Nesta quinta-feira, 9 de outubro, a Sessão da Tarde da TV Globo promete encantar o público com “Espelho, Espelho Meu”, uma releitura divertida e colorida do clássico conto de fadas Branca de Neve. Lançado em 2012 nos cinemas americanos, o filme combina fantasia, aventura e comédia, oferecendo uma narrativa leve, criativa e visualmente deslumbrante. Com direção de Tarsem Singh e roteiro assinado por Jason Keller e Melissa Wallack, a produção consegue renovar uma história conhecida, trazendo humor, emoção e reflexão sobre temas universais como poder, vaidade e justiça social.
O longa é protagonizado por Julia Roberts, no papel da rainha Clementianna, e Lily Collins, que interpreta Branca de Neve. O elenco ainda conta com nomes como Armie Hammer, Nathan Lane, Sean Bean e Mare Winningham, garantindo performances memoráveis que equilibram drama, humor e encanto. A obra conquistou reconhecimento internacional, incluindo uma indicação ao Oscar de Melhor Figurino, destacando-se pelo cuidado estético e pela riqueza visual que caracteriza cada cenário e traje do filme.
Um reino em crise e a coragem de Branca de Neve
A trama começa com um cenário sombrio e delicado: após a morte do rei, sua esposa assume o controle do reino e rapidamente revela sua obsessão por luxo e aparência. A rainha Clementianna é vaidosa e autoritária, aumentando impostos e acumulando riquezas enquanto o povo sofre com fome e miséria. Para manter seu estilo de vida, ela ainda mantém a enteada Branca de Neve confinada em seu quarto, impedindo que a jovem conheça o mundo além das muralhas do castelo.
Quando Branca de Neve completa 18 anos, decide finalmente explorar o reino por conta própria. A experiência transforma completamente sua percepção da realidade: ao testemunhar a situação do povo, a princesa se sente motivada a agir e planeja derrubar a tirania da rainha. Essa decisão marca o início de sua jornada de coragem, autoconhecimento e empatia, tornando-se um modelo de protagonismo feminino ativo e inspirador.
Diferente de adaptações anteriores, o filme dá a Branca de Neve um papel de heroína engajada e consciente, que não espera ser resgatada, mas assume o controle de seu próprio destino e luta pelo bem coletivo. É uma mensagem poderosa para o público jovem e adulto, mostrando que coragem e senso de justiça são atitudes que podem transformar realidades.
Elenco talentoso e personagens cativantes
O sucesso do filme está diretamente ligado à química e ao talento do elenco. Julia Roberts brilha como a rainha Clementianna, trazendo complexidade e nuances à personagem. Ela não é apenas uma vilã caricata; é insegura, vaidosa e humana, características que tornam seu comportamento compreensível e, ao mesmo tempo, divertido. O diretor Tarsem Singh descreveu sua rainha como alguém cuja verdadeira feiura só é revelada no final, reforçando o conceito de que a aparência não define caráter.
Lily Collins, como Branca de Neve, apresenta uma interpretação doce, corajosa e autêntica, que conquista o público desde os primeiros minutos. Sua evolução de jovem ingênua para líder determinada é o ponto central da narrativa, inspirando reflexão sobre responsabilidade, empatia e justiça.
Armie Hammer, no papel do Príncipe Andrew Alcott, adiciona charme e leveza à história, equilibrando o drama com momentos de romance e humor. Nathan Lane, interpretando Brighton, proporciona alívio cômico e dinamismo, tornando a aventura mais leve e divertida. Além deles, Sean Bean como o Rei, Mare Winningham como Margaret Baker e outros membros do elenco dão profundidade e riqueza ao universo do reino, transformando cada cena em uma experiência memorável.
Produção e bastidores: um visual de conto de fadas
A produção de “Espelho, Espelho Meu” é marcada pelo cuidado com detalhes, figurinos e cenários. As filmagens começaram em 20 de junho de 2011, em Montreal, Quebec, sob o título provisório Projeto Branca de Neve. Inicialmente, o filme enfrentou alguns atrasos, mas foi oficialmente lançado em 30 de março de 2012, com um resultado que impressionou público e crítica.
O orçamento da produção girou em torno de 85 a 100 milhões de dólares, refletindo o investimento em cenários grandiosos, figurinos elaborados e efeitos visuais caprichados. Cada traje, do luxo exagerado da rainha ao figurino mais simples de Branca de Neve, foi pensado para reforçar a personalidade e a trajetória dos personagens. A atenção aos detalhes ajudou a criar um universo mágico que atraiu a atenção de adultos e crianças, reforçando o caráter de conto de fadas moderno do longa.
A escolha do elenco também envolveu reflexões cuidadosas. Julia Roberts foi a primeira escolhida, devido à sua capacidade de combinar charme, carisma e humanidade, essenciais para a rainha. Para o papel de Branca de Neve, considerou-se inicialmente Saoirse Ronan e depois Felicity Jones, mas as decisões de idade e química com Armie Hammer levaram à escalação de Lily Collins, que se mostrou perfeita para o papel.
Humor, aventura e crítica social
O grande diferencial de “Espelho, Espelho Meu” está na mistura de comédia e aventura, elementos que tornam a narrativa leve e envolvente. O filme consegue explorar situações de humor sem minimizar a seriedade da história, equilibrando entretenimento e reflexão. Ao mesmo tempo, a obra aborda críticas sutis à vaidade, ao abuso de poder e à desigualdade social, permitindo que o público reflita sobre valores importantes de maneira acessível e divertida.
A rainha Clementianna, por exemplo, é caricata em sua obsessão por beleza e riqueza, mas o filme mostra que sua maldade não é absoluta: suas ações são motivadas por insegurança e medo de perder status. Já Branca de Neve representa coragem, empatia e justiça, simbolizando a possibilidade de transformação diante de adversidades.
Esse equilíbrio entre humor, drama e crítica social torna o filme único, oferecendo uma experiência de entretenimento completa que agrada a todas as idades.
Desempenho nas bilheterias
Quando estreou nos cinemas americanos, Espelho, Espelho Meu rapidamente conquistou público e crítica. Na estreia, arrecadou 5,8 milhões de dólares, ficando em terceiro lugar na bilheteria, atrás apenas de Jogos Vorazes e Fúria de Titãs. Na primeira semana, faturou 18,1 milhões de dólares, mantendo a terceira posição.
Durante seu tempo em cartaz, o filme arrecadou 64,9 milhões de dólares na América do Norte e 97,9 milhões de dólares internacionalmente, totalizando 162,8 milhões de dólares mundialmente. O sucesso financeiro, aliado à recepção positiva por figurinos, direção e performances, consolidou “Espelho, Espelho Meu” como uma das adaptações mais bem-sucedidas do conto de Branca de Neve na década passada.
Onde assistir além da Sessão da Tarde
Para quem não conseguir assistir à exibição na TV Globo, “Espelho, Espelho Meu” está disponível em diversas plataformas de streaming. Globoplay, mediante assinatura, oferece o filme completo, permitindo que o público reveja a aventura sempre que quiser. O Telecine também disponibiliza a obra para assinantes, garantindo flexibilidade e comodidade. Essa acessibilidade reforça a popularidade do longa e permite que novas gerações de espectadores descubram a história de Branca de Neve de forma divertida e moderna.
Curiosidades que tornam o filme especial
Escolha do figurino: Cada traje foi meticulosamente criado para refletir a personalidade dos personagens. A rainha Clementianna, por exemplo, usa roupas exageradas e coloridas, simbolizando seu desejo de destaque e poder.
A rainha não é só malvada: Tarsem Singh enfatizou que a rainha é insegura, não completamente malvada. Sua verdadeira feiura, revelada apenas no final, reforça a mensagem de que caráter e aparência não são a mesma coisa.
Mudanças no elenco: Originalmente, a Branca de Neve seria interpretada por Saoirse Ronan ou Felicity Jones, mas questões de idade e química com o príncipe levaram à escolha de Lily Collins, que trouxe juventude e autenticidade ao papel.
Investimento visual: O orçamento, que variou entre 85 e 100 milhões de dólares, foi direcionado para criar um universo encantador, com cenários grandiosos, efeitos visuais detalhados e figurinos ricos, reforçando a estética de conto de fadas moderno.
Combinação de gêneros: O filme mistura comédia, aventura e drama, tornando a narrativa leve e acessível, mas ao mesmo tempo significativa e reflexiva, abordando temas como injustiça social e empoderamento feminino.
