
Depois de muita expectativa, Traição Entre Amigas finalmente ganhou sua nova data oficial de lançamento: o filme chega aos cinemas no dia 11 de dezembro, marcando o retorno de Bruno Barreto (Flores Raras, Dona Flor e Seus Dois Maridos) à direção de uma história sobre afeto, imperfeições e o limite entre lealdade e perda. O longa estava programado para estrear mais cedo, mas o novo calendário coloca a produção como um dos últimos lançamentos nacionais do ano — e promete encerrar 2025 com uma narrativa intensa e profundamente humana.
A mudança de data vem acompanhada de um burburinho crescente porque o filme funciona como um divisor de águas para suas duas protagonistas: Larissa Manoela (Além da Ilusão, Modo Avião, Carrossel) e Giovanna Rispoli (Cinderela Pop, Totalmente Demais, Das Tripas Coração) vivem aqui os papéis mais desafiadores e emocionalmente complexos de suas carreiras. Elas interpretam Penélope e Luiza, melhores amigas que passam anos construindo uma relação quase familiar — até que uma traição inesperada abala tudo o que parecia inabalável.
O filme é baseado no primeiro livro de Thalita Rebouças (Fala Sério, Mãe!, É Fada!, Tudo por um Pop Star), escrito antes de ela se tornar um fenômeno teen. É um texto que carrega nuances adultas, dores reais e situações que fogem do conforto. A própria autora divide o roteiro com Marcelo Saback (De Pernas pro Ar, Minha Mãe É Uma Peça 3, É Fada!), trazendo sua visão íntima da história para a tela enquanto Saback ajuda a equilibrar humor, intensidade emocional e conflito.
Essa adaptação chega aos cinemas pelas mãos da LC Barreto, produtora responsável por alguns dos filmes mais marcantes do nosso cinema, em parceria com a Imagem Filmes, que assina a distribuição. O conjunto reforça que Traição Entre Amigas é uma produção grande, cuidadosa e pensada para dialogar tanto com o público jovem quanto com espectadores que buscam narrativas sobre amadurecimento.
A trama começa com o encontro de Luiza e Penélope em um curso de teatro. A partir dali, as duas se tornam inseparáveis, construindo uma amizade que mistura sonhos, inseguranças e planos compartilhados. Luiza segue para a Psicologia, sempre metódica e observadora; Penélope escolhe o Jornalismo, mas vive com o coração preso ao desejo de atuar. Mesmo com personalidades opostas, elas se completam na medida certa — até que um deslize muda tudo.
Numa festa, Penélope acaba se envolvendo com o namorado de Luiza. É uma linha que se cruza rápido, daqueles erros que parecem pequenos no instante, mas carregam um peso enorme quando a verdade aparece. O filme acompanha o impacto emocional desse rompimento, explorando sentimentos como culpa, mágoa, vergonha e raiva com honestidade rara. Ao invés de transformar a história em uma vilanização simples, o roteiro mergulha na complexidade de ambas as personagens e mostra como cada uma tenta lidar com o que sobrou.
O afastamento é inevitável. Luiza decide fugir do colapso pessoal e se muda para Nova York, em busca de um recomeço e de um mundo onde não precise revisitar a dor todos os dias. Penélope fica, tentando reconstruir sua identidade e enfrentando as consequências de suas atitudes enquanto se arrisca em relacionamentos pela internet — que trazem liberdade, mas também perigos e desilusões.
Além das protagonistas, o elenco conta com André Luiz Frambach (Todas as Garotas em Mim, Malhação: Viva a Diferença, Rensga Hits!), Emanuelle Araújo (Ó Paí, Ó, Malhação: Viva a Diferença, Samantha!), e Dan Ferreira (Segundo Sol, Encantado’s, Todas as Flores), nomes que ajudam a expandir o universo emocional das personagens e dar corpo às relações ao redor delas.
A escolha de Barreto para comandar esse projeto é um dos pontos altos da produção. Com décadas de carreira e experiência tanto no drama quanto na comédia, ele costura a narrativa com delicadeza e precisão, mantendo o equilíbrio entre momentos leves e passagens mais duras. É um tipo de direção que reconhece que amizade também é um território emocional tão profundo quanto amor romântico — e às vezes, muito mais difícil de curar.





