
A reta final da Série C do Campeonato Brasileiro 2025 reserva fortes emoções, e um dos confrontos mais aguardados acontece neste sábado, 4 de outubro, às 17h (de Brasília). No Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, o Guarani recebe o Náutico pela quinta e penúltima rodada do quadrangular final. O jogo é encarado como uma verdadeira decisão, já que os dois clubes brigam diretamente por uma das duas vagas de acesso à Série B da próxima temporada.
Onde assistir?
A partida entre Guarani e Náutico terá ampla cobertura para os torcedores. O duelo será transmitido ao vivo em sinal aberto pela Band, garantindo acesso gratuito em todo o país, e também estará disponível nas plataformas digitais, com opções de streaming e pay-per-view pelo DAZN e pelo SportyNet+, permitindo que os fãs acompanhem cada lance de onde estiverem.
Guarani confia no fator casa
O Guarani, comandado por Matheus Costa, chega para o duelo na segunda posição do grupo, com seis pontos conquistados. A equipe depende apenas de si para conquistar o acesso e, em caso de vitória, pode até carimbar a vaga antecipada, desde que o Brusque, concorrente direto, tropece diante da Ponte Preta. Apesar de ter sofrido uma derrota dolorosa na última rodada justamente para o Brusque, o Bugre aposta na força do seu estádio e no apoio da torcida como trunfos para superar o Timbu.
O clima em Campinas é de final. Nos últimos compromissos no Brinco, a torcida mostrou sua força: mais de 12 mil pessoas estiveram presentes contra o Confiança, e no dérbi 211 diante da Ponte Preta, foram quase 20 mil bugrinos empurrando o time. A expectativa da diretoria é de mais uma grande festa nas arquibancadas, com mosaicos, bandeirões e um ambiente de pressão para o adversário.
Náutico vivo e confiante
O Náutico, por sua vez, chega a Campinas motivado pela chance real de conquistar o acesso mesmo após um início irregular nesta fase final. Com quatro pontos, o Timbu ocupa a terceira colocação, mas depende apenas de si: uma vitória sobre o Guarani faria a equipe ultrapassar o rival direto e assumir a vice-liderança do grupo.
Sob o comando de Hélio dos Anjos, um técnico identificado e que conhece bem os momentos de pressão, o time pernambucano aposta em sua força como visitante. O Náutico já mostrou em outras oportunidades nesta Série C que pode se impor fora de casa, e a experiência de jogadores como Bruno Mezenga é considerada fundamental para segurar a pressão em Campinas.
Escalações e novidades
O Guarani terá mudanças obrigatórias. O artilheiro Bruno Santos, peça-chave do ataque, está suspenso, abrindo espaço para Júnior Brandão, que deve ganhar a primeira chance como titular no quadrangular. Além disso, a comissão técnica ainda avalia qual esquema utilizar: uma formação ofensiva, com três atacantes e Kauã Jesus no time, ou uma postura mais equilibrada, com a entrada de David Braz na defesa. Uma boa notícia é o retorno possível de Cicinho, recuperado de lesão muscular após três semanas afastado.
No Náutico, os problemas continuam sendo as ausências de Patrick Allan e Vinícius, ambos lesionados. Por outro lado, os zagueiros Mateus Silva e Carlinhos estão novamente à disposição. A expectativa é de que Carlinhos forme dupla com João Maistro, mantendo a base que empatou com a Ponte Preta na rodada anterior. Na frente, o trio formado por Hélio Borges, Igor Bolt e Bruno Mezenga será a principal aposta ofensiva.
Rivalidade e peso histórico
Embora não seja um clássico regional, Guarani e Náutico carregam histórias ricas no futebol brasileiro e o encontro em Campinas ganha contornos de grande rivalidade pelo peso do acesso em jogo. O Bugre, campeão brasileiro de 1978 e dono de uma torcida apaixonada, busca retomar o protagonismo nacional após anos de altos e baixos. Já o Timbu, tricampeão nordestino e tradicional força de Pernambuco, tenta recuperar o espaço perdido e encerrar um ciclo de instabilidade.
A última vez que o Guarani disputou a Série B foi em 2022, enquanto o Náutico caiu em 2023 e ainda não conseguiu se reerguer. Para ambas as equipes, subir de divisão não é apenas uma meta esportiva, mas também uma necessidade financeira e institucional.





