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Crítica – Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é uma viagem profunda ao passado

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Após um intervalo de mais de uma década desde o lançamento do primeiro filme da icônica série Jogos Vorazes, “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” chega às telonas com uma incursão fascinante no passado do vilão que cativou audiências ao longo dos anos. Este capítulo revelador, situado 64 anos antes dos eventos do filme original, explora a 10ª edição dos jogos e mergulha profundamente nas origens do complexo antagonista, Presidente Snow, oferecendo uma visão detalhada de sua participação na brutal competição.

Dividido em três partes, o filme se destaca por sua abordagem multifacetada. A Parte 1 é, sem dúvida, o ponto alto da produção, estabelecendo uma trama rica ao explorar temas como luta de classes e ascensão social do protagonista. A transformação dos tributos em espetáculos para o entretenimento público é abordada com profundidade, oferecendo uma perspectiva crítica sobre engajamento do público, doações e apostas. Esta análise crítica não apenas serve como o clímax da Parte 1, mas também desafia a sociedade e nossos padrões de consumo de entretenimento de forma provocativa.

Rachel Zegler entrega uma performance excepcional como Lucy Gray, uma personagem que não apenas brilha nas sequências musicais, mas também adiciona uma carga emocional poderosa aos momentos mais intensos e dramáticos do filme. A química entre Zegler e Tom Blyth, no papel de Snow, é explorada com habilidade, proporcionando uma profundidade emocional que enriquece a narrativa.

O elenco é reforçado por atuações notáveis de Viola Davis, como a aterrorizante Dra. Gaul, e Jason Schwartzman, que interpreta o carismático apresentador Lucky Flickerman. Josh Andrés Rivera, no papel de Sejanus Plinth, oferece uma visão humana dos tributos, criando uma dinâmica intrigante com o protagonista e enriquecendo a trama com camadas adicionais.

A segunda parte do filme continua a construir tensão e conflito, mantendo o público envolvido com reviravoltas constantes e uma eficaz utilização da “Arma de Chekhov”. As estratégias dos tributos e de seus mentores durante os jogos são exploradas de maneira inovadora, evitando a monotonia e garantindo um fluxo constante de novidades. A decisão de representar as sequências de ação de forma violenta, mas não explícita, contribui para uma classificação indicativa mais acessível, equilibrando o impacto visual com uma abordagem mais ampla.

Do ponto de vista técnico, o uso do som se destaca, não apenas nas sequências musicais, mas também na interrupção eficaz dos momentos de calmaria. A estética visual do filme é impressionante, com a imponência da Capital contrastando vividamente com a liberdade do Distrito 12. Embora o CGI cumpra sua função na construção do mundo, algumas interações entre personagens e criaturas vivas revelam a presença do efeito digital.

A terceira parte, que pode inicialmente parecer desconexa, funciona como um epílogo, oferecendo uma perspectiva única e fechando o arco narrativo de maneira satisfatória. O ritmo e cenário diferentes podem causar estranheza, mas as referências aos filmes anteriores certamente agradarão os fãs mais dedicados.

O novo filme não é apenas uma expansão do universo de Jogos Vorazes, mas uma experiência cinematográfica rica, repleta de performances marcantes e discussões sociais relevantes. O filme proporciona uma transição convincente do personagem interpretado por Tom Blyth para o icônico papel desempenhado por Donald Sutherland na franquia original. Recomenda-se vivamente assistir nos cinemas, preferencialmente em uma tela grande e com um sistema de som potente, para uma imersão completa nessa rica tapeçaria cinematográfica.

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Além de ser o fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras Ribeiro também desempenha o papel de Diretor de Arte na Agência Arte de Criar Digital. Possui formação em Design Gráfico e atualmente está cursando Publicidade e Propaganda na Faculdade Estácio.
critica-jogos-vorazes-a-cantiga-dos-passaros-e-das-serpentes"A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" oferece uma intrigante incursão no passado do vilão Presidente Snow, destacando-se na Parte 1 com uma trama rica em temas sociais e performances excepcionais, principalmente de Rachel Zegler e Tom Blyth. As partes seguintes mantêm o interesse com reviravoltas e uma estética visual impressionante, embora a terceira parte pareça mais um epílogo, desconectando-se do conjunto. Tecnicamente sólido, o filme proporciona uma experiência envolvente, marcada por discussões sociais relevantes.

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