Foto: Reprodução/ Internet

Após enfrentar uma série de desafios ao longo de sua jornada, a produção, sob a direção de James Wan, chega aos cinemas como a peça final do antigo Universo Compartilhado da DC. Com uma abordagem que mantém o tom leve e divertido de seu antecessor, o filme preserva a identidade visual distinta de Atlântida, aclamada por sua riqueza estética. No entanto, a produção enfrenta alguns obstáculos, como escolhas criativas questionáveis e uma duração excessiva de 2 horas, que podem impactar a experiência do espectador.

A narrativa, apesar de sua simplicidade, é conduzida com competência para garantir entretenimento contínuo. As cenas de ação são bem elaboradas, e o timing das situações cômicas é eficaz, contribuindo para a dinâmica positiva do filme. As interações entre os personagens de Jason Momoa e Patrick Wilson são aprofundadas, adicionando nuances emocionais e conflitos que enriquecem a trama. No entanto, a longa duração do filme pode causar uma sensação de arrastamento, especialmente em momentos em que a narrativa poderia ter sido mais enxuta.

Um dos pontos críticos do filme é a abordagem em relação ao vilão. Apesar do potencial para uma construção mais complexa e envolvente, o antagonista não alcança o impacto esperado, perdendo-se em subtramas que poderiam ter sido mais bem desenvolvidas. Esta lacuna no aproveitamento do potencial do vilão representa uma falha significativa na narrativa, afetando a profundidade e o impacto geral do enredo.

A trama não tenta reinventar o gênero, mas oferece uma experiência sólida e memorável. Uma cena notável envolvendo um polvo, que rouba a cena sempre que aparece, adiciona um toque de originalidade à trama. Este elemento é um exemplo de como o filme consegue inovar dentro de uma estrutura narrativa mais convencional, proporcionando momentos de diversão inesperada.

A cena pós-créditos serve como um ponto de reflexão sobre o fim desta fase do Universo Compartilhado da DC. Embora sugira uma transição, também deixa espaço para especulações sobre o futuro do universo cinematográfico da DC. A expectativa é alta para as próximas produções, com uma promessa de revitalização sob a direção de James Gunn, conhecido por trazer frescor e originalidade a franquias estabelecidas, como demonstrado em “Guardiões da Galáxia”.

O filme marca um encerramento sólido para a fase anterior da DC, misturando elementos familiares com surpresas inesperadas. Apesar de apresentar desafios narrativos e escolhas criativas que poderiam ser aprimoradas, o filme consegue entreter e inovar dentro de certos limites. Agora, o foco está em como os futuros cineastas irão moldar o novo capítulo do Universo Compartilhado da DC, oferecendo novas e emocionantes narrativas que continuem a cativar e surpreender os fãs.

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Esdras Ribeiro
Além de ser o fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras Ribeiro também desempenha o papel de Diretor de Arte na Agência Arte de Criar Digital. Possui formação em Design Gráfico e atualmente está cursando Publicidade e Propaganda na Faculdade Estácio.
critica-aquaman-2-o-reino-perdido"Aquaman 2: O Reino Perdido" encerra de maneira sólida o antigo Universo Compartilhado da DC, mantendo a leveza e diversão do seu predecessor. Embora apresente uma trama simples e momentos memoráveis, a extensa duração e escolhas criativas questionáveis, especialmente em relação ao vilão, são pontos destacados. A habilidade de inovação é evidenciada em elementos como uma cena envolvendo um polvo. A cena pós-créditos sugere uma transição, instigando expectativas para o futuro da DC. A crítica aponta para desafios narrativos, mas reconhece o entretenimento sólido e aguarda a prometida revitalização sob a direção de James Gunn.

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