
Num vilarejo viking cercado por montanhas, neve e ataques constantes de dragões, Como Treinar o Seu Dragão poderia muito bem ser só mais uma aventura animada cheia de ação. Mas não é. É uma história que surpreende pela delicadeza, pela coragem de ser sensível — e por lembrar que nem toda bravura precisa de uma espada.
O protagonista é Soluço, um garoto que parece ter nascido no lugar errado, na época errada. Frágil aos olhos da comunidade, ele não tem o porte de guerreiro que seu pai, o imponente chefe Stoico, gostaria. Enquanto os outros jovens treinam para matar dragões, ele prefere inventar engenhocas e observar o mundo ao redor com olhos mais curiosos do que combativos.
E é justamente esse olhar que transforma tudo.
Numa noite qualquer, Soluço faz o impensável: derruba um lendário Fúria da Noite. Mas ao encontrar a criatura caída na floresta, em vez de cumprir o papel de herói que tanto esperavam dele, ele escolhe algo raro — e revolucionário: a empatia. E é assim que nasce a amizade com Banguela, o dragão mais carismático que o cinema já nos apresentou.
A conexão entre os dois é construída com uma beleza silenciosa, quase mágica. Sem palavras, sem promessas — só respeito, escuta e curiosidade mútua. A partir dessa relação improvável, o filme propõe algo muito maior do que uma simples história de amizade: uma reflexão sobre o que nos ensinaram a temer, sobre o que significa coragem e, principalmente, sobre quem somos quando deixamos de seguir expectativas para ouvir a própria verdade.
Claro, tudo isso vem embalado por um espetáculo visual deslumbrante. As cenas de voo são de tirar o fôlego, com trilha sonora de John Powell que emociona até o mais cético. Mas o que realmente faz Como Treinar o Seu Dragão alçar voo é sua alma. É o jeito como trata crianças e adultos com o mesmo respeito, oferecendo uma narrativa rica, divertida e profundamente humana.
Astrid, Bocão, Stoico — todos os personagens passam por transformações reais, e o filme nos mostra que crescer não é apenas mudar por fora, mas aprender a ver de um jeito novo. E, às vezes, o mais difícil não é enfrentar um dragão, mas olhar para dentro e admitir que nossos medos nem sempre estão do lado de fora.
No fim das contas, essa não é só uma animação. É um lembrete. De que ser diferente não é fraqueza. De que sentir é um ato de coragem. E de que, às vezes, tudo o que precisamos é soltar as rédeas, subir nas costas de quem confiamos… e voar.
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