Saiba tudo sobre os filmes de hoje (29/08) na Sessão da Tarde e Corujão da TV Globo

0

A tarde desta sexta-feira promete uma viagem intergaláctica para os telespectadores da TV Globo. O filme escolhido para a Sessão da Tarde é O Destino de Júpiter, superprodução de ficção científica dirigida pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski, responsáveis pela icônica trilogia Matrix. Lançado em 2015, o longa mistura ação, aventura e romance em uma trama que questiona poder, identidade e destino, tudo envolto em um espetáculo visual de tirar o fôlego.

A protagonista da trama é Jupiter Jones (Mila Kunis), uma jovem que vive em Chicago, trabalhando como empregada doméstica e sem grandes expectativas para o futuro. Filha de imigrantes russos, sua vida parece seguir um caminho de anonimato até que uma revelação inesperada muda tudo: ela pertence a uma linhagem cósmica que a torna a legítima herdeira do trono universal.

É então que surge Caine Wise (Channing Tatum), um ex-militar modificado geneticamente, metade humano e metade lobo, enviado para protegê-la. A partir desse encontro, Jupiter é levada a descobrir a verdade sobre seu destino, enfrentando inimigos implacáveis e intrigas interplanetárias.

Um elenco de estrelas

O filme reúne um elenco de peso. Além da dupla formada por Mila Kunis e Channing Tatum, destaque para Eddie Redmayne, vencedor do Oscar por A Teoria de Tudo, que interpreta o vilão Balem Abrasax, um ser ambicioso e manipulador que não mede esforços para manter o controle sobre o império cósmico.

Também estão no elenco Sean Bean (O Senhor dos Anéis, Game of Thrones), Douglas Booth e Tuppence Middleton, completando um time que dá vida a personagens complexos e cheios de motivações próprias.

Visual grandioso e ambição criativa

Produzido com orçamento de cerca de US$ 176 milhões, “O Destino de Júpiter” é marcado pelo espetáculo visual. As cenas de batalhas espaciais, os cenários futuristas e os efeitos digitais criados para dar vida a diferentes planetas e civilizações chamam atenção e reforçam a assinatura estética das Wachowski.

Apesar de ter arrecadado aproximadamente US$ 183,9 milhões nas bilheteiras mundiais, o filme dividiu opiniões. Enquanto parte do público se encantou com a ousadia visual e a mitologia criada, críticos apontaram falhas no roteiro e na condução da narrativa. Ainda assim, ao longo dos anos, o longa conquistou um grupo de fãs que enxerga na obra um exemplo de ousadia e imaginação dentro do gênero de ficção científica.

Entre a fantasia e a ficção científica

A narrativa do filme não se limita à ação. Ela dialoga com temas clássicos da fantasia e da literatura, como herança, poder e identidade, trazendo paralelos com a mitologia grega e até mesmo com a Odisseia de Homero, que serviu de inspiração para as diretoras.

A protagonista, que sai de uma vida simples para se tornar peça central em uma batalha cósmica, simboliza o arquétipo da “jornada do herói”, adaptado aqui para uma aventura espacial com doses de romance e intriga.

Corujão exibe “O Auto da Boa Mentira” e “Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”

Na madrugada desta sexta, a emissora apresenta no Corujão I o filme brasileiro “O Auto da Boa Mentira”, lançado em 2021 e dirigido por José Eduardo Belmonte. A produção é uma comédia baseada em contos do escritor paraibano Ariano Suassuna, mestre em retratar a cultura popular nordestina com humor, poesia e crítica social.

O longa é construído em quatro histórias independentes que têm como fio condutor a mentira. Em cada narrativa, personagens comuns enfrentam situações inusitadas, revelando como esse recurso pode ser usado para escapar de problemas, reinventar a realidade ou até mesmo esconder inseguranças.

Na primeira trama, Helder (Leandro Hassum), um subgerente de RH, vê sua vida virar do avesso quando é confundido com um comediante famoso. A mentira, que parece inocente, se transforma em uma confusão maior do que ele poderia imaginar. Em outra história, Fabiano (Renato Góes) é um jovem que não acredita em nada, mas acaba intrigado ao descobrir um mistério envolvendo sua mãe e um circo do passado. A dúvida coloca em xeque suas convicções e o aproxima de verdades inesperadas. Já o conto do gringo Pierce (Chris Mason) mostra um estrangeiro que inventa ter sido assaltado apenas para escapar de uma festa. No entanto, a invenção ganha repercussões inesperadas e sai do seu controle.

Por fim, um quarto enredo traz uma reflexão sobre o preconceito com quem nunca viajou à Disney, apontando como a mentira e a aparência podem ser instrumentos de julgamento social. É um olhar crítico, mas carregado de ironia, sobre padrões culturais e de consumo.

O elenco reúne nomes de peso do cinema e da televisão brasileira. Além de Leandro Hassum e Renato Góes, estão presentes Jesuíta Barbosa, Cássia Kis, Cacá Ottoni e o britânico Chris Mason. Cada ator imprime personalidade às histórias, reforçando a diversidade de estilos e tons dentro da mesma obra.

Embora seja uma comédia, “O Auto da Boa Mentira” não se limita a provocar risadas. O diretor José Eduardo Belmonte declarou ter se inspirado em filmes como o argentino “Relatos Selvagens”, combinando humor ácido com crítica social. Para ele, a obra funciona como um comentário sobre os tempos atuais, em que a mentira se espalha das relações pessoais à política e às redes sociais.

O filme foi lançado nos cinemas em abril de 2021, mas também chegou à televisão em formato de minissérie, exibida pela Globo sob o título “Histórias Quase Verdadeiras”, em janeiro de 2023. Nessa versão, uma das histórias foi substituída por um novo conto protagonizado por Giulia Gam, Cristina Mutarelli e Zezé Polessa, que interpretam três amigas prestes a viajar juntas e que acabam revelando verdades difíceis de encarar.

Já no Corujão II, a Globo exibe o longa-metragem nacional Pixinguinha, Um Homem Carinhoso, uma homenagem emocionante a um dos maiores nomes da música popular brasileira. A produção, lançada em 2021, resgata a trajetória de Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, flautista, compositor e arranjador que revolucionou a música nacional e deixou um legado eterno.

O longa retrata desde os primeiros passos de Pixinguinha na música, ainda na adolescência, até sua consagração como um dos maiores nomes do choro e da música popular brasileira. Negro, neto de escravos e gênio à frente de seu tempo, Pixinguinha superou barreiras sociais e raciais para se tornar referência incontornável na cultura do país.

Entre suas obras-primas, está a inesquecível “Carinhoso”, canção que atravessa gerações e continua a emocionar brasileiros de todas as idades. O filme mostra não apenas o artista brilhante, mas também o homem por trás do mito, com suas fragilidades, afetos e relacionamentos.

Elenco de peso

Na pele de Pixinguinha adulto, Seu Jorge dá vida ao mestre com emoção e profundidade, enquanto Dan Ferreira interpreta o músico em sua juventude. O elenco também conta com grandes nomes da televisão e do cinema, como Taís Araújo, que vive Albertina “Beti” Nunes Pereira, esposa do artista, e o saudoso Milton Gonçalves, no papel de Alfredo Vianna, pai de Pixinguinha.

Outros nomes se destacam, como Agatha Moreira, Tuca Andrada, Klebber Toledo, Pierre Baitelli, Jarbas Homem de Mello e Pretinho da Serrinha, entre muitos outros, compondo um mosaico de personagens que fizeram parte da vida e da carreira do músico.

Bastidores e direção

“Pixinguinha, Um Homem Carinhoso” foi dirigido por Denise Saraceni e Allan Fiterman, a partir de um roteiro assinado por Manuela Dias, criadora de novelas como Amor de Mãe. O projeto nasceu da vontade de registrar em tela grande a importância de Pixinguinha, considerado por críticos e estudiosos como o pai da MPB.

O filme não se limita a contar a trajetória artística, mas também destaca momentos íntimos, como sua relação com a esposa, as dificuldades da carreira e a experiência marcante em Paris, onde o músico viveu e ampliou seu repertório cultural.

A força do legado

Pixinguinha é um dos artistas que ajudaram a consolidar a identidade da música brasileira. Suas composições, arranjos e a forma como dialogava com diferentes estilos influenciaram gerações de músicos e continuam vivos até hoje. A cinebiografia busca justamente celebrar esse legado, apresentando às novas gerações a importância de sua obra e reafirmando sua imortalidade na cultura do país.

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui