
Nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025, a TV Globo traz para a Tela Quente um filme que combina ação intensa, suspense psicológico e fantasia, oferecendo ao público uma experiência cinematográfica única. Trata-se de “Spiritwalker – Identidade Perdida”, longa sul-coreano de 2021, escrito e dirigido por Jae-Geun Yoon, que explora a complexidade da identidade e a vulnerabilidade humana diante de situações extremas. Com um elenco talentoso liderado por Yoon Kye-sang, Park Yong-woo, Lim Ji-yeon e Joo Jin-mo, o filme promete prender a atenção do espectador do início ao fim.
O enredo de Spiritwalker gira em torno de um homem que acorda sem memória e descobre que, a cada 12 horas, assume um corpo diferente. O protagonista, Kang I-an, é um agente secreto que, após um acidente de carro, desperta sem lembranças e se vê em um corpo desconhecido. Essa premissa inusitada não apenas cria um desafio físico e mental para o personagem, mas também mergulha o público em uma narrativa cheia de mistério, ação e emoção.
A história se desenrola em ritmo acelerado: Kang I-an precisa desvendar sua própria identidade enquanto enfrenta agentes e criminosos determinados a capturá-lo. A cada troca de corpo, ele perde não apenas a familiaridade com sua vida, mas também o apoio de aliados e o controle sobre seu próprio destino. Essa constante instabilidade gera uma tensão quase palpável, mantendo o espectador na expectativa sobre como o protagonista irá superar cada obstáculo.

O desafio de manter a identidade
O aspecto mais intrigante de Spiritwalker é, sem dúvida, o dilema da identidade. Kang I-an não apenas precisa descobrir quem ele é, mas também se adaptar rapidamente aos corpos que habita, que variam em idade, aparência e habilidades físicas. Cada mudança é acompanhada de riscos imediatos: a perda de força, memória parcial ou até mesmo habilidades que ele possuía no corpo anterior podem comprometer sua sobrevivência. Essa condição extrema funciona como metáfora para as crises de identidade que muitas pessoas enfrentam na vida real, fazendo o espectador refletir sobre quem realmente somos quando removidos de nossas circunstâncias familiares.
Além disso, o filme desafia a percepção do público sobre a continuidade do “eu”. Ao ver Kang I-an alternando entre diferentes corpos, somos convidados a questionar até que ponto nossa identidade depende de nosso corpo físico, lembranças ou ações. É um exercício psicológico que se mistura com a ação cinematográfica, mantendo o equilíbrio entre entretenimento e profundidade narrativa.
A caçada e a tensão constante
Em paralelo à busca por sua identidade, Kang I-an é perseguido incansavelmente por uma mulher chamada Moon Jin-ah, interpretada por Lim Ji-yeon, e por uma organização criminosa secreta. Esses antagonistas adicionam uma camada de urgência ao filme: cada 12 horas não é apenas uma mudança de corpo, mas uma corrida contra o tempo e contra forças que buscam eliminar o protagonista.
Essa perseguição gera sequências de ação bem coreografadas, que misturam combates corpo a corpo, perseguições e momentos de tensão psicológica. O diretor Jae-Geun Yoon demonstra habilidade em equilibrar cenas de ação explosiva com momentos introspectivos, nos quais Kang I-an tenta reconstruir pistas de sua vida e de seu passado, sem jamais perder o ritmo da narrativa.
Elenco que se destaca
O desempenho do elenco é outro ponto alto do filme. Yoon Kye-sang, que interpreta Kang I-an, enfrentou o desafio de interpretar múltiplas facetas do mesmo personagem em corpos diferentes, demonstrando versatilidade e capacidade de transmitir emoções variadas. Em entrevista à imprensa sul-coreana, o ator revelou que encarar sete personagens distintos, mantendo a essência de Kang I-an, foi uma experiência intensa e transformadora.
Park Yong-woo interpreta o Diretor Park, figura enigmática que auxilia e, ao mesmo tempo, mantém uma postura ambígua diante das ações de Kang I-an. Sua presença adiciona gravidade e complexidade à narrativa, equilibrando a ação com nuances dramáticas.
Lim Ji-yeon, por sua vez, traz à tela a urgência e determinação de Moon Jin-ah, cujo objetivo é localizar Kang I-an. A atriz consegue transmitir tanto a ameaça quanto a empatia, humanizando sua personagem e evitando que se torne um simples antagonista unidimensional.
O elenco de apoio também merece destaque. Park Ji-hwan, como Haengryeo, oferece momentos de leveza e humanidade, enquanto Yoo Seung-mok, Lee Sung-wook e outros atores criam uma rede de relações que fortalece a narrativa sem sobrecarregar a trama principal. Cada personagem, mesmo secundário, contribui para o desenvolvimento da história, aumentando o engajamento do público.
Produção e bastidores
As filmagens de Spiritwalker – Identidade Perdida começaram em janeiro de 2019, após a conclusão da escalação do elenco. O filme foi inicialmente anunciado com o título provisório “Fluid Renegades”, e desde então a produção gerou grande expectativa entre os fãs de cinema sul-coreano. A equipe técnica se dedicou a criar transições realistas entre os diferentes corpos ocupados por Kang I-an, utilizando efeitos especiais e maquiagem detalhada para tornar cada mudança verossímil e impactante.
O lançamento oficial ocorreu em 24 de novembro de 2021, na Coreia do Sul, com ampla distribuição em 1.213 salas de cinema. O filme foi um sucesso de bilheteria desde o primeiro fim de semana, liderando as vendas de ingressos e mantendo a liderança nas semanas seguintes. Segundo dados do Korean Film Council, Spiritwalker acumulou mais de 810 mil ingressos vendidos e arrecadou aproximadamente US$ 6,62 milhões até o final de 2021, consolidando-se como um dos filmes coreanos mais bem-sucedidos daquele ano.
Além do sucesso comercial, o filme também teve destaque em festivais internacionais, estreando no 20º Festival de Cinema Asiático de Nova York, em agosto de 2021. Essa presença reforçou a capacidade do cinema sul-coreano de criar histórias que dialogam com públicos globais, mesclando entretenimento e reflexão.
Impacto e relevância
Spiritwalker – Identidade Perdida é mais do que um filme de ação; é uma obra que provoca reflexões sobre memória, identidade e vulnerabilidade humana. A cada mudança de corpo, o público é lembrado de que a vida pode ser imprevisível e que muitas vezes precisamos nos adaptar a situações inesperadas. Essa mensagem, embalada em ação, suspense e fantasia, torna o filme acessível a diferentes faixas etárias e interesses.
Além disso, o filme reforça a força do cinema sul-coreano contemporâneo, conhecido por sua capacidade de unir narrativa envolvente, técnica refinada e temas universais. Spiritwalker se insere nesse contexto, mostrando que histórias originais e bem executadas podem conquistar tanto o público local quanto internacional.
Expectativa para a Tela Quente
A exibição na Tela Quente nesta segunda-feira é uma oportunidade para o público brasileiro conhecer ou revisitar este thriller sul-coreano que conquistou crítica e bilheteria. Com uma história intensa, personagens complexos e reviravoltas surpreendentes, o filme promete prender a atenção do início ao fim, especialmente para quem aprecia suspense, ação e elementos de fantasia.
















