
Neste domingo, 7 de setembro de 2025, a TV Globo leva os espectadores a uma jornada de pura velocidade, emoção e ação cinematográfica com a exibição de Velozes e Furiosos 8 na sessão Temperatura Máxima. O longa, lançado em 2017, marca um dos capítulos mais intensos e ambiciosos da franquia que, ao longo de mais de duas décadas, conquistou fãs ao redor do mundo. Muito mais do que um filme sobre carros e perseguições, a produção explora temas como lealdade, traição, família e até mesmo os limites entre o bem e o mal, trazendo novas camadas à história de Dominic Toretto e seu grupo.

“Velozes e Furiosos 8” representou um marco para a saga. Foi o primeiro filme após a morte de Paul Walker, que interpretava Brian O’Conner, um dos protagonistas e coração da equipe. A ausência do ator obrigou roteiristas e produtores a redesenhar os caminhos da narrativa, ao mesmo tempo em que prestavam homenagens ao legado deixado por ele. Ainda assim, o longa manteve a essência que fez da série um fenômeno: ações espetaculares, personagens carismáticos e o mantra repetido por Dom em todos os capítulos — a importância da família.
O filme conta com um elenco estelar. Vin Diesel retorna como Dominic Toretto, vivendo um dilema emocional e moral sem precedentes, enquanto Michelle Rodriguez reprisa o papel de Letty, agora vivendo sua lua de mel, mas sem imaginar os desafios que viriam pela frente. Dwayne Johnson e Jason Statham garantem as doses de humor e rivalidade, ao passo que a chegada de Charlize Theron como a vilã Cipher adiciona sofisticação e crueldade à trama. O time se completa com Tyrese Gibson, Chris “Ludacris” Bridges, Nathalie Emmanuel, Kurt Russell e até Helen Mirren, em uma participação surpreendente. Na direção, F. Gary Gray (conhecido por “Straight Outta Compton” e “Uma Saída de Mestre”) trouxe um olhar moderno e grandioso, potencializando as cenas de ação com recursos tecnológicos e locações exóticas.
O enredo tem início em Havana, Cuba, onde Dom e Letty desfrutam de sua lua de mel. A tranquilidade é rapidamente abalada quando a misteriosa Cipher aparece e, de forma calculista, convence Dom a voltar ao crime, colocando-o contra tudo o que sempre acreditou. Letty, desconfiada da mudança no marido, decide reunir os velhos companheiros para enfrentar essa nova ameaça. O que ninguém poderia prever é que Dom estaria do outro lado da batalha. A narrativa ganha força ao revelar que Cipher não apenas manipula Dom, mas também mantém refém Elena Neves e o filho que ele não sabia que tinha. Essa revelação intensifica os conflitos internos do protagonista e coloca em risco a vida de todos. Entre corridas pelas ruas de Nova York, batalhas tecnológicas envolvendo carros autônomos e até um submarino nuclear na Rússia, o filme entrega momentos de tirar o fôlego, equilibrando espetáculo visual com drama pessoal.
Com um orçamento estimado em US$ 250 milhões, “Velozes e Furiosos 8” se tornou o filme mais caro da franquia até então. O investimento valeu a pena: a produção arrecadou mais de US$ 1,2 bilhão ao redor do mundo, tornando-se a segunda maior bilheteira da saga, atrás apenas de “Velozes e Furiosos 7”. Logo em sua estreia, bateu recordes históricos ao faturar US$ 541,9 milhões em seu primeiro fim de semana globalmente, superando marcas que pertenciam a “Star Wars: O Despertar da Força”. Esses números colocaram o longa entre os 20 maiores sucessos da história do cinema.
Trazer um filme desse porte para a TV aberta é oferecer ao público brasileiro a chance de reviver, em casa, a intensidade de uma produção que foi pensada para as telonas. A Globo aposta no poder de atração da franquia, que tem fãs fiéis e conquistou até mesmo quem não acompanha cada capítulo da saga. A exibição promete reunir famílias e amigos diante da televisão, recriando aquela sensação coletiva de vibrar com cada reviravolta, cada explosão e cada momento de emoção.
Embora tenha sido aclamado pelo público e considerado um espetáculo de ação, o filme dividiu opiniões entre os críticos. Muitos destacaram o ritmo acelerado, as cenas de perseguição em escala inédita e as performances carismáticas do elenco. Por outro lado, alguns apontaram que a narrativa exagerava em absurdos e deixava a lógica de lado em prol do espetáculo. Ainda assim, a fórmula funcionou. Para os fãs, o filme entrega exatamente o que promete: adrenalina, drama e um lembrete de que, no universo de Toretto, família não é apenas quem compartilha sangue, mas também quem escolhe estar ao seu lado.
Entre as curiosidades dos bastidores, destaca-se o fato de que as gravações em Havana marcaram a primeira vez que uma superprodução hollywoodiana filmou em Cuba após o reatamento diplomático entre o país e os Estados Unidos. Além disso, Charlize Theron passou meses treinando para dar credibilidade às cenas de combate físico e hacker, transformando Cipher em uma das vilãs mais memoráveis da franquia. O diretor F. Gary Gray revelou que uma das maiores dificuldades foi coordenar a cena do submarino nuclear, que envolveu centenas de profissionais, efeitos práticos e computação gráfica. O filme também serviu para expandir o universo da franquia, já que abriu espaço para o spin-off “Hobbs & Shaw” (2019).
Mesmo sem a presença física de Paul Walker, o espírito de Brian O’Conner permanece em “Velozes e Furiosos 8”. O final do filme traz uma emocionante homenagem, quando Dom decide batizar seu filho com o nome Brian, eternizando o personagem e reforçando o laço indestrutível entre os membros da equipe. Essa escolha emocionou fãs ao redor do mundo e consolidou o legado do ator na saga.
Para quem já viu, o longa-metragem é uma oportunidade de revisitar cenas icônicas e compreender como a franquia evoluiu ao longo dos anos. Para quem nunca assistiu, trata-se de uma porta de entrada empolgante para o universo de Toretto e sua família. A exibição na Globo também carrega um fator nostálgico: poder acompanhar, em sinal aberto, uma superprodução que marcou época nos cinemas e que continua influenciando a cultura pop.
















