
Nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, o programa SuperPop, exibido ao vivo pela RedeTV!, trará ao público um tema que tem despertado curiosidade e atraído cada vez mais atenção: a comunidade furry. Apresentado por Luciana Gimenez, o programa irá explorar esse movimento cultural que, embora tenha surgido nos anos 1980, ganhou maior visibilidade e reconhecimento nas últimas décadas, especialmente com o avanço das redes sociais e do entretenimento digital.
A atração ao vivo promete um mergulho no universo furry, apresentando entrevistas com participantes da comunidade, conhecidos como furries, que compartilharão suas experiências, rotina, motivações e a relação afetiva que estabelecem com suas identidades dentro do movimento. O tema tem gerado interesse não apenas por sua singularidade, mas também por questionar conceitos tradicionais de identidade, criatividade e expressão cultural.
O que é a comunidade furry
O termo furry se refere a um grupo de pessoas interessadas em animais com características humanas. Esses indivíduos participam de atividades que vão desde a criação de personagens próprios, chamados fursonas, até encontros, convenções e eventos online. Uma fursona é, essencialmente, a representação de cada participante no universo furry, funcionando como uma identidade alternativa que mistura traços humanos e animais.
“A comunidade furry é muito mais do que fantasias. É uma forma de expressão, amizade e até terapia para muitos participantes”, explica Ana Carolina Mendes, pesquisadora de cultura pop e comportamentos online. Segundo especialistas, as fursonas funcionam como uma extensão da própria identidade, permitindo que os furries explorem aspectos de sua personalidade de maneira criativa e segura.
Curiosidades e fantasias
Um dos destaques do “SuperPop” desta quarta-feira será a mostra de fantasias utilizadas pelos furries. Os trajes, muitas vezes feitos artesanalmente, podem levar semanas ou até meses para serem finalizados. Cada detalhe é cuidadosamente planejado para refletir a personalidade e as características do personagem.
“É um processo que exige paciência e dedicação. Alguns participantes fazem tudo sozinhos, desde o design da cabeça até a costura do corpo. Outros preferem encomendar as peças com artistas especializados”, comenta Lucas Andrade, designer de fantasias furry. Além da estética, as fantasias também têm função social: ajudam a criar uma sensação de pertencimento e facilitam a interação em encontros e convenções.
A importância das convenções
As convenções furry são outro ponto central da discussão no programa. Esses eventos, que ocorrem ao redor do mundo, reúnem centenas e até milhares de furries para atividades que incluem workshops, desfiles de fantasias, painéis de discussão e encontros sociais. No Brasil, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro têm sediado encontros que atraem público de diferentes regiões.
Segundo os participantes, essas convenções são momentos de celebração da criatividade e da amizade. “É incrível ver tantas pessoas que compartilham os mesmos interesses. As convenções ajudam a fortalecer laços, trocar experiências e aprender com os outros”, relata Mariana Silva, furrie participante de encontros nacionais.
Quebrando estigmas
Apesar de ganhar visibilidade, a comunidade furry ainda enfrenta preconceitos e estigmas. Muitos associam erroneamente o movimento a comportamentos estranhos ou marginalizados, mas especialistas enfatizam que a maioria dos furries participa do movimento como forma de expressão artística e social.
“Existe um mito de que os furries são excêntricos de forma negativa. Na realidade, estamos falando de um grupo que valoriza a criatividade, a inclusão e o respeito às diferenças”, explica Pedro Henrique Costa, psicólogo especialista em subculturas. Ele destaca que o furryismo pode servir como espaço seguro para pessoas que, por diferentes motivos, se sentem à margem das normas sociais.
Furry na internet e nas redes sociais
O crescimento da comunidade furry está intimamente ligado ao ambiente digital. Plataformas como Twitter, TikTok e Discord têm sido fundamentais para a troca de experiências, divulgação de criações artísticas e organização de encontros. Muitos furries encontram na internet uma forma de se conectar com pessoas de diferentes países, criando redes de apoio e amizade global.
Além disso, o furryismo tem influenciado áreas como arte digital, animação e games. Artistas e desenvolvedores têm incorporado personagens furry em suas produções, reconhecendo o potencial criativo e comercial dessa estética. “A influência do furry é visível na cultura pop contemporânea. Muitos jogos e séries de animação têm personagens inspirados em animais antropomórficos que dialogam diretamente com essa comunidade”, aponta Carolina Teixeira, especialista em mídia digital.
















