
O universo de Alice no País das Maravilhas está prestes a ganhar uma nova roupagem — e, dessa vez, com muito ritmo e brilho pop. Foi revelado nesta terça-feira (11) que a cantora e atriz Sabrina Carpenter vai estrelar uma nova adaptação cinematográfica da clássica história de Lewis Carroll. O longa, que será produzido pela Universal Pictures, promete ser um musical, misturando fantasia, imaginação e as batidas modernas que se tornaram marca registrada de Carpenter. As informações são do Omelete.
A direção e o roteiro ficam nas mãos de Lorene Scafaria, cineasta conhecida por seu olhar sensível e autoral em filmes como Hustlers: O Golpe Perfeito e Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo. Além de protagonista, Sabrina também assina como produtora, reforçando sua nova fase de ascensão criativa em Hollywood. Fontes próximas à produção revelaram que a Universal se aproximou da cantora em 2024, quando o projeto ainda era apenas uma ideia. À medida que o conceito foi evoluindo, Scafaria assumiu a direção e o roteiro, consolidando a visão de um filme que promete equilibrar o espírito original de Alice com o frescor de uma nova geração.
Sabrina Carpenter: da música para o País das Maravilhas
A escolha de Sabrina Carpenter não poderia ser mais simbólica. A artista vive um dos momentos mais importantes de sua carreira: após o sucesso estrondoso de hits como Espresso e Feather, ela se tornou um fenômeno global do pop. Além do sucesso musical, Sabrina já mostrou talento nas telas — participou de produções como Work It: Quase Pronta e da série Girl Meets World — e vem sendo cada vez mais reconhecida por sua presença magnética e autenticidade.
Agora, ao assumir o papel de Alice, Carpenter ganha a chance de unir suas duas paixões: atuação e música. E tudo indica que o resultado será uma experiência visual e sonora única, com coreografias exuberantes, figurinos surreais e canções originais que devem capturar a essência de um dos universos mais amados da literatura.
Em tempos em que Hollywood revisita constantemente os clássicos, a promessa de uma Alice moderna, cantada e dançada, soa como um convite irresistível para o público jovem e nostálgico ao mesmo tempo.
Um clássico que nunca envelhece
Publicado originalmente em 4 de julho de 1865, As Aventuras de Alice no País das Maravilhas é uma das obras mais emblemáticas da literatura mundial. Escrito por Charles Lutwidge Dodgson — sob o pseudônimo de Lewis Carroll —, o livro ultrapassou séculos e fronteiras ao misturar humor, lógica absurda e metáforas que encantam tanto crianças quanto adultos.
A história acompanha Alice, uma menina curiosa que, ao seguir um coelho apressado, cai em uma toca e é transportada para um mundo completamente fora das regras. Lá, encontra personagens icônicos como o Chapeleiro Maluco, o Gato de Cheshire, a Rainha de Copas e a Lagunha Dorminhoca. Cada um representa uma peça do quebra-cabeça filosófico que Carroll construiu — um retrato cômico e caótico da própria sociedade vitoriana.
O livro é, na verdade, duas histórias em uma só: um conto de fantasia para crianças e uma crítica sutil (e brilhante) para adultos. A narrativa é repleta de enigmas, trocadilhos e paródias, brincando com a lógica e com as convenções literárias da época. E talvez seja exatamente por isso que Alice nunca perdeu relevância — porque fala de confusão, curiosidade e identidade, temas que permanecem universais.
De um passeio de barco ao mito literário
O nascimento de Alice no País das Maravilhas é quase tão encantador quanto sua história. Em 4 de julho de 1862, Dodgson — então um tímido professor de matemática de Oxford — saiu para um passeio de barco pelo rio Tâmisa na companhia de um amigo e das três irmãs Liddell: Lorina, Edith e Alice Liddell, a menina que inspiraria o nome da protagonista.
Durante o trajeto, para entreter as crianças, ele começou a contar uma história improvisada sobre uma garota que caía em uma toca de coelho e vivia aventuras em um mundo bizarro. Alice ficou tão encantada que pediu que ele escrevesse tudo. Assim nasceu Alice’s Adventures Under Ground, o manuscrito original que, anos depois, seria expandido e publicado como Alice’s Adventures in Wonderland.
O livro, ilustrado por John Tenniel, foi lançado em 1865 — e, mesmo após uma primeira edição retirada das prateleiras por problemas de impressão, tornou-se um sucesso absoluto. A rainha Vitória leu. Oscar Wilde adorou. E, mais de 150 anos depois, a obra segue sendo adaptada, reinterpretada e reinventada nos mais variados formatos.





