Pocah e Viviane Batidão se unem no Conversa com Bial desta terça (28) em noite de emoção e empoderamento feminino

0

Na noite desta terça-feira, 28 de outubro, o palco do Conversa com Bial se tornou um verdadeiro encontro de gerações, ritmos e histórias inspiradoras da música popular brasileira. As convidadas foram Pocah e Viviane Batidão, duas artistas que representam, cada uma a seu modo, a força da mulher na música e a diversidade cultural do país. O programa marcou o lançamento da parceria inédita “Mulher Gostosa”, apresentada pela primeira vez ao público com performance exclusiva.

Durante a conversa com Pedro Bial, as duas cantoras abriram o coração, compartilharam momentos marcantes de suas trajetórias e mostraram como suas origens moldaram o olhar que têm sobre arte, identidade e sucesso. A união entre o funk carioca de Pocah e o tecno melody paraense de Viviane Batidão simboliza a fusão entre dois mundos — o urbano e o amazônico — e reflete o novo cenário da música popular brasileira, cada vez mais plural e sem fronteiras.

O nascimento de uma parceria potente

A parceria entre Pocah e Viviane nasceu de forma espontânea e repleta de sintonia. Durante o programa, Viviane revelou que foi ela quem deu o primeiro passo para a colaboração. “Procurei a Pocah e mandei a música já pronta, com voz e tudo. Queria que ela sentisse a energia”, contou. Segundo a cantora, a resposta veio quase que imediatamente: “Ela ouviu e disse na hora: ‘Vivi, eu topo!’”.

Pocah confirmou a empolgação ao ouvir a faixa pela primeira vez. “Me arrepiei quando escutei. Senti que era uma daquelas músicas que nascem pra empoderar, pra levantar a autoestima. Tem o ritmo do Pará e a malemolência do Rio. Era impossível não dizer sim.”

“Mulher Gostosa”, o single apresentado no programa, une as batidas eletrônicas do tecno melody à pegada dançante e provocante do funk carioca. O resultado é um som contagiante que celebra a sensualidade, o orgulho de ser mulher e o direito de se expressar sem medo.

Pocah: da Baixada Fluminense ao estrelato nacional

Nascida Viviane de Queiroz Pereira, em Queimados (RJ), Pocah cresceu em uma família humilde da Baixada Fluminense. Filha de Marines de Queiroz, empregada doméstica e babá, e de Leonardo Pereira, comerciante, ela enfrentou os desafios da periferia com determinação e talento. Seu apelido artístico surgiu ainda na adolescência, quando amigos notaram sua semelhança com a personagem indígena Pocahontas, da animação da Disney.

Em um dos momentos mais emocionantes da entrevista, Pocah relembrou a influência que a atriz Vera Fischer teve em sua vida. “Minha mãe trabalhou na casa da Vera e digo que ela foi uma fada madrinha. Foi ali que vi o que era ser artista, e pensei: ‘Um dia, quero estar nesse lugar também’.”

O sonho se tornou realidade em 2012, quando lançou seu primeiro sucesso, “Mulher do Poder”, que rapidamente se tornou um hit nas plataformas digitais, ultrapassando 11 milhões de visualizações no YouTube. Desde então, Pocah se consolidou como uma das principais representantes do funk nacional, levando o gênero a novos públicos e explorando fusões com o pop, o R&B e o piseiro.

Reinvenção e amadurecimento após o BBB

A cantora também refletiu sobre o processo de reinvenção que viveu antes de entrar no “Big Brother Brasil 21”, quando decidiu abandonar o nome artístico “MC Pocahontas” e adotar apenas “Pocah”. “Antes de entrar fiz um rebranding. Queria mostrar uma nova fase, mais madura, com outra visão de mim mesma e da minha carreira. Tudo foi planejado. Queria ganhar, claro, mas meu sonho mesmo era chegar no top cinco.”

A passagem pelo reality trouxe novos fãs, abriu portas para colaborações com artistas de diferentes estilos e consolidou sua imagem como uma mulher empoderada e consciente do próprio valor. Atualmente, Pocah prepara o lançamento de um novo EP, que mistura funk, pop, piseiro e pagodão baiano, reafirmando sua versatilidade artística.

Viviane Batidão: a força do Norte no palco nacional

De Santa Izabel do Pará para o Brasil, Viviane Batidão é sinônimo de autenticidade, carisma e representatividade. Nascida Antônia Viviane Mendes de Oliveira, a artista é reconhecida como a “Rainha do Tecnomelody”, um dos ritmos mais vibrantes e dançantes da Amazônia. Sua carreira começou em 2007, quando ainda cantava em bandas locais.

Em tom de nostalgia, ela contou como nasceu o nome artístico que a consagrou: “Os DJs das aparelhagens começaram a gritar ‘toca o Batidão da Viviane!’, e o nome pegou. A partir daí, o público começou a me chamar de Viviane Batidão, e ficou pra sempre.”

Viviane é hoje uma das principais representantes do pop amazônico, levando para o país um som que mistura romantismo, energia e alegria. Seus figurinos exuberantes e coreografias contagiantes se tornaram marca registrada, e o sucesso nacional foi consolidado com a vitória no Prêmio Multishow 2024.

Emoção e resiliência: uma história marcada pelo amor da avó

Durante a conversa, Viviane emocionou o público ao contar sobre sua infância e a criação pela avó. “Minha mãe era empregada doméstica e só podia me ver nos fins de semana. Um dia, quando eu tinha nove anos, ela desapareceu, e até hoje não sei o que aconteceu. Minha avó cuidou de mim e do meu irmão. Ela é a minha maior inspiração.”

A cantora reconhece que foi essa base familiar que a manteve firme diante das dificuldades. “O amor da minha avó me salvou. Ela acreditava em mim mesmo quando ninguém acreditava. Tudo o que conquistei é pra honrar o nome dela.”

Hoje, Viviane comemora o reconhecimento nacional e o convite para participar de grandes eventos. Recentemente, foi chamada para cantar no show de Anitta, em São Luís (MA), e nomeada embaixadora da COP30, conferência mundial sobre o clima que será sediada em Belém, em 2025. “Representar a Amazônia num evento global é uma honra. Quero mostrar que nossa região tem voz, tem ritmo e tem talento.”

Um encontro de ritmos, origens e propósitos

O “Conversa com Bial” proporcionou mais do que uma entrevista: foi um retrato da nova música brasileira. O diálogo entre Pocah e Viviane Batidão representa o encontro entre o Sudeste e o Norte, o funk e o tecno melody, o popular e o regional — mostrando que não há fronteiras quando o assunto é autenticidade.

Pedro Bial destacou o simbolismo do momento: “Vocês representam o que há de mais bonito na nossa cultura — a capacidade de unir o que é local e o que é universal, o que é raiz e o que é futuro.”

Mais do que artistas, Pocah e Viviane se afirmam como símbolos de resistência e empoderamento. Ambas transformaram histórias de superação em trajetórias de sucesso, inspirando mulheres de diferentes origens a acreditarem em seus sonhos.

“Mulher Gostosa”: o hino da autoestima feminina

A música apresentada no programa, “Mulher Gostosa”, é mais do que uma faixa dançante — é um manifesto de autoconfiança e liberdade. Com batidas eletrônicas e versos provocantes, a canção celebra o corpo feminino sem amarras e sem culpa.

Pocah resume a mensagem da parceria: “A mulher gostosa é a que se ama, se respeita e se permite. É sobre confiança, sobre se sentir bem do jeito que é.”

Viviane complementa: “A gente quis fazer uma música pra todas as mulheres se sentirem poderosas, sejam elas do Pará, do Rio ou de qualquer canto do Brasil. Toda mulher é gostosa quando é dona de si.”

COMENTE

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui