Conversa com Bial desta quinta (2/10) recebe Emerson Ferretti e João Abel em debate sobre homofobia no futebol

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Nesta quinta-feira, 2 de outubro, o Conversa com Bial coloca em debate um tema urgente e ainda pouco discutido no Brasil: a homofobia no futebol. A atração contará com a presença de Emerson Ferretti, ex-goleiro e atual presidente do Esporte Clube Bahia, e do jornalista João Abel, autor do livro “Bicha! Homofobia Estrutural no Futebol”. O encontro pretende refletir sobre os desafios de um dos esportes mais populares do mundo em se abrir de maneira mais inclusiva à comunidade LGBTQIAPN+.

Um dos destaques da conversa será a participação de Emerson Ferretti, que recentemente decidiu se assumir gay. Sua revelação, feita após décadas de carreira e reconhecimento nacional, transformou-se em um marco de representatividade dentro do futebol brasileiro. A expectativa é que sua presença no programa inspire outros atletas e torcedores a enfrentarem o preconceito, ajudando a romper barreiras ainda muito enraizadas no esporte.

Uma carreira marcada por conquistas

Natural de Porto Alegre e nascido em 1971, Emerson começou sua trajetória no Grêmio, conquistando títulos estaduais e a Copa do Brasil de 1994. Também passou por Flamengo, América-RJ, América de Natal, Ituano, Bragantino, Juventude e, sobretudo, o Bahia, onde se tornou ídolo histórico.

No tricolor baiano, Ferretti foi o goleiro que mais vezes vestiu a camisa número 1, acumulando 274 partidas oficiais. Entre seus feitos, está a sequência de 155 jogos consecutivos como titular, sem afastamentos por lesão, suspensão ou opção técnica — marca que o consagrou como um dos atletas mais regulares do país.

A aposentadoria veio em 2007, no Vitória, onde conquistou o Campeonato Baiano e participou do acesso à Série B. Ao longo da carreira, também recebeu prêmios individuais, como a Bola de Prata da Revista Placar, em 2001.

Desafios fora das quatro linhas

O programa também deve abordar episódios difíceis da trajetória de Ferretti. Ainda nos anos 1990, quando atuava pelo Grêmio, o goleiro sofreu uma grave lesão que o afastou por quase dois anos. Durante esse período, passou a frequentar espaços ligados ao público LGBT, o que gerou comentários nos bastidores do futebol e expôs a hostilidade de um meio marcado pela homofobia estrutural.

Esse histórico, somado à sua vivência atual como dirigente, reforça a importância de seu depoimento na televisão aberta: mais do que falar de futebol, Emerson compartilha uma história de resistência.

Do campo à gestão

Depois de pendurar as luvas, Emerson seguiu no esporte como dirigente. Entre 2012 e 2017, presidiu o Esporte Clube Ypiranga, de Salvador. Já em 2024, assumiu a presidência do Esporte Clube Bahia, com mandato até 2026. À frente do clube, defende não apenas conquistas dentro de campo, mas também valores de diversidade, respeito e representatividade.

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