
“A Melhor Mãe do Mundo”, novo longa da diretora Anna Muylaert, ainda nem chegou aos cinemas brasileiros, mas já conquistou um espaço importante no circuito internacional. Com estreia marcada para o dia 7 de agosto, o filme vem acumulando prêmios em festivais prestigiados e se destacando como um dos títulos mais fortes do ano. A trajetória sólida coloca a produção como um possível nome do Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2026, na categoria de Melhor Filme Internacional.
Uma história de fuga, recomeço e amor incondicional
A trama acompanha Gal, uma mulher que vive nas ruas de São Paulo com os filhos Rihanna e Benin, depois de fugir de um relacionamento abusivo. Catadora de recicláveis, Gal luta para recomeçar a vida em meio à dureza da cidade e à marginalização social. Mas sua força está no afeto: a maternidade, mesmo em meio ao caos, é o elo que sustenta sua caminhada. A atuação de Shirley Cruz é o coração do filme — potente, real e absolutamente comovente.
Elenco diverso e participações especiais marcantes
Além de Cruz, o elenco é um ponto alto da produção. Rejane Faria brilha no papel coadjuvante, ao lado de nomes como Luedji Luna, Rubens Santos e os jovens Rihanna Barbosa e Benin Ayo, que interpretam os filhos de Gal. O longa ainda conta com participações especiais surpreendentes, como Katiuscia Canoro, Lourenço Mutarelli e o rapper Dexter, que dão ainda mais autenticidade e força narrativa à obra.
Reconhecimento em Guadalajara e Recife
No 40º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (FICG), no México, A Melhor Mãe do Mundo conquistou três prêmios: Melhor Interpretação para Shirley Cruz, Melhor Roteiro para Anna Muylaert e Melhor Fotografia para Lílis Soares. Já no Cine PE, um dos principais festivais de cinema do Brasil, o filme foi a grande estrela da noite, vencendo em cinco categorias — incluindo Melhor Filme pelo Júri Oficial, Melhor Atriz (Shirley Cruz), Melhor Atriz Coadjuvante (Rejane Faria), Melhor Roteiro (Muylaert) e Melhor Montagem (Fernando Stutz).
Um filme brasileiro ganhando o mundo
A jornada do longa começou com sua estreia mundial no Festival de Berlim, e desde então ele vem ganhando espaço em importantes eventos internacionais. Na França, venceu no CinéLatino Toulouse, onde recebeu o Prêmio do Público, e no La Fiesta del Cine, em Nice. Também foi exibido no Canal+, aumentando sua visibilidade junto ao público europeu. Nos Estados Unidos, integrou a programação do San Francisco International Film Festival, reforçando sua presença global e alimentando expectativas em torno de uma possível campanha para o Oscar.
Agenda cheia antes da estreia nos cinemas
Antes da estreia oficial no Brasil, o filme ainda será exibido em dois eventos de peso. De 16 a 20 de julho, participa da Mostra Arte Caleidoscópio, e, entre 25 de julho e 2 de agosto, marca presença no Bonito CineSur. São exibições estratégicas que ajudam a manter o longa em evidência, aproximando-o de novos públicos e consolidando sua recepção crítica.
Anna Muylaert reafirma sua força no cinema nacional
Com A Melhor Mãe do Mundo, Anna Muylaert volta ao centro da discussão sobre o papel social e político do cinema brasileiro. Assim como em Que Horas Ela Volta?, ela dá protagonismo a mulheres que raramente são vistas com dignidade nas telas. Gal é sobrevivente, mãe, trabalhadora, mas, acima de tudo, é uma mulher que insiste em existir — mesmo quando o mundo insiste em apagá-la.
Nos cinemas a partir de 7 de agosto
Distribuído pela +Galeria, o longa estreia em circuito comercial no dia 7 de agosto. Se os prêmios já colocam o filme entre os destaques do ano, o que vem agora é o encontro com o público — aquele que sente, se identifica e se transforma diante de uma boa história. E A Melhor Mãe do Mundo tem tudo para ser uma das mais tocantes que o cinema brasileiro contou nos últimos tempos.
















