com um elenco de peso: Kiko Mascarenhas como Amauri, o vizinho certinho e consultor financeiro; Rita Elmôr como Laura, esposa de Amauri; Aílton Graça como Adelson, amigo atrapalhado de Tino; Rodrigo Sant’Anna como Vander, parceiro de confusões; Maurício Sherman como Olavo, o tio milionário de Jane; Julia Dalavia, ainda criança na época, interpretando Teté, filha mais velha do casal.
A força de Leandro Hassum no cinema nacional
Grande parte do carisma do filme se deve à atuação de Leandro Hassum, que já era conhecido pelo público por seus trabalhos no humor televisivo, especialmente no programa Zorra Total. No cinema, Hassum se consolidou como um dos maiores nomes da comédia brasileira da década de 2010, participando de franquias de sucesso e conquistando milhões de espectadores.
No filme, o ator tem espaço para explorar sua versatilidade, alternando entre momentos de exagero cômico e cenas mais sensíveis, principalmente quando precisa lidar com os dilemas da paternidade e as consequências de suas escolhas financeiras.
Danielle Winits, por sua vez, entrega uma interpretação que vai além do estereótipo da “nova rica”. Sua Jane é uma mulher que, apesar de mergulhar nos luxos, revela-se uma mãe dedicada, resiliente e determinada a proteger sua família.
Bastidores e curiosidades
O filme começou a ser rodado em janeiro de 2012 e teve como cenário diversos pontos da zona sul do Rio de Janeiro. O diretor Roberto Santucci, que já havia feito sucesso com a comédia De Pernas pro Ar (2010), apostou em uma dinâmica diferente para explorar o talento de improvisação de Leandro Hassum.
Para isso, várias cenas foram gravadas com três câmeras simultâneas, permitindo ao ator improvisar e criar piadas no momento, sem precisar repetir várias vezes. Essa escolha deu frescor às sequências e ajudou a manter a naturalidade dos diálogos.
Outra curiosidade é que esse foi o primeiro papel de protagonista de Danielle Winits no cinema. A atriz já tinha longa carreira na televisão, mas aproveitou a oportunidade para dar uma nova dimensão à sua versatilidade artística.
Sucesso de bilheteria
Mesmo recebendo críticas mistas e até negativas da imprensa especializada, o filme foi um verdadeiro sucesso de público. No primeiro fim de semana de exibição, atraiu cerca de 320 mil espectadores, tornando-se a melhor abertura de um filme nacional em 2012. Pouco tempo depois, ultrapassou a marca de 1 milhão de ingressos vendidos.
Ao todo, 1,6 milhão de pessoas assistiram ao longa nos cinemas, consolidando sua posição entre as maiores comédias brasileiras da década.
Recepção da crítica
A crítica, no entanto, não foi tão generosa quanto o público. Alguns especialistas classificaram o filme como um exemplo típico da “fórmula Globo Filmes”, com humor televisivo e exageros cômicos.
O crítico Bruno Carmelo, por exemplo, destacou que o filme parecia uma extensão de esquetes humorísticas da TV, enquanto Renato Marafon, do CinePOP, afirmou que a produção garantia risadas rápidas, mas não tinha profundidade para se manter na memória do espectador. Apesar disso, a opinião popular prevaleceu: o carisma dos atores e a leveza da narrativa garantiram ao filme um espaço afetivo no coração dos brasileiros.
As sequências e a expansão da franquia
O sucesso foi tanto que a produtora anunciou rapidamente duas continuações.
“Até que a Sorte Nos Separe 2” (2013) trouxe de volta Leandro Hassum, mas com Camila Morgado no papel de Jane, substituindo Danielle Winits.
“Até que a Sorte Nos Separe 3: A Falência Final” (2015) encerrou a trilogia, explorando novas trapalhadas financeiras do protagonista.
As sequências mantiveram o mesmo espírito de humor popular e se consolidaram como franquia de sucesso do cinema nacional.

Nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025, a emissora apresenta o emocionante drama americano “Megan Leavey”. O longa, lançado em 2017, dirigido por Gabriela Cowperthwaite, é baseado em fatos reais e conta a história da fuzileira naval Megan Leavey e de seu inseparável cão de combate Rex, que juntos enfrentaram os desafios de missões perigosas no Iraque e construíram um vínculo que transcende o tempo e o dever militar.
Mais do que uma história de guerra, o filme é um relato sobre coragem, lealdade e superação, que mistura emoção, ação e momentos de ternura, e que conquistou tanto a crítica quanto o público desde seu lançamento. Para quem gosta de dramas biográficos inspiradores, essa é uma oportunidade imperdível de acompanhar uma narrativa que mostra a força do espírito humano diante das adversidades.
A história real por trás do filme
O filme é inspirado na vida da fuzileira dos Estados Unidos Megan Leavey, uma jovem que se destacou por sua coragem e dedicação ao servir como adestradora de cães K9 da Polícia Militar. Sua história ganhou notoriedade não apenas pelo serviço militar, mas também pelo relacionamento profundo que desenvolveu com Rex (E168), um cão treinado para detecção de explosivos.
Durante suas missões no Iraque, Megan e Rex enfrentaram situações de extrema tensão, incluindo ataques de dispositivos explosivos improvisados. Em reconhecimento a seus feitos heroicos, Leavey recebeu a Medalha Coração Púrpura e a Medalha de Conquista da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais com um emblema “V” por heroísmo em combate.
Após a aposentadoria de Rex devido à paralisia facial em 2012, Megan conseguiu adotá-lo graças à intervenção do senador Chuck Schumer, encerrando um ciclo de dedicação que durou anos. Rex faleceu em dezembro de 2012, mas deixou um legado que inspirou o filme e milhares de pessoas ao redor do mundo.
A trama do filme
O enredo do filme acompanha Megan Leavey, interpretada por Kate Mara, desde sua entrada na Marinha dos EUA até suas experiências como adestradora de cães. Ao lado do cão Rex, Megan aprende a lidar com os desafios das missões de alto risco no Iraque, passando por situações que exigem coragem, disciplina e empatia.
O filme não se restringe às cenas de ação e combate. Ele também mostra a vida pessoal de Megan, sua relação com a família e os obstáculos emocionais que enfrenta ao se dedicar ao serviço militar. A mãe de Megan, interpretada por Edie Falco, representa o lado familiar e protetor da história, enquanto os colegas de farda, como o sargento Andrew Dean (Tom Felton) e o soldado Matt Morales (Ramón Rodríguez), ajudam a construir o contexto militar de forma realista.
O ponto alto do filme é a relação de parceria e amizade entre Megan e Rex. Essa ligação, baseada em confiança e companheirismo, é o fio condutor da narrativa e emociona o espectador ao mostrar como humanos e animais podem se entender e se proteger mutuamente, mesmo em situações extremas.
Um elenco talentoso e bem escolhido
O sucesso do filme também se deve à força do elenco. Kate Mara, que interpreta Megan, entrega uma performance intensa e convincente, equilibrando a vulnerabilidade e a determinação da protagonista. Ao lado dela, temos nomes renomados:
Edie Falco como Jackie Leavey, mãe de Megan; Common como o sargento de artilharia Massey; Ramón Rodríguez como o soldado Matt Morales; Tom Felton como Andrew Dean, veterano adestrador de cães; Bradley Whitford como Bob Leavey, pai afastado de Megan; Will Patton como Jim Leavey, padrasto da protagonista;
O próprio cão Rex é interpretado por Varco, que dá vida ao personagem de forma convincente, transmitindo emoção e presença em cena. Além disso, a verdadeira Megan Leavey aparece no filme como instrutora de treinamento, reforçando a autenticidade da narrativa.
Produção e filmagens
O anúncio do filme aconteceu em 7 de agosto de 2015, quando Gabriela Cowperthwaite foi confirmada como diretora do projeto. O roteiro, escrito por Pamela Gray, recebeu colaborações de Annie Mumolo, Tim Lovestedt e Jordan Roberts, garantindo que a história fosse contada de forma sensível, realista e emocionante.
As filmagens começaram em 12 de outubro de 2015, em Charleston, Carolina do Sul, com cenas gravadas na Cidadela e em locais que simulavam o deserto do Iraque. Outras filmagens ocorreram na Geórgia, Nova York e na Espanha, para recriar de forma convincente os ambientes de guerra e treinos militares. A atenção aos detalhes, especialmente nas cenas de combate e na interação entre Megan e Rex, ajudou a tornar o filme uma experiência imersiva para o público.
Lançamento e recepção
O filme foi lançado em 9 de junho de 2017 pela Bleecker Street e rapidamente chamou a atenção tanto da crítica quanto do público. Com uma arrecadação total de cerca de US$ 14 milhões, o longa se destacou por seu equilíbrio entre ação, drama e emoção realista.
A recepção crítica foi positiva. No site Rotten Tomatoes, o filme possui uma taxa de aprovação de 86%, com base em 104 avaliações, e uma classificação média de 6,8/10. O consenso crítico destaca: o filme homenageia seus temas da vida real com um drama sensível e edificante, cuja emoção honesta mais do que compensa sua abordagem suave da história.”
No Metacritic, o longa recebeu pontuação média de 66 em 100, indicando “críticas geralmente favoráveis”, e a pesquisa do público pelo CinemaScore deu ao filme nota A, refletindo a apreciação do público por sua narrativa inspiradora e envolvente.
Prêmios e homenagens
O filme também foi reconhecido em festivais de cinema e premiações por sua abordagem sensível e pela inspiração que oferece. Entre os prêmios, destaca-se o Truly Moving Picture Award, concedido pelo Heartland Film Festival, que reconhece filmes que emocionam e inspiram audiências.
Mais do que uma homenagem à vida de Megan e Rex, o filme reforça o valor dos cães de combate, muitas vezes subestimados, e a importância do serviço militar em situações de conflito, mostrando o lado humano por trás da farda.
Curiosidades sobre o filme
Mensagem inspiradora: o filme é frequentemente usado em escolas e centros de treinamento militar para discutir coragem, ética e trabalho em equipe.
Rex não era apenas um personagem: o cão que interpreta Rex nas filmagens é baseado em cães reais de combate, treinados para detectar explosivos e salvar vidas em zonas de guerra.
Participação especial da verdadeira Megan Leavey: ela aparece no filme como instrutora de treinamento, dando autenticidade à narrativa.
Cenários realistas: para reproduzir o Iraque de forma convincente, foram usadas locações na Espanha que lembram o deserto, além de construções cenográficas em Charleston.
Trabalho com atores e animais: as cenas entre Kate Mara e Rex exigiram semanas de treino para que a química entre eles fosse natural e emocionante.

Nesta quinta, 21 de agosto, a TV Globo apresenta “Mais que Especiais“, comédia dramática francesa que mistura humor e emoção para contar a história de pessoas que dedicam suas vidas a cuidar de crianças com autismo severo. O filme acompanha Bruno (Vincent Cassel) e Malik (Reda Kateb), dois homens que lideram organizações que treinam jovens de comunidades menos favorecidas para se tornarem cuidadores de crianças com necessidades especiais. Ao mesmo tempo em que se dedicam aos pequenos, eles enfrentam a pressão do governo, que ameaça fechar a clínica “A Voz dos Justos” por falta de alvará.
Uma rotina intensa e desafiadora
A narrativa de Mais que Especiais se inicia em um ritmo frenético: Bruno e Malik correm por bairros diferentes, atrás de crianças autistas que escaparam de seus cuidados, atravessando ruas e empurrando pessoas, até garantir a segurança dos jovens. Esse movimento constante não apenas estabelece a urgência da missão dos protagonistas, mas também coloca em destaque o cotidiano exaustivo e muitas vezes invisível dos cuidadores que lidam com situações extremas. A ação intensa inicial prepara o espectador para entender o equilíbrio delicado entre caos e humanidade presente no restante do filme.
Cinema popular com apelo social
O diferencial de Mais que Especiais está na forma como os diretores Olivier Nakache e Éric Toledano, conhecidos por sucessos como Intocáveis e Samba, constroem um cinema popular com forte apelo emocional, sem perder a relevância social. Ambos têm o dom de enxergar os conflitos sociais de maneira detalhada e sensível, traduzindo problemas complexos em cenas verossímeis e diálogos que refletem a realidade. Ao mesmo tempo, suas histórias carregam uma mensagem otimista: apesar das dificuldades, o amor, a amizade e a persistência podem transformar vidas.
A estética e o ritmo do filme
Visualmente, o filme aposta em imagens ágeis e barulhentas, com câmeras na mão que seguem os cuidadores durante suas corridas e emergências. É comum que um telefone toque enquanto uma criança grita ao fundo ou que um inspetor exija explicações em meio a uma sala cheia de papéis. Esse estilo de filmagem reforça o caráter caótico, porém humano, da rotina desses profissionais.
Diversidade e superação de preconceitos
Outro ponto relevante é a escolha de Bruno e Malik como protagonistas de origens e religiões diferentes: judeu e muçulmano, respectivamente. Essa decisão narrativa vai além de uma simples caracterização dos personagens; simboliza a possibilidade de colaboração entre culturas, etnias e classes sociais. A relação entre os dois personagens mostra que, mesmo em contextos sociais complexos e muitas vezes hostis, a empatia e a dedicação podem superar preconceitos e obstáculos institucionais.
O paralelo entre cuidadores e crianças
O roteiro também evidencia um ponto importante: a interdependência entre cuidadores e crianças. Os desafios enfrentados pelas crianças autistas são colocados lado a lado com as dificuldades vividas pelos jovens da periferia que atuam como cuidadores. Isso cria um paralelo natural que reforça a ideia de que todos, independentemente da idade ou condição social, carregam suas próprias batalhas.
Humor e humanidade
Apesar do peso da missão, o filme consegue equilibrar drama e leveza, utilizando momentos de humor para aliviar a tensão. As falhas dos protagonistas são exploradas com sutileza, tornando-os mais humanos e acessíveis ao público. Vincent Cassel e Reda Kateb se destacam por suas performances naturais e envolventes, transmitindo tanto a intensidade quanto a ternura necessárias aos personagens.
Reconhecimento às organizações sociais
O filme também faz uma reflexão interessante sobre a atuação de organizações não-governamentais em prol de grupos vulneráveis. Ao acompanhar Bruno e Malik, o público é convidado a valorizar e reconhecer o trabalho de instituições que, muitas vezes, operam à margem do sistema formal, mas cumprem um papel social crucial.

Nesta sexta-feira, 22 de agosto, a emissora exibe Miss Simpatia 2 – Armada e Poderosa, sequência do sucesso de 2000 Miss Simpatia. O filme mistura ação, comédia e momentos de pura diversão, trazendo Sandra Bullock de volta ao papel da agente do FBI Gracie Hart, agora transformada em uma celebridade nacional após os eventos do primeiro longa. A história acompanha Gracie em uma nova missão, cheia de desafios, glamour e uma boa dose de humor que marca a carreira da atriz.
De agente do FBI a estrela da mídia
Após ter se infiltrado no concurso de beleza Miss Estados Unidos no primeiro filme, Gracie Hart se vê agora lidando com a fama. Sua identidade como agente federal foi exposta enquanto ela tentava impedir um assalto a banco, e o FBI decide capitalizar seu prestígio transformando-a na “cara” da instituição. Entre participações em programas de televisão e entrevistas sobre moda e livros, Gracie é agora um ícone público, mas sua vida pessoal e profissional passa por mudanças drásticas.
O filme explora de forma divertida os desafios de equilibrar a fama com a responsabilidade de ser uma agente federal. Gracie precisa lidar com a atenção constante da mídia, críticas do público e as expectativas elevadas de sua instituição, enquanto ainda mantém sua essência determinada e combativa que encantou os espectadores no primeiro longa.
Novos desafios e uma parceria inesperada
A rotina de Gracie se complica com a chegada da agente Sam Fuller (Regina King), transferida de Chicago para Nova Iorque. Inicialmente, as duas não se entendem, e o FBI decide designar Sam como guarda-costas de Gracie, criando uma dinâmica de rivalidade e humor ao longo do filme. A relação entre elas evolui de desentendimentos e ciúmes profissionais para uma colaboração eficaz, mostrando que até mesmo diferenças de personalidade podem ser superadas com confiança e trabalho em equipe.
Enquanto Gracie lida com a fama e os holofotes, também enfrenta problemas pessoais: o término com o agente Eric Matthews, agora em Miami, reforça a solidão que acompanha sua vida de heroína pública. Entre risadas e situações cômicas, o público acompanha a jornada de Gracie tentando conciliar a carreira, a fama e sua própria vida emocional, tornando a personagem ainda mais humana e próxima da plateia.
Uma missão em Las Vegas
O ponto central da narrativa se desenrola quando os amigos de Gracie, Cheryl Fraser (a atual Miss Estados Unidos) e Stan Fields, são sequestrados em Las Vegas. Determinada a resgatá-los, Gracie parte para a cidade do entretenimento acompanhada de Sam, que segue uma pista própria após perceber que Stan pode ter sido o alvo principal. A sequência mistura ação, suspense e comédia, levando os espectadores a uma verdadeira aventura pelo mundo glamouroso e excêntrico de Las Vegas.
O roteiro se aproveita de locais icônicos, como o Treasure Island Hotel and Casino e o Venetian Resort, para criar cenários visualmente impactantes. Além disso, o filme aposta em momentos inesperados, como a visita de Gracie e Sam ao Oasis Drag Club, onde interagem com concorrentes e acabam cantando clássicos de Tina Turner, demonstrando a leveza e a capacidade da produção de equilibrar humor e tensão.
Elenco diversificado e carismático
Além de Sandra Bullock e Regina King, O fime conta com um elenco diversificado que acrescenta profundidade e humor à narrativa. William Shatner retorna como Stan Fields, enquanto Heather Burns interpreta Cheryl Fraser. Diedrich Bader assume o papel de Joel, o novo estilista de Gracie, e Treat Williams, Ernie Hudson e Abraham Benrubi completam o elenco com personagens que acrescentam pitadas de comicidade e drama.
Cameos de celebridades, como Dolly Parton, Regis Philbin e Joy Philbin, conferem ainda mais charme e autenticidade ao filme, misturando elementos da vida real com a ficção de maneira divertida e leve. A química entre os atores é um dos pontos altos, garantindo que o público se conecte com as situações absurdas e engraçadas que se desenrolam durante a trama.
Produção e bastidores
A ideia de uma sequência para o longa surgiu durante as filmagens de outro projeto de Sandra Bullock, Doze Semanas de Amor (Two Weeks Notice). Junto do roteirista Marc Lawrence, Bullock discutiu a possibilidade de dar continuidade à história de Gracie Hart, explorando novos cenários e situações cômicas.
As filmagens do filme começaram em abril de 2004, com uma sessão principal de cinco semanas no sul de Nevada, incluindo locais icônicos de Las Vegas, como o Treasure Island e o Venetian Resort. Outras filmagens aconteceram em Los Angeles e Nova Iorque, além do Tribunal do Distrito Federal Lloyd D. George, usado como sede do FBI no filme. Sandra Bullock também atuou como produtora, descrevendo a experiência como “esquizofrênica” devido à alternância entre interpretar e gerenciar a produção
Humor e ação: a fórmula do sucesso
O filme mantém a combinação de ação e humor que tornou o primeiro longa tão popular. Situações exageradas, diálogos rápidos e cenas de perseguição fazem parte da narrativa, garantindo entretenimento contínuo. A interação entre Gracie e Sam, em especial, é um dos pontos altos do filme, trazendo momentos de tensão seguidos de gargalhadas, o que reforça a natureza leve e divertida da história.
Apesar de críticas mistas, o público sempre valoriza a química entre Sandra Bullock e o elenco coadjuvante, bem como a habilidade do filme de equilibrar ação, comédia e elementos emocionais. A heroína improvável continua sendo um ícone de determinação, coragem e humor, características que conquistaram fãs ao redor do mundo.
Recepção crítica e bilheteria
Lançado em março de 2005 pela Warner Bros., o filme arrecadou mais de 101 milhões de dólares mundialmente. No entanto, o filme recebeu críticas geralmente desfavoráveis, com 15% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma pontuação de 34/100 no Metacritic. Críticos como Roger Ebert e Robert Koehler consideraram a sequência desnecessária e pouco inspirada.
Apesar das críticas negativas, o público respondeu de forma mais favorável, dando ao filme uma nota B no CinemaScore. O longa conseguiu atrair fãs do original e espectadores que buscavam entretenimento leve, reforçando a importância do carisma de Sandra Bullock e da abordagem divertida da narrativa.
A evolução de Gracie Hart
Um dos elementos mais interessantes de Miss Simpatia 2 – Armada e Poderosa é a evolução da personagem principal. Gracie Hart deixa de ser apenas a agente disfarçada e se torna uma figura pública, enfrentando dilemas de fama, imagem e responsabilidade. A sequência explora de forma divertida o choque entre seu passado como agente e sua nova vida de celebridade, criando momentos cômicos e situações inesperadas que aproximam a personagem do público.
Além disso, o filme mantém a mensagem de coragem, determinação e lealdade. Gracie não hesita em se colocar em risco para proteger os amigos, mostrando que heroísmo não está apenas em grandes ações, mas também nos gestos cotidianos de cuidado e coragem.
Legado e influência
Embora não tenha sido tão aclamado quanto o primeiro filme, o longa continua sendo lembrado por seu humor, ação e pela presença marcante de Sandra Bullock. O longa contribuiu para consolidar a personagem Gracie Hart como ícone do cinema de comédia e ação, e a sequência serviu para explorar temas como fama, responsabilidade e amizade de uma maneira divertida e acessível.
A mistura de ação, comédia e elementos de cultura pop fez do filme um entretenimento leve, ideal para o público que procura diversão sem grandes pretensões, mas com personagens cativantes e situações hilárias.
















