O filme “A Primeira Profecia” emerge como uma prequela do amplamente conhecido “A Profecia”, desvendando os eventos aterrorizantes que antecederam a origem do mal encarnado no filme original. Conduzidos por uma jornada ainda mais sombria e intrigante, somos imersos nos segredos que envolvem a geração de Damien, o icônico personagem que personifica o terror absoluto. Nesta tão aguardada continuação, somos convidados a desvendar os mistérios por trás da concepção do personagem central do filme anterior, uma questão que tem fascinado os telespectadores desde o primeiro filme.
A trama se desenrola em torno da personagem principal, Margareth, enviada para Roma com a missão de servir em um orfanato ligado à igreja. Desde o início, o filme estabelece um clima de inquietação, à medida que Margareth se integra ao orfanato e começa a perceber indícios perturbadores de que algo está profundamente errado naquele ambiente. Seu encontro com Carlitta, uma jovem adolescente que sofre abusos constantes das freiras, desencadeia um processo de questionamento de sua própria fé e das estruturas religiosas que a cercam.
À medida que Margareth se aprofunda em sua investigação, revelações perturbadoras sobre os abusos e maus-tratos dentro da instituição religiosa começam a corroer suas convicções. Cada descoberta desafia sua compreensão do mundo, levando-a a confrontar não apenas os horrores que presencia, mas também as contradições da própria fé que ela sempre seguiu. O filme retrata com sensibilidade a jornada emocional e psicológica de Margareth, enquanto ela enfrenta o colapso de suas crenças diante da extensão da corrupção e violência.
A atmosfera do filme é carregada de desconforto e estranheza, intensificando-se a cada cena. O crescendo de tensão e horror mantém os espectadores em suspense, enquanto as representações vívidas dos abusos enfrentados por Carlitta e outros personagens desafiam a audiência a confrontar o mal em sua forma mais brutal. No entanto, esses momentos de violência não são meramente gratuitos, mas servem como uma exploração profunda das consequências da corrupção e do poder desenfreado.
Uma das características mais marcantes do filme é a maneira como retrata a igreja como uma força criadora do mal, personificada pelo Anticristo. Essa narrativa ousada adiciona uma camada extra de horror, levando os espectadores a questionar não apenas o mal absoluto, mas também a própria natureza da fé e das instituições religiosas. Ao confrontar a ideia de que a fonte do demoníaco pode surgir de dentro das estruturas religiosas, o filme incita uma reflexão perturbadora sobre o poder e a corrupção, aprofundando ainda mais a atmosfera de medo e inquietação que permeia toda a narrativa.