Foto: Reprodução/ Internet

O novo filme veio aí para trazer a franquia de volta aos holofotes nesta nova era de remakes, reboots e revivals principalmente no gênero do terror. Trazendo elementos consagrados pelos seus predecessores, o filme ainda consegue ser original e independente em sua própria história.

Produzido pelo criador da franquia original, Sam Raimi, e pelo próprio Ash, Bruce Campbell, o novo filme sai do ambiente conhecido e popularizado pelo original de 1981 -“a cabana abandonada no meio do nada”- e coloca seus protagonistas em um prédio no meio de Los Angeles, mostrando que o mal pode estar mais perto do que você imagina. Aqui, acompanhamos o encontro de uma família com o macabro Livro dos Mortos e o resultado, obviamente, não é nada bom.

O primeiro destaque é para o roteiro, escrito pelo próprio diretor Lee Cronin, que encontra saídas inteligentes, evitando clichês do gênero e até dando um ar de frescor em suas soluções. O roteiro também deixa de lado o humor característico da franquia, seguindo o mesmo caminho do remake de 2013. Confesso que senti falta do “Groovy”, mas todos os outros elementos estavam representados de alguma forma, então espere cenas bastante violentas com milhares de litros de sangue.

Na questão das cenas, elas são excelentes, tudo parece em seu devido lugar para gerar a emoção certa no telespectador, seja ela tensão, aversão ou o clássico medo. Planos criativos são usados, assim como outros já conhecidos, e em nenhum momento isso parece cansativo por haver um balanceamento entre eles, como uma dança de 90 minutos muito bem conduzida. Como já dito antes, o filme usa muito sangue em suas cenas, mas isso não satura a paleta de cores, que compensa com tons mais frios em seus cenários, cortesia de Dave Garbett, que inclusive já havia trabalhado antes na cinematografia de alguns episódios da série “Ash vs. Evil Dead”.

A atuação não deixa a desejar, com os personagens principais nos entregando terror ao mesmo tempo que deixam claro o subtexto do filme. Ellie, a mãe interpretada por Alyssa Sutherland, é o centro disso, sendo a primeira a ser possuída e, ao mesmo tempo em que tenta afastar seus filhos da presença maligna, caça-os na esperança de tê-los ao seu lado mesmo nesse estado, em uma macabra mistura de amor maternal e perversão demoníaca. Também é válido destacar a tia Beth (Lily Sullivan), que se vê na situação de proteger os sobrinhos enquanto luta com os próprios conflitos internos que a levaram até ali.

Finalmente, os fãs mais antigos da franquia podem, assim como em 2013, estranhar o distanciamento do subgênero “Terrir” (junção de terror e comédia), mas deleitar-se com as referências e, é claro, com a possibilidade de sequência que o filme deixa no ar. Já aqueles que não conhecem os outros filmes e só querem um bom filme de terror para assistir, vão encontrar isso e mais no novo capítulo de A Morte do Demônio.

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