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Crítica – Drácula: A Última Viagem de Demeter

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Foto: Reprodução/ Internet

O filme de terror Drácula: A Última Viagem de Deméter se origina de um capítulo icônico do renomado romance homônimo de Bram Stoker, uma verdadeira joia cultuada no âmbito do gênero. A trama nos transporta para o interior do navio Deméter, que foi contratado para um transporte de carga peculiar. Entretanto, aquilo que deveria ser uma travessia oceânica corriqueira se metamorfoseia rapidamente em um pesadelo de proporções aterrorizantes para a tripulação.

À medida que a jornada se desdobra, eventos estranhos e sombrios desenrolam-se a bordo, assombrando os marinheiros em todas as noites com a presença implacável de uma entidade maligna. Ao término da viagem, quando o Deméter finalmente alcança a costa, o que resta é um navio carbonizado e abandonado, sem nenhum vestígio da tripulação.

O mérito deste filme reside na habilidade de trazer à luz uma parte menos explorada da obra de Stoker. Esta abordagem revela-se acertada, visto que a história do Conde Drácula já foi submetida a inúmeras adaptações, e simplesmente repetir a mesma trama poderia resultar em falta de originalidade. No entanto, o roteiro carece da capacidade de introduzir elementos impactantes ou inovadores que verdadeiramente arrebatem a audiência.

Entre momentos habilmente construídos de tensão e cenas que evocam tristeza, A Última Viagem de Deméter conduz o público através da angústia de uma narrativa claustrofóbica, tudo ambientado no vasto cenário aberto do oceano. Assim como em Alien: O Oitavo Passageiro, a agonia de enfrentar o desconhecido serve como fio condutor que cativa a atenção dos espectadores, enquanto todos aguardam ansiosamente para descobrir quem será a próxima vítima do vampiro.

No entanto, onde a trama tropeça é na caracterização do próprio Drácula. A despeito de seu nome ser o grande chamariz do filme, a representação do vampiro deixa a desejar. Drácula é retratado como uma criatura repulsiva que mata de forma indiscriminada, porém suas motivações e profundidade não são abordadas de maneira satisfatória.

Essa lacuna resulta em um enfraquecimento do impacto da narrativa. Apesar de o filme apresentar momentos intrigantes e um elenco competente, ele não consegue atingir a magnitude de ser memorável ou estabelecer-se como uma referência sólida no que tange à figura do Drácula.

A Última Viagem de Deméter tem acertos ao explorar uma faceta pouco explorada na mitologia de Drácula, proporcionando uma perspectiva nova e instigante. No entanto, ele falha ao deixar em segundo plano a complexidade do próprio Drácula, privando o filme de uma dimensão essencial para o envolvimento e a imersão do público. Consequentemente, embora o filme ofereça entretenimento para uma tarde de domingo, ele não consegue atingir o patamar de uma experiência verdadeiramente inesquecível.

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Além de ser o fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras Ribeiro também desempenha o papel de Diretor de Arte na Agência Arte de Criar Digital. Possui formação em Design Gráfico e atualmente está cursando Publicidade e Propaganda na Faculdade Estácio.
critica-dracula-a-ultima-viagem-de-demeterDrácula: A Última Viagem de Deméter apresenta pontos positivos, como a abordagem de um aspecto menos explorado da obra de Stoker e a criação de momentos de tensão. No entanto, também aponta algumas falhas na caracterização do próprio Drácula e na falta de elementos realmente inovadores que poderiam cativar profundamente o público.

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