A Mulher Rei é o destaque da Tela Quente desta segunda (3): Viola Davis lidera épico de coragem e resistência

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, a Globo exibe na Tela Quente o filme A Mulher Rei, uma poderosa e inspiradora superprodução estrelada pela premiada Viola Davis. Lançado originalmente em 2022, o longa transporta o espectador para o início do século XIX, na África Ocidental, onde um exército de mulheres guerreiras se ergue para defender o seu povo contra invasores estrangeiros e o horror do tráfico de escravos.

Dirigido por Gina Prince-Bythewood, a mesma cineasta responsável por The Old Guard, o filme se inspira em eventos reais e conta a trajetória das Agojie, o lendário exército de mulheres do Reino de Daomé (atual Benim). À frente desse grupo está Nanisca (Viola Davis), uma general temida e respeitada que treina uma nova geração de guerreiras para enfrentar o poderoso Império de Oió e seus aliados europeus — forças que sustentam o comércio de escravos.

Entre as jovens recrutas está Nawi (Thuso Mbedu), uma moça determinada e rebelde que busca um propósito maior em meio à guerra e ao domínio masculino. A relação entre Nanisca e Nawi se torna o centro emocional da trama, revelando laços de afeto, dor e esperança. É através delas que o filme fala sobre o preço da liberdade, a força da coletividade e o poder transformador do amor e da lealdade.

Elenco de peso e atuações marcantes

Um dos grandes trunfos de “A Mulher Rei” é o elenco. Além de Viola Davis, vencedora do Oscar e referência em representatividade no cinema, o filme conta com John Boyega (Star Wars), Lashana Lynch (007: Sem Tempo para Morrer), Thuso Mbedu (The Underground Railroad) e Sheila Atim. Juntas, essas artistas formam um elenco poderoso, movido pela entrega e pela verdade em cena.

O treinamento físico foi intenso: as atrizes passaram meses praticando artes marciais e técnicas de combate para que as lutas ganhassem realismo. O resultado é impressionante — cada movimento, cada olhar e cada ferimento transmite a sensação de que estamos diante de guerreiras reais. Viola Davis chegou a dizer que esse foi “o papel mais desafiador e libertador” de sua carreira, um marco de representação para mulheres negras em grandes produções.

Um épico visual e emocional

Com um orçamento de cerca de 50 milhões de dólares, o filme se destaca por sua grandiosidade visual. As paisagens africanas, filmadas em tons quentes e vibrantes, criam uma atmosfera que mistura beleza e brutalidade. As batalhas são meticulosamente coreografadas, com câmeras que capturam tanto o impacto físico quanto o emocional de cada confronto.

Mas o filme vai além da estética. Em seu núcleo, há uma história profundamente humana sobre pertencimento, fé e resistência. A trilha sonora, assinada por Terence Blanchard, combina ritmos africanos e arranjos orquestrais, conduzindo o público por uma jornada sensorial em que cada batida de tambor ecoa como o coração de um povo.

Reconhecimento e impacto cultural

Desde sua estreia no Festival de Toronto, em setembro de 2022, o longa-metragem conquistou a crítica e o público. Viola Davis recebeu aclamação unânime por sua interpretação intensa e multifacetada, que equilibra força e vulnerabilidade. A direção de Gina Prince-Bythewood também foi amplamente elogiada por dar protagonismo a mulheres negras em um gênero tradicionalmente dominado por heróis masculinos.

Alguns historiadores questionaram as liberdades criativas do roteiro — principalmente quanto ao papel do Reino de Daomé no comércio de escravos —, mas o consenso geral é de que o filme cumpre sua missão maior: inspirar, dar visibilidade e reafirmar o poder das narrativas africanas contadas sob uma nova perspectiva.

Bilheteria, legado e relevância

Com uma arrecadação global de 97,2 milhões de dólares, o longa foi considerado um sucesso de público e crítica, especialmente por se tratar de um drama histórico original, sem ligação com franquias. Mais do que os números, o impacto de “A Mulher Rei” se mediu pela representatividade que levou às telas e pelo modo como reacendeu o interesse por histórias protagonizadas por mulheres fortes, independentes e culturalmente diversas.

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