Foto: Reprodução/ Internet

Nesta quarta-feira, 19 de novembro, a Sessão da Tarde traz à tela da TV Globo o encantador filme francês “O Príncipe Esquecido“, uma comédia de aventura que mistura emoção, humor e fantasia de maneira delicada. Co-escrita e dirigida por Michel Hazanavicius, conhecido por O Artista, a produção oferece uma história universal sobre amor, imaginação e os desafios da paternidade.

De acordo com informações do AdoroCinema, o longa acompanha Djibi (Omar Sy), um pai solteiro cujo mundo gira inteiramente em torno da filha, Sofia (Sarah Gaye). Desde que ela era pequena, Djibi transformava todas as noites em momentos mágicos, contando histórias fantasiosas antes de dormir. Nessas narrativas, ele se tornava o Príncipe Encantado, enfrentando vilões e aventuras para proteger a princesa – sua própria filha. Mais do que contos de fada, essas histórias representavam uma forma de conexão profunda entre pai e filha, uma rotina carregada de afeto, criatividade e cumplicidade.

Com o passar dos anos, porém, Sofia começa a crescer e a construir seu próprio mundo de fantasia. A menina se afasta gradualmente das histórias do pai, encontrando novos heróis e criando aventuras próprias, enquanto seu interesse por Djibi parece diminuir. É nesse momento que o filme toca em um tema sensível para muitas famílias: o equilíbrio entre acompanhar o crescimento dos filhos e manter-se presente na vida deles. Djibi se vê diante de um desafio emocionante – continuar sendo o herói da filha, tanto na vida real quanto no universo imaginário que antes compartilhavam.

O mundo fantástico criado por Djibi é vibrante e divertido. Nele, Sofia se vê como princesa, e seu pai como príncipe, enfrentando o terrível inimigo Pritprout. A história dentro da história funciona como uma metáfora para os obstáculos da vida real, mostrando que a imaginação infantil pode ser uma ferramenta poderosa para lidar com medos, mudanças e descobertas. Ao mesmo tempo, o filme consegue equilibrar momentos de leveza e humor com cenas de pura ternura, lembrando que a relação entre pais e filhos é construída em pequenos gestos e histórias compartilhadas.

Além de Omar Sy, o filme conta com Bérénice Bejo (O Artista, O Passado) como Clotilde, a nova vizinha que ajuda Djibi a reconquistar a atenção da filha. A presença de Clotilde adiciona uma pitada de romance e cumplicidade, sem desviar do núcleo principal da história, que é o vínculo entre pai e filha. O elenco ainda conta com François Damiens e outros atores franceses talentosos, que contribuem para criar uma atmosfera acolhedora e envolvente, capaz de agradar tanto crianças quanto adultos.

O lançamento do filme na França, em 12 de fevereiro de 2020, contou com 698 cinemas, registrando 46.426 espectadores no primeiro dia. Durante as pré-estreias, o público aumentou em 75.897 ingressos, e o fim de semana de estreia totalizou 345.750 espectadores. Embora o número tenha caído nas semanas seguintes, a história conquistou um público fiel que se encantou com sua sensibilidade e humor delicado, refletindo a universalidade de seus temas.

Mais do que números, o que torna “O Príncipe Esquecido” especial é a sua capacidade de tocar o coração de quem assiste. Para pais, o filme provoca reflexões sobre como estar presente de maneira significativa na vida dos filhos, mesmo quando eles começam a trilhar seus próprios caminhos. Para crianças, é um convite a acreditar na magia, na criatividade e na coragem de enfrentar desafios, seja no mundo real ou nas histórias que inventam. A interpretação de Omar Sy, com seu carisma e sensibilidade, torna Djibi um protagonista encantador e próximo da realidade, capaz de emocionar sem apelar para o sentimentalismo exagerado.

A direção de Michel Hazanavicius reforça a magia da narrativa. Com experiência em filmes que misturam humor, emoção e estética cuidadosa, ele consegue conduzir a história de forma leve, mas tocante, explorando a transição de Sofia da infância para a adolescência com sutileza. A produção utiliza elementos visuais encantadores para diferenciar o mundo real do imaginário, sem exageros, tornando a fantasia crível e envolvente. A trilha sonora complementa a experiência, trazendo suavidade e encanto para as cenas mais emocionantes e aventuras que capturam a atenção do público.

O filme também reflete sobre a importância da adaptabilidade e da presença afetiva. Djibi aprende que ser herói de alguém nem sempre significa salvar o dia com grandes gestos ou histórias fantásticas. Muitas vezes, ser herói é estar junto, ouvir, compreender e se reinventar para continuar fazendo parte da vida de quem amamos. Esse aspecto torna o longa mais do que entretenimento; ele se torna uma lição sutil e necessária sobre família, afeto e crescimento.

Esdras Ribeiro
Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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