Neste sábado, 20 de setembro, a Sessão de Sábado da Globo promete encantar crianças e adultos com a exibição de “Nanny McPhee – A Babá Encantada”, um filme que combina comédia, fantasia e lições de vida em uma narrativa leve, divertida e profundamente humanizada. A produção, lançada em 2005, é uma parceria franco-britânico-estadunidense, dirigida por Kirk Jones e estrelada por Emma Thompson, Colin Firth, Kelly Macdonald, Thomas Brodie-Sangster e Angela Lansbury, entre outros nomes de destaque.

O filme é baseado na série de livros infantis Nurse Matilda, da autora britânica Christianna Brand, e apresenta uma história que, apesar de se passar em um contexto familiar e cotidiano, transporta o espectador para um universo onde a magia e a disciplina caminham lado a lado. A trama gira em torno de Cedric Brown, interpretado por Colin Firth, um viúvo que enfrenta o desafio de criar sozinho seus sete filhos. Cada criança possui uma personalidade única e travessa, o que transforma a rotina familiar em uma verdadeira batalha diária. Sem a presença da mãe, os filhos acabam se tornando verdadeiros “pequenos tiranos”, capazes de afugentar qualquer babá que seja contratada pelo pai.

A vida de Cedric não é fácil. Após a morte de sua esposa, ele depende da pensão que recebe de sua tia Adelaide Stitch (Angela Lansbury). No entanto, a situação ganha contornos dramáticos quando a tia, impaciente e conservadora, decide que Cedric só terá direito à pensão se se casar dentro de um mês. Esse prazo curto gera uma tensão cômica e também um dilema emocional para Cedric: como casar-se rapidamente enquanto lida com sete crianças praticamente indomáveis? É nesse cenário que surge a figura de Nanny McPhee, a babá encantada interpretada brilhantemente por Emma Thompson, que também assina o roteiro do filme.

Nanny McPhee é muito mais do que uma simples babá. Ela chega à casa dos Brown com um olhar severo e uma presença imponente, mas aos poucos revela um poder peculiar: através da magia, consegue ensinar lições importantes para cada uma das crianças, transformando a desordem em disciplina e o caos em harmonia. Seu lema é simples, porém impactante: cada vez que uma criança aprende uma lição, um feio traço em seu rosto desaparece, simbolizando a transformação interior.

O charme do filme está justamente na forma como a magia de Nanny McPhee se entrelaça com a realidade da família. Sem recorrer a efeitos exagerados ou situações irreais demais, a história consegue transmitir valores como respeito, empatia, responsabilidade e cooperação. É uma abordagem que encanta tanto o público infantil quanto o adulto, que reconhece nas travessuras das crianças os desafios universais da criação.

Além de Emma Thompson e Colin Firth, o elenco conta com jovens talentos que interpretam os filhos Brown, cada um com uma personalidade distinta. Thomas Brodie-Sangster, como Simon David Brown, é o garoto sensível e sensato, enquanto Eliza Bennett interpreta Tora Abigail Brown, a mais observadora do grupo. Raphaël Coleman, Jennifer Rae Daykin, Samuel Honywood, Holly Gibbs e as gêmeas Hebe e Zinnia Barnes completam o quadro familiar, garantindo momentos de humor, ternura e emoção.

O filme também apresenta personagens secundários memoráveis, como Sra. Selma Rapidamente (Celia Imrie), Sra. Joan Blatherwick (Imelda Staunton) e Sr. Marc Wheen (Sir Derek Jacobi), que enriquecem a narrativa com suas próprias peculiaridades e contribuem para a atmosfera mágica e cômica da trama.

O grande diferencial de “Nanny McPhee – A Babá Encantada” é a maneira como mistura humor e ensinamentos. Ao contrário de muitas produções infantis que exageram nas situações cômicas sem propósito, o filme consegue equilibrar risadas e mensagens de forma natural. Cada desafio enfrentado pelos filhos Brown, cada travessura e cada momento de teimosia se transformam em uma oportunidade para o crescimento pessoal e para a reflexão sobre valores fundamentais.

A presença de Angela Lansbury como a rígida tia Adelaide adiciona um contraponto interessante. Enquanto Nanny McPhee ensina pelo exemplo e pela magia, Adelaide representa a sociedade tradicional, as regras e as expectativas impostas de fora para dentro da família. Essa tensão cria um equilíbrio narrativo que torna a história ainda mais envolvente.

Sob a direção de Kirk Jones, o filme consegue manter um ritmo agradável, alternando cenas de humor, momentos de ternura e situações de fantasia. A fotografia e a ambientação remetem a uma Inglaterra antiga e acolhedora, com casas grandes, jardins extensos e uma atmosfera que combina aconchego e mistério. Os efeitos visuais, discretos e bem aplicados, reforçam a sensação de magia sem tirar a naturalidade da história.

O roteiro, assinado por Emma Thompson, é outro ponto forte da produção. Thompson consegue transpor para a tela os elementos clássicos da série de livros Nurse Matilda, ao mesmo tempo em que adiciona diálogos espirituosos, personagens cativantes e situações que dialogam diretamente com os desafios da vida familiar.

O Supercine traz aos telespectadores uma história marcada por fé, espiritualidade e humanidade: “Predestinado – Arigó e o Espírito do Dr. Fritz”, filme brasileiro de 2022 que narra a trajetória extraordinária de José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, e sua relação com o espírito do Dr. Fritz, médico alemão que desencarnou durante a Primeira Guerra Mundial.

Dirigido por Gustavo Fernández e roteirizado por Jaqueline Vargas, o longa é inspirado no livro Arigó: Surgeon of the Rusty Knife, de John Grant Fuller, e se propõe a mostrar como um homem simples, sem formação médica formal, se tornou um símbolo de esperança e transformação para milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Com um elenco talentoso, incluindo Danton Mello, Juliana Paes e James Faulkner, o filme mistura drama, elementos biográficos e espiritualidade, oferecendo uma experiência cinematográfica intensa e reflexiva.

Zé Arigó, interpretado por Danton Mello, nasceu em Congonhas, Minas Gerais, e vivia uma vida modesta ao lado de sua esposa, Arlete, papel de Juliana Paes. A trama se passa na década de 1950, período em que o espiritismo ainda enfrentava resistência no Brasil e pouco era compreendido pela sociedade. Nesse contexto, Arigó se destacou de forma impressionante, tornando-se um médium e realizando o que ficaram conhecidas como cirurgias espirituais, procedimentos em que dizia contar com a orientação do espírito do Dr. Fritz, vivido por James Faulkner.

O filme narra os primeiros sinais da mediunidade de Arigó: dores de cabeça intensas, insônia, visões e sonhos nos quais uma entidade se apresenta como Adolph Fritzum, o famoso Dr. Fritz. Inicialmente, Arigó hesita em aceitar a influência do espírito, mas a necessidade de ajudar o próximo e a força dessa presença sobrenatural o conduzem a se dedicar integralmente à cura de pessoas que, de outra forma, não teriam acesso a tratamento.

Um dos aspectos mais marcantes do longa é a forma como ele aborda o conflito entre fé, espiritualidade e sociedade. Arigó não tinha formação médica, o que gerou resistência da Igreja Católica, das autoridades civis e de parte da população cética. Mesmo assim, ele construiu uma clínica na Rua Marechal Floriano, em Congonhas, onde atendia até duzentas pessoas por dia, muitas delas gratuitamente.

O filme consegue transmitir a atmosfera de época, mostrando não apenas a vida simples de Arigó e sua família, mas também o impacto que suas ações tiveram na comunidade local e na imprensa. A tensão entre descrença e fé é explorada de maneira sensível, sem sensacionalismo, reforçando o caráter humano e espiritual da história.

Além de Danton Mello, Juliana Paes e James Faulkner, o longa conta com um elenco de peso que enriquece a narrativa. Marcos Caruso interpreta Padre Anselmo, representando a voz religiosa que questiona e acompanha o fenômeno de Arigó, enquanto Marco Ricca dá vida ao Juiz Barros, figura da justiça que encara a complexidade das ações do médium. Cássio Gabus Mendes, como Cícero, e Alexandre Borges, como o Senador Lúcio Bittencourt, mostram o apoio e a repercussão política em torno da história.

O filme também conta com participações marcantes, como João Signorelli interpretando Chico Xavier, reforçando a credibilidade espiritual do longa. Personagens secundários, como Dr. Jair (Maurício de Barros), Dr. Túlio (Sérgio Cavalcante) e Arlete (Juliana Paes), ajudam a construir a dimensão humana de Arigó, mostrando suas dúvidas, medos e o amor pela família que o sustenta.

A direção de Gustavo Fernández merece destaque pela capacidade de equilibrar drama, tensão e momentos de reflexão espiritual. A narrativa alterna entre cenas intimistas, que exploram a vida pessoal de Arigó, e sequências de atendimento e cura, carregadas de intensidade emocional e mistério.

O roteiro de Jaqueline Vargas, por sua vez, traduz para a tela a complexidade de um personagem que caminhou entre o mundo físico e o espiritual, mantendo a veracidade histórica sem perder o encanto cinematográfico. O filme aborda também a questão ética das cirurgias espirituais, questionando até que ponto a fé e a espiritualidade podem influenciar na cura física e emocional das pessoas, promovendo reflexão sem sensacionalismo.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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