Fechando a semana com chave de ouro, o Conversa com Bial desta sexta-feira, dia 22, recebe o ator Herson Capri, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira. Com mais de cinco décadas de carreira, o ator sobe ao palco do programa para falar sobre a peça “Memórias do Vinho”, atualmente em cartaz, e relembrar momentos inesquecíveis de sua trajetória na televisão e no teatro.
O episódio promete trazer uma mistura de nostalgia, emoção e curiosidades, mostrando não apenas a carreira de Herson, mas também sua visão sobre o ofício de atuar e os desafios enfrentados ao longo de tantos anos de dedicação à arte.
Um começo precoce no teatro e na vida artística
Herson Capri Freire nasceu em Ponta Grossa, no Paraná, em 8 de novembro de 1951. Desde muito cedo, demonstrou interesse pelas artes cênicas. Aos 15 anos, ainda no Colégio Estadual do Paraná, começou a se envolver com o teatro, dando os primeiros passos em uma paixão que viria a se tornar sua profissão e legado.
Mais tarde, durante os estudos em Economia na USP, Herson mergulhou ainda mais no teatro da PUC-SP, atuando em diferentes áreas, do palco à produção, e construindo uma base sólida que o ajudaria a enfrentar os desafios da televisão e do cinema. Essa experiência inicial foi crucial para o ator desenvolver disciplina, técnica e sensibilidade artística, habilidades que se refletiriam ao longo de toda a sua carreira.
A trajetória na televisão
O primeiro contato de Herson Capri com a televisão aconteceu em 1975, e logo ele começou a se destacar em produções importantes. Durante a década de 1980, atuou em novelas como Pic-nic Classe C (1982), Guerra dos Sexos (1983) e O Outro (1987), conquistando espaço como ator promissor e versátil.
Na década de 1990, Herson atingiu a consagração definitiva. Interpretando galãs e vilões charmosos, se tornou um rosto conhecido do público da TV Globo. Entre seus papéis mais marcantes estão Mário em Felicidade (1992), o coronel Belarmino Gouveia em Renascer (1993), o pescador Ramiro em Tropicaliente (1994) e o pai Álvaro em Era Uma Vez… (1998). Cada personagem mostrou não apenas sua versatilidade, mas também seu talento para criar figuras complexas e memoráveis.
A década de 2000 e os desafios modernos
Herson Capri continuou se destacando nos anos 2000, protagonizando e participando de novelas como Desejos de Mulher (2002), Como uma Onda (2004), Cobras & Lagartos (2006), Insensato Coração (2011), Sangue Bom (2013), Rock Story (2017), Órfãos da Terra (2019) e Beleza Fatal (2024). Essa trajetória consistente mostra a capacidade do ator de se reinventar e de se adaptar a diferentes estilos e narrativas, mantendo sua relevância em um mercado televisivo cada vez mais competitivo.
Além de atuar, Herson também compartilha experiências sobre bastidores, ensaios, interpretação e convivência com outros artistas, oferecendo ao público uma visão completa do trabalho árduo por trás das câmeras.
Memórias do Vinho: o teatro como refúgio e paixão
Atualmente, Herson Capri está em cartaz com a peça Memórias do Vinho, que explora relações humanas, memórias e escolhas de vida. Para ele, o teatro sempre foi uma maneira de se conectar com o público de forma direta e emocional, permitindo que o espectador vivencie histórias intensas e reflexivas.
Durante sua participação no Conversa com Bial, ele detalha os desafios de levar a peça aos palcos, a preparação dos personagens e o impacto que a arte teatral tem em sua vida pessoal e profissional. A peça também mostra uma faceta de Herson que muitos não conhecem: a sensibilidade e o olhar atento para as complexidades das relações humanas.
Vida pessoal e superação
Herson Capri não se destaca apenas por sua carreira profissional, mas também por sua trajetória de vida marcada por superações. Filho de Jair Freire e Iole Capri, o ator cresceu em uma família do interior de São Paulo, com descendência italiana do lado materno.
É pai de cinco filhos: Laura (1976), Pedro Freire (1979, diretor de cinema), Lucas (1997), Luisa (2001) e Sofia (2014), sendo os três últimos com a diretora Susana Garcia. Herson também superou um câncer de pulmão em 1999, um episódio que reforçou sua resiliência e dedicação à vida e à arte.
No programa, ele compartilha detalhes dessas experiências pessoais, mostrando como desafios e conquistas moldaram sua personalidade, sua carreira e seu compromisso com a arte.
