No Sensacional desta segunda (18/08), Oscar Magrini relembra declarações de fãs

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Foto: Reprodução/ Internet

A carreira de Oscar Magrini sempre foi acompanhada de personagens marcantes, aplausos do público e também de histórias curiosas fora das telas. Um dos galãs mais populares dos anos 1990, o ator se tornou sinônimo de versatilidade na dramaturgia brasileira e, nesta segunda-feira, 18 de agosto, compartilha momentos surpreendentes de sua trajetória durante entrevista a Daniela Albuquerque no programa “Sensacional”, da RedeTV!.

Entre lembranças de bastidores e reflexões sobre a profissão, Magrini divertiu os espectadores ao revelar a declaração mais inusitada que recebeu de uma fã ao longo da carreira. “Só eu sei o que eu sofri e as cantadas que eu tomei”, brincou o ator, antes de relatar o episódio que até hoje o surpreende.

“Uma vez, uma fã disse que não queria foto e nem autógrafo. Ela falou: ‘Eu queria que você me desse um tapa na cara’. A amiga dela, que estava do lado, acho que se tivesse um buraco no chão se escondia. Eu perguntei se ela estava falando sério e, quando percebi, a própria pegou minha mão e se esbofeteou. Fiquei sem reação”, contou, arrancando gargalhadas no estúdio.

Entre o assédio e o carinho: a vida de um galã dos anos 1990

Nos tempos em que as novelas ditavam moda e alcançavam picos de audiência, Magrini tornou-se presença constante na casa dos brasileiros. Papéis em produções como “Mulheres de Areia” (1993), “O Rei do Gado” (1996) e “Torre de Babel” (1998) consolidaram sua imagem de galã, fazendo com que a linha entre personagem e pessoa real fosse muitas vezes confundida pelo público.

“O assédio era muito diferente. Não existia rede social, era tudo olho no olho. As pessoas esperavam horas na porta do estúdio, mandavam cartas, buscavam esse contato físico. Era carinho, mas também vinha acompanhado de momentos como esse, em que você não sabe se ri, se foge ou se apenas respira fundo”, relatou.

O tabu do “teste do sofá”

Além das histórias divertidas, Oscar Magrini não fugiu de temas delicados. Questionado sobre os boatos de “teste do sofá” no meio artístico, o ator admitiu que nunca presenciou algo do tipo, mas destacou que os rumores sempre circularam. Fisicamente eu não vi, nem ouvi. Podia até acontecer, podia até ser verdade. Mas os corredores eram cheios de comentários. A gente sabia quem estava ali pelo talento e quem tinha sido colocado por influência. Era impossível esconder algo dentro das emissoras, a ‘rádio-peão’ sempre funcionava, afirmou.

Crítica ao etarismo e à caracterização artificial

Aos 63 anos, Magrini também refletiu sobre o etarismo no mercado audiovisual. Para ele, a representação de personagens mais velhos ainda é tratada de forma equivocada.

“A pior coisa é ver um ator de 30 ou 40 anos com cabelo pintado de branco para fazer alguém de 60. Isso é artificial. Temos atores maduros, talentosos, com cabelos grisalhos ou brancos de verdade, que poderiam interpretar esses papéis com muito mais autenticidade. Mas insistem em forçar caracterizações falsas”, criticou.

O teatro como paixão e reinvenção

Atualmente, Magrini está em cartaz com a comédia “Troca-Troca”, onde celebra a proximidade com o público. Para ele, o palco é uma oportunidade de renovação constante. “No teatro você sente a energia na hora, o riso, o silêncio, a emoção. É uma troca única e que me faz crescer como artista. Depois de tantos anos, continuo aprendendo a cada peça”, afirmou.

Experiência internacional e planos futuros

O ator também falou sobre sua passagem por Portugal, onde gravou duas novelas e um filme no início dos anos 2000. Apesar de ter percebido diferenças no estilo de interpretação da época, ele guarda boas memórias e revela o desejo de voltar a trabalhar no país. “Naquele tempo achei a interpretação deles um pouco bruta, mas hoje evoluiu muito. Se me chamassem, faria novela lá de novo sem pensar duas vezes”, declarou.

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