Aparecida Debate desta terça (26) alerta para os riscos que ameaçam a vida dos idosos no Brasil

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Nesta terça-feira, 26 de agosto de 2025, às 22h, o Aparecida Debate traz à tona uma pauta urgente e preocupante: a violência contra idosos no Brasil. Sob o comando do jornalista Eduardo Miranda, a atração jornalística será transmitida diretamente dos estúdios da TV Aparecida, reunindo especialistas e autoridades para discutir o aumento dos casos e oferecer informações essenciais para prevenção e denúncia.

Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem observado um crescimento alarmante nos registros de agressões contra pessoas idosas. Dados recentes do Disque 100 apontam que, somente em 2024, foram contabilizadas mais de 179 mil denúncias de violência contra idosos em todo o país. Esse número representa um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior e revela uma realidade preocupante: a maioria dos casos ocorre dentro de casa e envolve familiares como agressores. Além disso, sete em cada dez vítimas são mulheres, evidenciando um panorama que mistura vulnerabilidade social e desigualdade de gênero.

O programa busca compreender os fatores que contribuem para essa situação e discutir soluções concretas. Para isso, Eduardo Miranda entrevistará Mário Leão, líder pastoral da pessoa idosa em Tremembé, interior de São Paulo. Com anos de experiência no atendimento a idosos, Mário trará insights sobre como a comunidade religiosa tem atuado na prevenção de abusos e no apoio às vítimas. Segundo ele, muitos casos de violência contra idosos permanecem invisíveis, porque as vítimas sentem vergonha ou medo de denunciar os próprios familiares. “A igreja tem um papel importante de acolhimento. Precisamos mostrar às pessoas idosas que elas não estão sozinhas e que existem canais de proteção”, afirma Mário.

Outro destaque do programa será a participação da psicóloga Franceline Prolungati. Especialista em gerontologia, ela abordará os diferentes tipos de violência que afetam a população idosa, incluindo violência física, psicológica, financeira e negligência. Franceline explica que, muitas vezes, os sinais são sutis e podem passar despercebidos, como alterações de humor, isolamento social, machucados frequentes ou dificuldade de acesso a recursos básicos. “A prevenção começa pelo olhar atento de familiares, vizinhos e profissionais de saúde. Reconhecer os sinais de alerta é essencial para interromper o ciclo de abuso”, alerta.

Além das entrevistas presenciais, o programa contará com a participação de Alexandre da Silva, secretário nacional dos direitos da pessoa idosa, por meio de videochamada. Ele destacará as políticas públicas existentes e as medidas legais disponíveis para proteger a população idosa. Entre as iniciativas discutidas estão a atuação do Disque 100, a importância do Conselho Nacional do Idoso e programas de capacitação de profissionais de saúde e assistência social para identificação e acolhimento das vítimas. “É fundamental que a sociedade esteja informada sobre os direitos dos idosos. Todos nós podemos contribuir para um ambiente mais seguro, denunciando abusos e apoiando quem precisa”, afirma Alexandre.

O tema da violência contra idosos vai além das estatísticas. Trata-se de uma questão de dignidade, respeito e direitos humanos. O envelhecimento da população brasileira torna o debate ainda mais urgente: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que, até 2030, cerca de 20% da população nacional será composta por pessoas com 60 anos ou mais. Esse crescimento reforça a necessidade de estratégias de proteção e de conscientização social para evitar que casos de abuso continuem a ocorrer em silêncio.

O Aparecida Debate também pretende orientar o público sobre como agir diante de situações suspeitas. A primeira medida é reconhecer os sinais de violência, que podem variar desde agressões físicas evidentes até comportamentos mais sutis, como controle excessivo de recursos financeiros ou isolamento social. Em seguida, é essencial buscar ajuda imediata por meio dos canais oficiais. Além do Disque 100, o Ministério Público, conselhos de idosos municipais e estaduais e a Defensoria Pública são opções para formalizar denúncias e garantir acompanhamento jurídico.

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