Cinemaço deste domingo (13): TV Globo exibe O Relatório — quando a verdade se torna um campo de batalha

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Foto: Reprodução/ Internet

Neste domingo, 13 de julho, o Cinemaço da TV Globo exibe um desses que não se esquece fácil: “O Relatório”, estrelado por Adam Driver e baseado em uma história real que ainda ecoa — talvez porque ela nunca tenha realmente terminado.

É sobre guerra, poder e política? Sim. Mas, mais do que isso, é sobre gente tentando fazer a coisa certa quando o mundo todo parece conspirar para que não façam.

Uma investigação que custou anos — e quase a própria alma

Daniel J. Jones (vivido com entrega por Adam Driver) não é um herói no molde clássico. Ele não tem capa, nem frases de efeito. É um homem comum — com senso de dever incomum.

Analista do Senado dos EUA, ele recebe a missão de investigar as ações da CIA após os atentados de 11 de setembro. Descobre, então, um sistema que legalizou a tortura, apagou rastros, destruiu fitas e contou com o silêncio de muita gente que preferiu “seguir ordens”.

Mas Daniel não recua. Mesmo quando a pressão aumenta. Mesmo quando ninguém mais acredita. Mesmo sem saber se alguém vai ouvir sua verdade.

E é aí que o filme se torna menos sobre política, e mais sobre coragem.

Uma história real contada sem efeitos — só com impacto

Dirigido e roteirizado por Scott Z. Burns, O Relatório é direto, denso, incômodo. Não tenta ser fácil — e não precisa. Ele aposta no poder do conteúdo, no peso dos documentos, na atuação contida e brilhante de um elenco que entende que menos é mais.

Annette Bening está impressionante como a senadora Dianne Feinstein, e Jon Hamm oferece a ambiguidade perfeita em um mundo onde quase ninguém é 100% inocente.

Silêncio, negação e uma pergunta que ainda paira

O que o filme mostra com precisão assustadora é o modo como a verdade incomoda quem se beneficia da mentira. Jones passa quase uma década montando o chamado “relatório da tortura” — e ainda assim não sabe se alguém vai lê-lo. Ou se vai fazer diferença.

A pergunta que O Relatório nos faz, sem gritar, é essa:
Quanto vale a verdade quando ninguém quer ouvi-la?

Uma noite para pensar, não só assistir

A TV aberta tem o poder de colocar histórias como essa nas casas de milhões. E nesse domingo, o Cinemaço oferece mais do que um filme: entrega uma reflexão necessária sobre ética, dever e o que resta de nós quando escolhemos o caminho certo — mesmo sozinhos.

Se você busca mais do que entretenimento, não perca.

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