
Durante anos, Alita: Anjo de Combate viveu na fronteira entre sonho dos fãs e incertezas de Hollywood. Agora, porém, a aguardada continuação finalmente começa a tomar forma — e não apenas uma. James Cameron revelou que está trabalhando lado a lado com Robert Rodriguez para entregar pelo menos mais um filme, mas adiantou: o desenvolvimento de um terceiro capítulo já está em andamento.
A revelação veio em entrevista à revista Empire, quando Cameron explicou que ele e Rodriguez fizeram um “pacto de sangue” para continuar a história da ciborgue guerreira, garantindo que o universo criado por Yukito Kishiro não ficará parado no tempo. “Estamos fazendo o máximo possível para viabilizar essa sequência”, disse Cameron, reforçando que a parceria artística entre os dois continua tão intensa quanto na produção original.
Atualmente sob o selo da 20th Century Studios, Anjo de Combate está disponível no Disney+, onde vem conquistando novos espectadores e recuperando a força de sua base de fãs — um dos motivos essenciais para o avanço das sequências.
Uma jornada que levou mais de uma década para acontecer
Lançado em 2019, o segundo filme é baseado no mangá Battle Angel Alita, de Yukito Kishiro. A adaptação foi uma empreitada ambiciosa desde o início: anunciada por James Cameron ainda em 2003, a produção enfrentou adiamentos sucessivos devido ao envolvimento do cineasta em Avatar (2009) e suas numerosas sequências.
Quando finalmente saiu do papel, a direção ficou nas mãos de Robert Rodriguez (Sin City, Pequenos Espiões), enquanto Cameron assumiu funções de produtor e corroteirista — ao lado de Laeta Kalogridis (Shutter Island, Terminator Genisys). O resultado visual, impulsionado por captura de movimento e CGI de última geração, tornou-se um dos marcos do cinema recente no uso de tecnologia para dar vida a personagens híbridos.
No papel de Alita, Rosa Salazar entrega uma performance emocionalmente precisa e fisicamente exigente, enquanto Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali, Ed Skrein, Jackie Earle Haley e Keean Johnson completam o elenco com personagens que fortalecem a complexidade política e emocional da Cidade de Ferro.
As filmagens aconteceram entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017, no Troublemaker Studios, em Austin. Após tanta espera, o filme chegou às telas em fevereiro de 2019, arrecadando US$ 405 milhões mundialmente — a maior bilheteria da carreira de Rodriguez. As críticas foram mistas, mas o público abraçou a obra, e o tempo tem trabalhado a favor dela.
O que torna a personagem tão especial
A força de Alita não está apenas na ação eletrizante ou nos visuais impressionantes, mas principalmente na humanidade da protagonista. Apesar de ser uma ciborgue com um cérebro humano intacto, Alita desperta sem memórias e passa a descobrir quem é — e o que significa ser alguém — em um mundo distópico que explora violência, desigualdade e esperança.
Esse equilíbrio entre brutalidade e sensibilidade fez com que a história ganhasse uma legião de fãs apaixonados, que desde 2019 se mobilizam em campanhas como o famoso movimento Alita Army. Foi essa comunidade que manteve viva a discussão sobre as sequências mesmo quando a Disney absorveu a Fox e a franquia parecia perder espaço.
O futuro é promissor
Se antes Alita 3 parecia um sonho distante, hoje a produção avança com confiança. O comprometimento de Cameron e Rodriguez, a força da base de fãs e o desempenho duradouro do filme no streaming pavimentam um retorno que promete ser épico.
Ainda não há data oficial, mas o simples fato de Cameron confirmar o desenvolvimento simultâneo de dois filmes já é suficiente para reacender a chama da esperança: Alita está viva — e pronta para lutar novamente.





