
Tem filme que envelhece. E tem As Branquelas. Nesta terça-feira, 11 de novembro, a Sessão da Tarde traz de volta uma das comédias mais queridas (e mais citadas) do cinema. Lançado em 2004, o longa dirigido por Keenen Ivory Wayans virou sinônimo de humor escrachado, transformações absurdas e cenas que continuam rendendo memes até hoje.
O disfarce mais improvável (e mais hilário) do FBI
De acordo com a sinopse do AdoroCinama, a história começa com os irmãos Kevin e Marcus, dois agentes do FBI que têm um talento especial pra transformar qualquer missão em caos. Depois de uma operação que dá totalmente errado, eles ganham uma nova chance: escoltar duas patricinhas ricas e mimadas, Brittany e Tiffany Wilson, até um evento de moda chiquérrimo nos Hamptons. Tudo parece tranquilo… até que um acidente de carro e uns arranhões no rosto fazem as moças se recusarem a aparecer em público. E é aí que Kevin tem a ideia mais maluca possível: por que não se passar pelas irmãs?
Com a ajuda de um maquiador de confiança e uma quantidade absurda de peruca loira e base de outro tom, nasce a dupla mais icônica do cinema: duas “branquelas” que parecem saídas direto de um pesadelo da moda. Disfarçados, Kevin e Marcus se jogam no mundo das socialites, com direito a festas, desfiles e rivalidades tóxicas. Só que a missão deles, que era pra ser discreta, vira uma comédia de erros — e de micos — quando o jogador de basquete Latrell se apaixona perdidamente por “Tiffany”. Daí pra frente, é só ladeira abaixo (no melhor sentido possível).
O filme é uma montanha-russa de momentos lendários: a cena da boate, o desfile final e, claro, o clássico “A Thousand Miles” tocando enquanto Marcus “interpreta” Tiffany no carro. É o tipo de humor que não tem vergonha de ser bobo — e talvez por isso funcione tão bem. “As Branquelas” brinca com tudo: com o mundo das aparências, com o exagero das elites, com o racismo, com a futilidade. É uma grande zoeira sobre como a sociedade pode ser ridiculamente obcecada com status e beleza.
Humor sem freio e cenas eternas
O humor de As Branquelas é o tipo que não pede licença — e é exatamente por isso que funciona. Piadas exageradas, críticas à elite mimada e situações absurdas transformaram o filme num verdadeiro fenômeno cultural. Quem nunca riu com a clássica cena de “A Thousand Miles”, ou com a batalha de dança mais aleatória e divertida dos anos 2000?
Mesmo sem o amor da crítica, o público abraçou o filme. Com orçamento de US$ 37 milhões, ele faturou mais de US$ 113 milhões no mundo todo. E, no Brasil, virou praticamente um ritual: toda vez que a Globo anuncia As Branquelas, o Twitter (ou o X, se preferir) enlouquece de novo.
Elenco e bastidores
O elenco conta com Shawn Wayans (Dupla do Barulho, Todo Mundo em Pânico e O Pequenino) e Marlon Wayans (Inatividade Paranormal, Him e Marlon) — irmãos também na vida real — liderando o show de disfarces. A direção é do terceiro irmão, Keenen Ivory Wayans, que também coescreveu o roteiro. Completam o time Frankie Faison, John Heard, Jaime King, Lochlyn Munro, Maitland Ward e Anne Dudek. Produzido pela Columbia Pictures, o filme foi lançado nos Estados Unidos em junho de 2004 e rapidamente se tornou um sucesso de bilheteria e um símbolo do humor sem limites daquela época.
Por que assistir de novo?
As Branquelas é aquele tipo de comédia que não precisa de explicação: é puro entretenimento. Entre uma dancinha no shopping e uma briga de salão, o filme brinca com estereótipos, moda, celebridades e as loucuras do mundo das aparências — tudo com o jeito escrachado e carismático dos irmãos Wayans. Seja pela nostalgia ou pelas risadas garantidas, vale (re)ver. E se você já decorou todas as falas, melhor ainda: hoje é dia de rir sabendo exatamente o que vem a seguir.





