Globo Repórter desta sexta (26/09) explora o universo das corridas de rua e seus efeitos na saúde e bem-estar

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O Brasil tem vivido uma verdadeira revolução nas corridas de rua. Mais do que uma atividade física, esse movimento se tornou um fenômeno social que atravessa gerações, classes e histórias de vida. Nesta sexta-feira, 26 de setembro de 2025, o Globo Repórter mergulha nesse universo, mostrando como a corrida vai muito além do desempenho ou da competição: ela transforma corpos, mentes e relações, promovendo saúde, bem-estar emocional e vínculos afetivos. Corrida é, antes de tudo, movimento, comunidade e transformação pessoal.

Em várias cidades brasileiras, grupos de corredores se reúnem para treinar sem pressões competitivas, focando apenas no prazer de se exercitar e compartilhar experiências. Esses encontros ajudam a aliviar estresse e ansiedade, combater o isolamento social e fortalecer disciplina e motivação. Para muitos, a corrida é um verdadeiro remédio natural, capaz de gerar hábitos saudáveis, prevenir doenças físicas e emocionais e contribuir para a construção de uma rotina mais equilibrada.

Transformação pessoal: a jornada de Alessandro Pinho

Na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, o programa acompanhou o grupo liderado por Alessandro Pereira Pinho, conhecido como “Mutante”. Diagnosticado com obesidade mórbida grau 3 há 11 anos, Alessandro precisou reinventar completamente sua rotina e hábitos alimentares. Começou com caminhadas diárias e evoluiu para corridas graduais, processo que não apenas transformou seu corpo, mas também trouxe equilíbrio emocional e aumento da autoestima.

Hoje, Alessandro inspira outros corredores a superarem seus próprios limites. “A corrida transformou minha vida. Hoje, não é apenas sobre mim, mas sobre ajudar outras pessoas a encontrarem força e motivação para mudar”, conta. Sua história mostra como o esporte pode ser uma ferramenta de transformação social, cultivando disciplina, empatia e conexões entre pessoas com objetivos semelhantes.

Paixão e disciplina: Fafá Santos e a corrida como estilo de vida

Em São Paulo, Fafá Santos, torcedora da Escola de Samba Mocidade Alegre, mostrou que paixão e disciplina podem caminhar lado a lado. Aos 56 anos, Fafá pratica corrida há mais de quatro décadas, participou de oito maratonas e coleciona medalhas. Mesmo com uma rotina intensa como manicure, ela mantém treinos diários nas primeiras horas da manhã, mostrando que o amor pelo esporte é também um ato de cuidado consigo mesma.

“Correr me dá energia, vitalidade e força. É meu momento de cuidado comigo mesma, me mantém ativa e motivada”, explica Fafá. Além disso, os grupos de corrida promovem interação social, criando oportunidades de amizade, aprendizado e apoio mútuo. Para ela, o esporte é uma extensão da vida, equilibrando corpo e mente e dando sentido à rotina diária.

Ciência e tecnologia a serviço do corredor

O Globo Repórter também mostrou o lado científico da corrida. No Laboratório de Biomecânica da Universidade de São Paulo, a professora Isabel Sacco desenvolveu métodos que reduziram em mais de 50% as lesões nos pés de corredores usando materiais simples e acessíveis, como algodão, toalha e lápis. Já na Universidade Federal de São Carlos, pesquisadores analisam tênis e materiais de corrida para provas de rua, trilhas e montanha, combinando conforto, prevenção de lesões e performance. Esses estudos mostram que correr com segurança e eficiência depende de ciência e tecnologia, tornando o esporte mais acessível a todos.

Corrida e conexões afetivas

Em Fortaleza, a corrida se tornou também uma ponte para relacionamentos afetivos. A jornalista Carol Pires acompanhou a história de Feliphe Holanda e Carol, que se conheceram durante treinos matinais na Avenida Beira-Mar e hoje estão noivos. Histórias como essa mostram que a corrida não é apenas física, mas social, criando vínculos que podem se estender para toda a vida.

“A corrida virou um verdadeiro estilo de vida social. Além de exercitar o corpo, as pessoas constroem amizades e relações afetivas. É um espaço que une prazer, movimento e conexões significativas”, reforça a repórter Aline Oliveira. Nesse cenário, o esporte promove pertencimento, empatia e bem-estar coletivo, consolidando-se como muito mais do que exercício.

Oportunidades econômicas e cultura da corrida

O crescimento das corridas de rua também abriu portas para oportunidades profissionais e culturais. Em Fortaleza, o fotógrafo Carlos Fernandes encontrou um nicho ao registrar corredores em treinos e eventos, transformando a orla em um verdadeiro desfile esportivo. Entre os participantes, surgem códigos, brincadeiras e tradições próprias, como a famosa “meia azul” que sinaliza paquera entre solteiros, popularizada por influenciadores. Esses pequenos gestos mostram que correr é também expressão pessoal, cultura e diversão compartilhada.

Mais do que um esporte: saúde, inclusão e bem-estar

O episódio do Globo Repórter evidenciou que a corrida de rua é uma ferramenta de saúde física e mental, inclusão social e fortalecimento do bem-estar. Participantes relatam aumento de energia, redução do estresse e fortalecimento de vínculos afetivos. Para muitos, o hábito de correr tornou-se essencial, transformando a rotina e oferecendo propósito, motivação e qualidade de vida. Mais do que medalhas ou recordes, cada treino e cada encontro representam vitórias pessoais e coletivas. O verdadeiro valor da corrida está nas histórias de superação, nos laços criados e no impacto positivo que provoca, fortalecendo corpo, mente e espírito.

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