O Domingo Maior de hoje, 28 de setembro de 2025, leva ao ar um filme que mistura ficção científica, drama familiar e suspense: Cópias – De Volta à Vida, estrelado por Keanu Reeves, ícone de Hollywood conhecido tanto pelos papéis de ação quanto pelas histórias que exploram dilemas existenciais. Lançado em 2018, o longa não brilhou nas bilheteiras e recebeu críticas divididas, mas conquistou espaço no imaginário do público justamente pelo seu tema provocador: até onde o ser humano estaria disposto a ir para driblar a morte e ter de volta aqueles que ama?

De acordo com a sinopse do AdoroCinema, a trama acompanha William Foster (Keanu Reeves), um neurocientista que pesquisa formas de transferir a consciência humana para sistemas artificiais. Quando um acidente de carro mata sua esposa Mona (Alice Eve) e seus filhos, ele decide desafiar a própria natureza da vida e da morte. Com a ajuda do colega Ed Whittle (Thomas Middleditch), ultrapassa barreiras legais e éticas, clonando os corpos e transferindo neles as memórias de sua família. O dilema que sustenta a narrativa é simples, mas desconfortável: o que nos torna humanos? E será que a ciência pode substituir o processo natural do luto?

Nesse contexto, a presença de Keanu Reeves é o grande atrativo. Conhecido por franquias como Matrix e John Wick, aqui o ator surge em um papel diferente: não o herói imbatível, mas um homem devastado pela perda, dividido entre a dor pessoal e sua genialidade científica. Essa faceta mais vulnerável ajuda a manter o filme envolvente, mesmo quando o roteiro tropeça em falhas de ritmo ou desenvolvimento.

O elenco reforça esse equilíbrio entre emoção e suspense. Alice Eve (Além da Escuridão – Star Trek, Homem de Preto 3) interpreta Mona Foster, a esposa cuja presença é essencial para manter o elo emocional da trama, enquanto Thomas Middleditch (Silicon Valley, Godzilla: Rei dos Monstros) dá vida a Ed Whittle, parceiro de laboratório que funciona como a voz da razão. Já John Ortiz (Viagem ao Centro da Terra 2: A Ilha Misteriosa, American Gangster) surge como Jones, representante dos interesses corporativos e governamentais envolvidos nos experimentos. Completam o núcleo familiar os jovens Emily Alyn Lind (A Babá, Doctor Sleep), Emjay Anthony (Chef, Círculo de Fogo: A Revolta) e Aria Leabu (Entre Irmãs, Things You’ve Never Done), responsáveis por dar ao filme o tom de vulnerabilidade e urgência emocional que move o protagonista.

Dirigido por Jeffrey Nachmanoff, com roteiro de Chad St. John a partir de uma história de Stephen Hamel, o filme nasceu de uma proposta ambiciosa: discutir clonagem humana e consciência em formato de thriller de ficção científica. Com orçamento de cerca de US$ 30 milhões, estreou em festivais e chegou aos cinemas americanos em 2019, mas arrecadou pouco mais de US$ 9 milhões, classificando-se como um fracasso comercial. A crítica também não foi generosa, apontando roteiro irregular, efeitos especiais limitados e ritmo abaixo do esperado. Ainda assim, o longa encontrou espaço em plataformas de streaming, onde ganhou sobrevida e conquistou parte do público curioso pela ousadia do tema.

Apesar de ser uma obra de ficção, Cópias – De Volta à Vida dialoga com debates reais sobre bioética, inteligência artificial e manipulação genética. A história ilustra dois lados da ciência: a esperança, como possibilidade de salvar ou prolongar vidas, e a ameaça, quando usada sem ética, arriscando a essência da própria humanidade. É esse equilíbrio entre fascínio e medo que sustenta a ficção científica como gênero.

O que a crítica diz?

No Rotten Tomatoes, o longa amarga menos de 10% de aprovação, mas alguns espectadores o adotaram como um “cult involuntário”, valorizando mais as perguntas que levanta do que sua execução técnica. Há quem diga que Replicas foi vítima do contexto em que estreou, dominado por grandes blockbusters que ofuscaram produções de médio porte com propostas mais reflexivas.

Onde posso assistir?

Se você perder a exibição no Domingo Maior, o filme também está disponível na Netflix e na Cindie, permitindo revisitar a obra com calma e refletir sobre seus dilemas éticos e emocionais. No fim das contas, assistir a Cópias – De Volta à Vida não é apenas mergulhar em um suspense de ficção científica: é também um exercício de empatia com a dor de William Foster, que encarna o desejo universal de todo ser humano em não se despedir de quem ama. A narrativa lembra que, por mais que a ciência avance, nenhum experimento substitui a necessidade de enfrentar o luto, elaborar a perda e seguir em frente.

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